quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Uma peleia macanuda


Pelo jeito esta peleia vai longe. Falo da expulsão lá do CTG, quando a minha colega Fabiane e o Taborda, mais o pessoal da Iguaçu tiveram que voltar pra casa sem cobrir a reza do padre macanudo. Hoje, pela manhã, abro meu e-mail e dou de cara com uma explicação rasgada de uma tal de Joana, a qual nem sei quem é. Mas achei que a sua intervenção, em nome dos “bons costumes” deles, carecia de uma resposta. Como sei que vocês estão curiosos, aqui estão as duas versões.

Prezado senhor João Lemes:
(Joana Aguirre)
"Muito me surpreendeu sua matéria a respeito do CTG Coxilha de Ronda, em que na festa dos 50 anos exigiu a indumentária ou traje social, pois era uma festa de jubileu de prata.Assídua que sou a esta entidade e conhecedora da indumentária correta a ser usada num CTG, como normas do MTG, que todos deveriam estar a par, inclusive os jornalistas, é lógico que Vossa Senhoria (não diferente dos outros) não entraria de calça jeans, mesmo porque o traje daquela noite foi divulgado anteriormente.Será que se eu fosse ao seu evento Os Melhores do Ano eu entraria de calça Jeans? O traje era gala... Então, deveria ter refletido um pouco antes de acusar este Centro de Tradições Gaúchas. Se você pensou que muitos adorariam esta sua matéria , ficaram repugnados e gostando menos deste veículo de comunicação.Durante as outras noites você entraria de calça jeans, mas numa festa de jubileu de prata não....Sugiro que estude a respeito da indumentária gaúcha"...
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Minha resposta:
Os freis e os sem freios

Pois bem. Então me responda: se caso houvesse algo diferente, um incidente, por exemplo, e fosse preciso chamar outros profissionais, que não os da imprensa, tipo bombeiro, polícia, AES Sul, médico, enfermeira, sendo que todos têm uniforme, como eles entrariam aí, de bombacha ou de vestido de prenda? Tradição é tradição e toda a regra tem exceção. Quanto a gostar menos do jornal, não estamos aqui para agradar apenas, mas para prestarmos um serviço de informação e crítica. Após um caderno de aniversário, com um serviço gratuito à entidade, o mínimo que queríamos era um pouco de dignidade, coisa típica do gaúcho, mas para quem é realmente gaúcho, não para quem se fantasia e acha que está agradando. Estou estarrecido diante dessa pouca vergonha que vocês fizeram com meus colegas, uma aberração, um impedimento ao nosso trabalho em nome de um padre bombachudo.
Vestimentas e fantasias
E já que estamos falando em vestimentas, nos Melhores do Ano ninguém é barrado por questão de roupas, nem por causa da bombacha... E mais uma perguntinha: e quando vocês eram barrados por usar bombacha, como se sentiam? Muito bem, eu suponho, pois não aprenderam e estão pagando da mesma moeda.
E esse rezador metido a gaudério deveria, isto sim, estar vestindo batina, como manda a lei da igreja e tentar evitar o despropósito: enquanto ele reza lá dentro, a grossura impera na porta.
Tenha um bom dia e saiba, o Expresso e essa entidade de vocês são bem maiores que nós todos juntos, nossa vida frente a eles é curta, mas, o que fizemos aqui vai ficar escrito pra sempre. E quando o CTG fizer seu centenário, não vai faltar um Lemes para relembrar essa história de grossuras em nome das tradições. E tem mais: se alguém tiver algo a me dizer que me escreva ou me aborde, como estão fazendo agora. Não fiquem ironizando pra cima dos meus colegas, faltando com o respeito a eles ao me chamarem de “amigo”. Eles não são obrigados a ouvirem por meus atos. Considero tais indiretas, naquele dia da entrevista, a qual fomos fazer aí com todo o gosto, outra grossura.

Grossura admitida
Mais uma resposta boa. Mas pelo menos agora eles admitem a grossura. E também provam que discriminam as profissões. Pois se o médico, o bombeiro etc, etc, podem ir com seus fardamentos, por que o jornalista tem que estar feito uma alegoria ambulante? Vejam o outro e-mail da senhora Aguirre:

"Pelo que vejo vocês são mais grossos que nós e ainda por cima ignorantes... Não sabem o que Missa Crioula, se vocês comem churrasco saibam que foi um padre que trouxe os primeiros gados para cá, se vocês tomam chimarrão saibam que forma os jesuítas também padres que descobriram a erva mate e muito mais... Vou deixar vocês estudarem mais um pouco sobre o tradicionalismo...
Se acontecesse qualquer outra coisa dentro da entidade que tivesse que chamar por exemplo bombeiros, enfermeiros, médicos pela sua boa inteligência deveria saber que entrariam lá sem problemas. Socorrer e proteger a saúde dos associados é uma coisa... Outra são jornalistas que não sabem o que é traje social ou típico. E quanto ao padre vocês perderam de aprender muita coisa com ele. Hehehehehehehehehehehehehehehehehheehehehehehehhe"
Em tempo - A frase final eu não entendi.

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