quinta-feira, 27 de março de 2008

Carta Aberta ao coronel Valença


Levando em conta os últimos episódios, assim como o boicote das informações de ocorrências policiais, a cargo do senhor tenente coronel Antônio Valença (esse senhor que aparece na foto) da Brigada Militar de Santiago, torno público a denúncia que fiz ao próprio, pedindo providências e mais respeito para com a equipe do jornal Expresso. Leiam, meus amigos e leitores, e tirem suas conclusões.

Ilmo senhor cel. Rudimar Antônio Valença Gonçalves
comandante da Brigada Militar de Santiago e região

Prezado senhor:
Ao cumprimentá-lo, vimos à vossa presença para informar sobre certas ações que alguns membros de sua corporação estão praticando contra os princípios da centenária Brigada Militar. Há várias semanas, dezenas de funcionários do jornal Expresso Ilustrado têm sido vítimas de perseguição por parte de alguns soldados e oficiais. Exemplo: na quinta-feira (dia 20), em torno das 10 horas da manhã, a viatura dirigida pelo sargento Monteiro parou em frente ao edifício residencial Duque de Caxias. Um policial, vendo que Ânderson Taborda trajava roupas com o emblema do jornal, desceu e mandou que esse funcionário retirasse seu veículo do estacionamento, alegando que o mesmo estava mal posicionado. O rapaz discordou, pois havia lugar suficiente para outro veículo cruzar e negou-se a retirá-lo. O policial insistiu em alta voz, mas diante da negativa de cumprimento da ordem, foi embora.
Ora, entendemos que se alguém está errado, basta aplicar a multa, como ele não a aplicou, nota-se que seu objetivo era apenas intimidar o repórter, assim como procederam outros dois soldados (ver foto e matéria na edição do Expresso de 21-03 - páginas 03 e 05), indagando a respeito do nosso serviço, numa ação nitidamente repressiva, às 11:30 da manhã do dia 17-03, na praça da cidade.
Como se não bastasse tais intervenções, assim como outras tantas contra jornaleiros e demais funcionários do Expresso, o soldado Rosso proferiu palavras de calão e ameaçou de morte este jornalista, assim como outro membro do jornal, de nome Paulo César Maia, popular PC, numa oficina mecânica do bairro São Vicente, onde estava fardado e a serviço da Brigada Militar. O fato foi presenciado por diversas testemunhas no dia 18/03. "Gente como o João Lemes deveria estar morta. Se pudesse empurraria um carro com ele dentro rumo a um precipício",
foram apenas algumas das palavras do raivótico policial, tudo sem motivo, pois este que vos fala nem o conhece e mal sabe seu nome.
Sabe-se há mais de 100 anos, que o dever da Brigada, cujos soldados são pagos com salários da nossa comunidade, é nos proteger, mas não é isso que se vê nos casos em tela. Pedimos a sua total atenção quanto a esses fatos, ou diante de tantas clarividências, tomaremos outras medidas cabíveis em leis para proteger nossos representantes e a nós mesmos.
Na certeza de sua total atenção que o caso requer, subscrevemos atenciosamente;
João Lemes
Diertor-editor
Santiago, 26 de março de 2008.











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