Olha eu aí, com meus amigos. E quero seguir nesta tranquilidade interiorana por muito tempo. Respeitem isso.
Palavra da moda
Após um belo encontro com os amigos em Santiago, rumei para Pelotas e Rio Grande e mais uma vez voltei com o pensamento às avessas quanto à questão DESENVOLVIMENTO. Nesta semana ainda ouvi o palavreado na rádio, proferido pelo professor Oilton, que numa saraivada de enrolação falou em desenvolvimento, que é o que Santiago precisa. Nem disse o que, nem como. Linguajar típico de quem não diz coisa com coisa e só fala o que está na moda.
Pois bem: Em Rio Grande e Pelotas há desenvolvimento. Indústrias a fuséu, o setor pesqueiro a mil, o Superporto de Rio Grande não pára de exportar e receber mercadorias em gigantescos barcos, e por aí vai... Tudo ótimo!
Depois de percorrer o centro, o porto, me toquei para os bairros. E pasmem! Ruas inteiras chafurdando na lama, sem o mínimo de saneamento. Noutros cantos se vê casas em lugares irregulares, área de preservação, em terrenos públicos. Existe até a vila dos piratas, ocupadas só por piratas mesmos, especialistas em roubar navios. Neste local, nem a polícia entra.
Em suma, o belo desenvolvimento pode trazer indústrias (se é que alguém vai conseguir alguma), vai gerar o progresso, aquecer a economia e trazer em seu bojo dezenas de pestes, tais como: bolsão de miséria, desestrutura, marginais e tudo o mais que uma cidade desenvolvida tem.
Diante de tudo isso, reflitamos: o desenvolvimento que queremos para Santiago é esse? Ou seria melhor investir nas pessoas, melhorar as empresas locais, a educação e crescer com cabeça no futuro e os pé bem no chão? Ousar, crescer é preciso, só não vamos dar um passo maior que a perna para que não nos arrependamos mais tarde. Pensem nisso, senhores governantes e futuros.
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