segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Capão do Cipó


Tiros, protestos...

A segunda-feira seria morna. Não foi. Ao chegar no jornal, me deparei com uma denúncia de que Capão do Cipó incendiava. Não me refiro às queimadas de campo. Falo do calor das eleições. Ainda mais que até um baleado estava hospitalizado. Além das balas, alguém colocara açúcar no angu, ou melhor, nos motores das patrolas, deixando a prefeitura sem equipamentos de trabalho. Diante de tantos fatos, reforçados pela notícia de que uma turma do candidato vitorioso (Osvaldo Froner) havia acampado na frente à Prefeitura, fazendo protestos e insinuações provocativas aos funcionários municipais, convidei o Márcio e nos tocamos pra lá.

Fatos políticos...

Fomos rápido. Queria pegar a saída dos funcionários às 14 horas para ver se não daria nenhum bolor. Na chegada, vendo que o tigre havia sido pintado maior do que era, comecei a cumprimentar amigos na saída da prefeitura. Ao me virar pro lado, vejo o Márcio no meio da indiada eufórica, que por serem do PP, estavam brabos com o Expresso por causa das matérias sobre Alacir Dessoe, aquele presidente da Câmara cipoense que sofre CPI, suspeito de falsidade ideológica lá em Manoel Viana, lembram?


Grito da vitória

Assim que o Márcio chegou no grupo, foi cercado pelos manifestantes, alguns sem-terra (eu acho), que bebiam e flauteavam com cartazes do tipo "Dai a César o que é de César" - provocando o candidato derrotado, que, segundo eles, deveria pegar a estrada de volta para sua terra, São Miguel. (Aprenderam a fazer trocadilho com o Araponga?). Logo que se viu cercado, o Márcio, que não é bobo nem nada, e vendo que a manifestação era apenas uma maneira de festejar a vitória, sem ofensa (pelo menos não ali, naquela hora diante das câmeras do Expresso) contou logo o motivo de sua chegada: fotografar os festejos da vitória. Em segundos, os manifestantes prontamente posaram para esta foto que lhes entrego em primeira mão.

Osvaldo Froner: equilíbrio e humildade

Dali da praça do manifesto fomos ver as patrolas com o tal de açúcar no motor. Fotos, entrevista com o secretário de obras, acusações daqui e dali, novamente pegamos a estrada. A jovem Michele, que festejava na praça, e seu amigo "Rambo", pegaram carona conosco para nos guiar à casa do vitorioso Osvaldo Froner, que à sombra, confabulava com seus correligionários.
-Ôh, de casa! - Pedimos licença, chegamos e aí que houve a apresentação formal entre este blogueiro e o novo prefeito que, por ser tímido (diz ele), não havia nem procurado o jornal. Trocamos idéias, Froner analisou a campanha, criticou os vândalos que estragaram as máquinas com açúcar e, depois, posou pra fotos. Ao final da entrevista, uma certeza: O novo prefeito cipoense me pareceu muito humilde, centrado e respeitador, pois não atacou ninguém. Feito isso, voltamos para Santiago na certeza do dever cumprido. O resto sai no Expresso.

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