quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Carta ao delegado

“Senhor delegado, não precisa preocupar-se com meu desaparecimento. Dou-lhe os motivos: tive a desgraça de casar-me com uma viúva, a qual tinha uma filha. Meu pai, que também estava viúvo, enamorou-se e casou com a filha de minha mulher. Desta forma, a minha esposa se tornou sogra de meu pai. Minha enteada se converteu em minha mãe e meu pai era, ao mesmo tempo, o meu genro. Eles dois tiveram um filho, que era por parte de meu pai, meu irmão, mas também era neto de minha mulher, de maneira que eu também era seu avô. Pouco tempo depois, minha mulher também deu a luz a um menino que, como irmão de minha mãe, era cunhado de meu pai e tio do meu filho. Assim, minha mulher era sogra de sua própria filha. Eu sou, em troca, pai de minha mãe e meu pai e sua mulher são meus filhos. Meu pai e meu filho são irmãos, minha mulher é minha avó já que é mãe de meu pai e, além disso, eu sou o meu próprio avô. Seu delegado, eu fugi por causa disso tudo: já não sei mais quem eu sou.”
(enviado pelo meu amigo Valdir Dornelles - Univel)

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