quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Quarta quente

Ao chegar na redação às 14 horas vi de cara que meu dia seria muito puxado. A primeira reunião foi com Leandro Cardoso, presidente da Tritícola. Tivemos uma boa conversa e soube de certas verdades que ele, até então, havia guardado para si. Também resolveu dizer que ele praticamente ficou sozinho num barco afundando e, ainda por cima, é o próprio avalista da cooperativa. Em miúdos, isto significa: se ela afundar, ele afunda junto.

Leandro Cardoso e... 

Como se não bastasse, Leandro ainda se vê pressionado de todos os lados para largar a direção. E ele não escondeu a vontade de largar, mas não sem antes deixar tudo em muito boas mãos. "Nunca me pendurei ao cargo, como foi insinuado por um colunista do Expresso, mas se aparecer alguém capacitado e os associados assim entenderem, entrego na mesma hora. Quando assumi, lá naquele distante ano, a situação era semelhante e ninguém queria ou podia pegar. Eu topei a parada e estou até agora justo pela falta de outra pessoa para assumir. Há erros, há, mas nunca faltou boa vontade em acertar. Faço este desabafo nem tanto por mim, mas também pela minha família", relatou.

...a quebradeira da Tritícola

Olha, meus amigos. Nesta hora todos querem meter pau na direção da Tritícola. Inclusive o Expresso e este blogueiro. Mas convenhamos, hoje, após essa conversa, vi um Leandro amargurado, triste mesmo com toda essa situação que, chegou onde chegou, não somente por culpa dele. E tem mais, falem o que quiserem, mas jamais poderão dizer uma unha de sua idoneidade. Vejam bem, ele não deve um pila à cooperativa. É ela quem deve a ele. Já sobre os demais cargos de chefia que deixaram o barco, será que dá para dizer a mesma coisa, em se tratando de dívidas? 

Força, Leandro!

Após a reunião, agradeci ao Leandro pela coragem, pela vontade em querer reerguer a Tritícola como ele fez outrora e, principalmente, pela postura de grande líder, pois veio ao jornal com todo o respeito do mundo, numa fidalguia de dar inveja a qualquer um. Repeti isso a ele olhando nos olhos e desejei, com toda a minha força, que a cooperativa volte a ser o que era. De hoje em diante, mesmo estando ao lado dos produtores sofridos, quero deixar claro: começo uma batalha pública pelo refortalecimento desta entidade e creio que minhas colegas de direção também o farão. Santiago e a região precisam da Tritícola forte, pois se é ruim com ela, pior sem ela.

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