terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

REPÚDIO

(Publicado no site do advogado Rodrigo Vontobel Rodigues)

"Quando empunho a caneta, ou melhor, o teclado para escrever, sinto um grande prazer. Primeiro por tentar fazer justiça, enquanto advogado. Segundo, por poder expressar minha opinião através de artigos ou minha coluna no Jornal Expresso Ilustrado e, terceiro, porque em tudo que escrevo tenho convicção.

Contudo, hoje escrevo com o coração na mão! Nenhum pouco feliz, nenhum pouco satisfeito, mas convicto de que ontem em Jaguari ocorreu algo que merece total repúdio, eis que meu editor chefe e amigo pessoal João Lemes, foi agredido em frente do Poder Executivo daquela cidade, logo após audiência com prefeito João Mario, em virtude de sua profissão. Isso é uma vergonha! Como amigo que é amigo, sente a dor do outro, não poderia jamais deixar de expressar que em pleno séc. XXI esse tipo de atitude é inaceitável. A não ser, logicamente, em legítima defesa, pois não é exigível que sejamos mortos em face da inoperância do Estado em nos dar guarida. Que não é o caso, pois João sequer pode revidar as agressões sofridas.

Será que estamos voltando à lei de talião? Olho por olho, dente por dente? Até mesmo se fosse assim, que eu saiba o João não agrediu ninguém. Muito menos fisicamente. Então não poderia ser agredido. Não da para entender o que motivou tamanha agressão. Jornalista não inventa notícias, ou seja, não é responsável por atitudes alheias. Ele apenas as noticia. Como também fazem todos os outros órgãos de imprensa. (rádios, TVs), nem por isso vejo editores sendo agredidos por ai.

Não são eles quem cravam as facas, mas sim os assassinos. Não são eles quem vencem os concursos de miss, mas sim as beldades. Não são eles quem derrubam Secretários de Governo, mas sim os prefeitos. Da mesma maneira que ele nada tem haver com o que acontece nas finanças do Executivo daquela cidade. Portanto, eu, como livre pensador, repudio em todas as formas possíveis as atitudes desse cidadão, e penso que as autoridades públicas de Jaguari devem tomar as medidas que julgarem cabíveis em relação ao fato, do contrário, amanha ou depois poderão ser elas a sofrerem agressões bárbaras.

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