segunda-feira, 31 de agosto de 2009

20 Anos de Jornalismo


Enfim, dentro de um jornal

Voltando ao período de duas semanas em que fiquei desempregado. Como não foi mais possível trabalhar na empresa que acabara de ser contratada pela CEEE para seguir fazendo a contagem da energia elétrica, fui para casa e fiquei fazendo contato com um e com outro à espera de oportunidades.


O tempo rodava freado e eu pensava no meu primeiro filho, o Fagner, que estava para nascer. E eu, naquela situação vexatória, desempregado. Nunca pensei que os quinze dias sem fazer nada demorassem tanto. Refleti muito e cheguei à conclusão de que não adiantava mais pensar na possibilidade de retornar a fazer leitura. Havia de encontrar outra coisa, mas o quê? Eu não estava nem formado.

Triste, muito triste, aguardava a hora de mudar de ramo de trabalho. Amava o que fazia na leitura e até acreditei não haver mais nada que me rendesse tanta satisfação em termos de ofício. Mas a única coisa previsível na vida, é que ela é imprevisível.


De fato. Ali mesmo, nos apartamentos da Cohab, conheci o Morine, o Vitalino Morine. Chico, para os amigos. Ele foi o meu grande achado, capaz de fazer minha vida dar uma guinada de 180 graus. O destino fizera cumprir sua sentença. Quem diria, o leiturista, pouco a pouco iria virar jornalista.

Chico era o chefe da oficina lá do Diário Serrano e precisava de alguém para gravar chapas, aquelas de alumínio que retêm a imagem do jornal e que, posteriormente, vão para a máquina impressora para, enfim, ser rodado o jornal. Lá me fui fazer um teste.
-Terá que pôr a mão na graxa, Joãozinho! Me disse ele.
- Claro, eu coloco a mão na graxa, na tinta, até no fogo se for preciso. Falei, dando a entender que topava qualquer parada. E topei.
Iniciei minha escalada jornalística numa sala escura, onde eram gravadas as chapas para a impressão do Diário Serrano.
Depois que me vi num novo posto de trabalho, me realizei. Me senti útil de novo.


Nada iria atrapalhar minha jornada. Nada iria me fazer desistir ou perder o emprego. Não tinha de canseira, de estar indisposto ou até mesmo doente. Quando chegava a hora lá estava eu em meu posto. Numa noite precisei extrair um dente. Minha boca inflamou, sangrou. Meu travesseiro ficou manchado.


Ao ver aquilo a Su pediu que não fosse para o serviço. Os químicos usados para revelar chapas iriam piorar o quadro. Saltei de sopetão e disse que iria de qualquer jeito. Falhar serviço nunca foi meu forte. Até porque, era novato na empresa e também não queria deixar mal os meus colegas. Me fui. Entre uma revelação e outra ia ao banheiro cuspir o sangue. Não me orgulho dessa proeza contra minha saúde, mas me orgulho da minha determinação e dedicação ao trabalho.

Em menos de dois anos eu já havia passado por todos os setores da oficina do jornal. Da gravação de chapas fui para o fotolito, depois para a montagem de página, onde mais me identifiquei. Esse servicinho divertido faço até hoje, só que agora é no computador. Antes era só na tesoura, na cola.


Criei tanta habilidade que cheguei a montar 15 páginas numa tarde. Parece pouco? Não, não era. Meu único colega na montagem havia feito só uma. Hoje eu monto umas 40 em dois dias, mas tenho o auxílio da máquina e meus dedos não ficam mais pegajosos de tanta cola.
A Suzana, a Fernanda e eu
A Fernanda, sua mãe, tia e amigas da família.

Parabéns, Fernanda


Parece que foi ontem que ela nasceu. Hoje, o olhar da doce criança já deu lugar à menina-moça de rara beleza. Eis a minha filhona Fernanda Siqueira Lemes. Ela festejou seus 15 anos na noite de sábado, reunindo dezenas de amigos em sua casa. Foram momentos de muita emoção ao ver a moça da casa sendo parabenizada por tão importante data. A festa foi ainda mais marcante com a presença de tantos amigos. Felicidades, minha filha.

As da tarde

Tudo segue como manda o figurino na prefeitura de Santiago, abaixo de economia. Já em outras cidades, o assunto é a gastança. Numa delas, o prefeito tirou 16 diárias em 20 dias úteis. Credo!


Também se sabe que alguns vereadores junto com um prefeito da região gastaram 19 mil apenas em alguns poucos dias. Foram Brasília e, para isso, compraram um pacote de uma agência especializada em ganhar com esse tipo de trabalhinho. Daí o gasto.

Parece que a tal agência pega pela mãozinha e leva por tudo. Depois, vem o talagaço a custa dos cofres públicos. Ah, e os nobres políticos que não são bobos nem nada, não se aguentaram e tiraram até diárias, como sempre, mesmo já tendo pago o tal pacote.
ESTA EU LI NUM SITE:

"Uma quadrilha invadiu o Instituto Penal de Canoas (IPC) e matou um detento na madrugada deste domingo. Eles ignoraram o fato de que existe (ouy deveria existir) todo um aparato policial em volta para, em teoria, proteger a sociedade dos apenados que estão ali. A nossa (in)segurança pública vai de mal a pior faz tempoa, mas onde isso vai parar?"

Segunda de verão


A sessão da Câmara de hoje já revelou outro vereador, o nosso querido professor Algeu Disconzi, que assume a vaga de Diniz Cogo, em licença-saúde.

Uma segunda abafada, quem diria! Este agosto velho é mesmo incerto. Entrou frio e sai queimando. Sexta ainda fui a Santa Maria e passei um calorão. Mas a Suzana e eu combinamos: não vamos espraguejar o calor nenhuma vez, pois só de pensar naquele frio violento de julho, meus ossos pegam a doer. Mas se o agostinho despede-se com calor, o setembro promete trazer mais duas ondas de frio. Tudo bem. Que venha de uma vez para depois vivermos ótimos dias de primavera-verão.


Não pude ir na Expointer neste ano, ma estou aqui torcendo pela região, pela cabanha do amigo Ruy Gessinger que sempre traz alguma coisa. O Freio de Ouro já é nosso, embora eu não conheça ninguém dessa tal cabanha La Castellana.

Gripe A volta a atacar Santiago. São cinco internados e a maioria de fora, digo, do interior do município ou de Capão do Cipó. Não sei como podem ter se contaminado, pois o contato com grandes públicos é muito pequeno. A médica Sônia avisa: não se descuide! A gripe está entre nós.

sábado, 29 de agosto de 2009

Coisas da política II

Pelo que sei, acabou o impasse sobre a substituição do vereador Diniz Cogo (de licença) pelo professor Algeu, já que ele foi chamado pelo presidente Miguel Bianchini. Mas como só retomo ao assunto agora, pois estava em viagem, publico e-mail do próprio Bianchini esclarecendo a situação. Depois eu volto.



Caro João Lemes!
Com relação a convocação ou não do suplente do Vereador Diniz Cogo, solicitei parecer da Procuradora Jurídica da Câmara, o qual define que no caso de atestado médico, a convocação do suplente se dará após o 15º dia. possuímos orientação do Tribunal de Contas e DPM sobre o caso; o noso procedimento é correto.

O Vereador em atestado médico, por normativa federal, após o 15º dia passa a receber da previdência e não mais da câmara. Não é justo a câmara pagar dois salários pela mesma vaga. Com relação ao Art. 76 citado no teu blog, dê uma olhada no § 4º do mesmo, diz: RESSALVADAS AS HIPÓTESES DE DOENÇAS COMPROVADAS NA FORMA DO ARTIGO 75, II, DESTE REGULAMENTO. O Art 75, incíso II, diz: (o Vereador poderá licenciar-se) para tratamento da saúde própria seguradas pelas normativas federais vigentes...

No Caso de Licença para tratar de interesses particulares, será através de requerimento, aprovado pelo plenário, (Art. 75, § 1º) neste caso O SUPLENTE SERÁ CHAMADO IMEDIATAMENTE APÓS APROVAÇÃO (Art 76, § 1º, 2º e 3º), para os casos de atestados médicos, a Mesa Diretora dará parecer (Art 75, § 2º).
Não entendo por que o PMDB está armando um circo em cima disso.
Não estamos aqui para brincar com dinheiro público, muito menos para prejudicar partidos políticos, qualquer que seja.
Um forte abraço!
Miguel C R Bianchini

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

20 Anos de Jornalismo



Os desafios a dois

Logo que casamos, surgiram os primeiros desafios da vida a dois. Amor não faltava. O que não tínhamos era traquejo suficiente para fazer de um rapaz de 23 anos e de uma menina de 17, gente capaz de suportar as peripécias do lar e, principalmente, as falhas um do outro. Não sabíamos bem ao certo o que era ser um casal. Ciúme não havia. Falo daquele ciúme doentio, sabem? Só que eu era um cara mal-acostumado.

Na casa de minha mãe eu não juntava nem as cuecas do piso do banheiro e, agora, a esposa não queria fazer o serviço que minha querida irmã, a Anilda (Alemoa) fazia. Toda a hora, a Suzana reclamava disso ou daquilo. Se eu andasse dentro de casa, lá ia ela atrás para ver se eu não deixaria uma roupa fora do lugar. Um simples cabelo no box era o estopim para uma guerra sem precedentes.

Mas a vida nos apartamentos, ou no pombal, até que era boa. O apartamento era dividido em cozinha, salas de estar e de jantar, dois quartos e uma área de serviço. Tudo pequeno, lógico, mas para recém-casado, estava ótimo! Até porque, nem dava para reclamar muito, pois morar ali não nos custou nada. Assim, sem pagar aluguel - eram raros os pagantes entre os moradores de uns 800 apartamentos -, ficamos três anos até irmos embora para Tupanciretã, quando apareceu a oportunidade de coordenar o jornal do meu amigo Renato César de Carvalho, o popular Pelica.

Mas antes de sairmos do dito pombal ou "Apes", fomos surpreendidos pela falta de quase todos os móveis da casa. Os donos (eles eram emprestados) regressaram para Cruz Alta e foram buscá-los. Que estrupício! A Suzana ficou desconsolada, tendo em vista que ainda não havíamos comprado os nossos móveis.


Estávamos diante do primeiro desafio a dois. Enfrentar aquela situação na presença dos vizinhos que se juntaram para ver a quem ficamos devendo, originando a retirada dos móveis. Olhava para a Su, era só lágrimas em seu rosto. Também pudera. Ficamos só com a cama, roupeiro, fogão e algumas cadeiras. Parte das coisas, tais como panelas, pratos, foi parar no assoalho.
Menos mal que eu tinha um dinheirinho guardado ainda da indenização do tempo da leitura.


Juntei mais um pouco com meu cunhado, o Emir Moreira (Maninho), outro grande amigo, e já deu para repor alguma coisa. Balcões, cristaleiras... A Su continuava chateada, afinal, não deve haver nada mais humilhante que uma dona-de-casa perder parte dos móveis, mas foi preciso devolver tudo. Não eram nossos. Desde aquela data, jurei para mim mesmo: hei de comprar tudo do bom e do melhor para a Suzana ter uma vida digna, tal qual ela teve na casa de seus pais.

Aqueles pensamentos me trouxeram à mente as horas em que atuava na leitura de energia, chegando de casa em casa e vendo os tipos de moradias. Suntuosas, algumas bem pobres. Pensava que nunca teríamos uma casa que fosse nossa, nem tanto por mim, mas pela Suzana e pelo Fagner. Entretanto, como farei para comprá-la? Com salário mínimo era quase impossível. Estudo acadêmico eu não tinha, profissão, também não... Qual o jeito? Talvez o destino tivesse uma explicação. Tinha que ter.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As últimas

Tudo pronto aqui no Expresso. Nesta semana demoramos um pouco mais, pois estive viajando e o meu serviço acabou enroscando todo o resto. Tudo bem. Já estamos prontos para outra semana, outra edição...

Hoje soube que a nossa feira abrirá espaços aos investidores de fora. Em vez dos nossos mostrarem seus produtos, veremos os "estrangeiros". Mas neste ponto sou obrigado a concordar com a organização. O evento tem que sair e não pode esperar os santiaguenses até a última hora. Não quer, tem quem queira. Só lamento que, para os de Santiago, o mar não esteja para muitos peixes.

Não esquecendo que no dia 26 a minha única filha fez seus 15 anos. À noite ela saiu com amigos nossos para festejar, arejar a cabeça. Foi quando liguei para ela e disse: se eu souber que algum garçom colocou bebida de álcool na tua mesa para as suas amigas de menor de idade beberem, o incômodo será grande. Aí pedi a ela que avisasse a todas elas já que não se pode confiar nos donos desses locais.

Os comerciantes, vendedores de bebidas, só querem encher o bolso e pronto, nem que seja a custa dos pobres jovens. E já que a fiscalização não pega ninguém, o jeito é ficar atento e, quando surgir uma denúncia, colocar a cara do sujeito bem grandona aqui no Expresso. Se a Justiça não o castiga, que seja a opinião pública a fazê-lo.

Amanhã à tarde não estarei na cidade. Não me procurem. Mas podem mandar e-mail que os leio assim que chegar.

Coisas da política

Encruou o assunto "Licença de Diniz Cogo" e a entrada de seu suplente. O Regimento Interno, no seu artigo 76, prevê que uma vez ocorrendo a vacância (vaga), o suplente deve ser convocado imediatamente, cabendo a este, o prazo máximo de 15 dias para assumir ou abrir mão da vaga.

Contudo, o presidente da Câmara resolveu que só vai chamar o suplente depois de decorridos os 15 dias. Por conta deste entrave, o advogado Valério da Rosa ingressou ou irá ingressar hoje com Mandado de Segurança buscando reestabelecer a ordem jurídica. Vamos aguardar e ver se o Algeu Disconzi vira ou não vira vereador tampão.

20 Anos de Jornalismo


A vida no pombal da Cohab:
a nossa baixada fluminense

Morando no pequeno apartamento do pombal, distante do centro de Cruz Alta, aprendemos que a vida pode ser boa mesmo sem muitos pertences. O que mais nos maltratava era a distância do centro. Para se deslocar ao trabalho, o ônibus urbano era sagrado. Quando porventura faltava o dinheiro da passagem, ou era fora de horário, o "pé -2" era a solução.


Em uns 40 minutos se chegava ao destino. Cansamos de fazer aquele trajeto. A Suzana, que trabalhava no hospital e depois na telefonia da CEEE, muitas vezes teve que levantar às 5 da matina, se arrumar às pressas e andar todo esse tempo.

Numa ocasião, de tantas idas e vindas para o trabalho da Suzana, um maluco quase nos atropelou. Aquela região sempre foi perigosa por demais. Assaltos, brigas. Era e é até hoje o refúgio dos marginais. Eles só respeitavam quem morava lá, como acontece tradicionalmente na maioria das vilas pobres.


Quando eu saía do Diário Serrano às 3, 4 da manhã, tinha que esperar clarear o dia ou pegar um táxi. O medo de fazer o trajeto a pé me fazia esperar. Medo por mim e pelos que me esperavam em casa.

Ali naquele lugar convivi com todo tipo de gente. Fiz amigos e aprendi a respeitar os bandidos. Eles trocavam tiros, facadas em qualquer lugar. O pombal também era conhecido como a Baixada Fluminense Crioula. Certa madrugada, acordamos com os gritos de uma pobre mãe desesperada porque seu filho fora morto abaixo da nossa janela. Noutra oportunidade, as balas cantaram na soleira da porta. Era uma briga entre traficantes.

Se a gente quisesse viver bem lá, era preciso não ter olhos nem ouvidos para a marginalha. Muitas vezes olhei da janela do apartamento para dentro de outro e vi gente repartindo maconha em blocos, para não dizer em fardos como se fosse alfafa. Embora atuando num jornal, fazia de conta que não via nada, afinal, passava as noites fora de casa, a família precisava ter certeza do meu retorno.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Santiago na Expointer

Ruy, à esquerda, quando entrevistava o prefeito Júlio Ruivo (ao centro).
Mas credo! O meu amigão Ruy Gessinger fechou contrato com a Pampa e levará ao ar o Pampa Grande do Sul - seu costumeiro programa, direto da Expointer.

Santiago também pode ouvi-lo pela internet: www.pampa.com.br (basta clicar na Rádio Pampa). O programa será apresentado aos sábados e domingos diretamente dos estúdios lá localizados, no horário das 8 às 10 da manhã.

Fico feliz, ainda mais sabendo que Santiago e a velha Unistalda de Guerra certamente serão citados, reverenciados e engrandecidos pelo nosso pecuarista e comunicador. Sua opinião merece ser apreciada e respeitada.

Ainda a ExpoSantiago

Lamento, mas como não temos informação sobre a ExpoSantiago (até parece que eles não têm assessoria de imprensa paga com dinheiro do associado e feirantes), volto ao assunto "Sem feira e sem beira". Conforme o prefeito Ruivo, as verbas para esse evento serão salvaguardadas, embora com um pouco de redução já prevista no orçamento. Então, para não sair, só que apontem a gripe suína como culpada.

Cortes de gastos


A coisa encrespa na prefeitura de Santiago e alguns CCs já colocam as barbas de molho. Têm medo que as cabeças rolem também. Sugiro que se mudem para Capão do Cipó. Lá sobra dinheiro. Só numas viagenzinhas gastaram cerca de 19 mil reais. E depois, uns caras entendidos de Brasília uma barbaridade. Acredito que até o trânsito parou com a chegada deles à capital federal.

Sem feira e nem beira

Há horas venho pensando que a edição da ExpoSantiago deste ano não deveria sair. No ano passado foi uma reviravolta; a feira foi ótima, salvo alguns atropelos financeiros com artistas etc. De resto, foi boa.

Mas neste ano ela me parece andar de vagar. Faltam só algumas semanas e ainda restam estandes? Isso nunca aconteceu anos anteriores. Sinal de que alguém não está dando muita bola para o evento.

E desde a semana passada ouço rumores de que a ExpoSantiago pode não sair. No entanto, as informações oriundas da comissão organizadora são fechadas para nós, do Expresso. Certamente eles pensam em fazer feira sem contar com nosso apoio, pois não respondem às perguntas, nem ao menos nos dizem se o presidente vai ou não receber salário etc.

Então, espero que de uma vez por todas, eles informem a comunidade leitora desse jornal, já que é a ela que devem respeito, incluindo nisso o direito à informação.

Falem, digam tudo, e não esperem um ano para publicar o balanço dos gastos, e só depois que morrermos pedindo. Façam isso o quanto há tempo e, se a feira não sair, estarão de mãos lavadas e podem culpar a crise econômica, até a gripe suína, menos à falta de vontade dos dirigentes.

Quarta ensolarada

Graças aos céus, temos uma calorzinho nos pampas. Vivemos mais uma quarta ensolarada. Chega de dias cinzentos, emburrados... Fico mais feliz com o sol, pois o inverno me deixa depressivo. Falta do que fazer também me deixa angustiado, mas quanto a isso estou tranquilo. Ultimamente o que não me falta é trabalho, no entanto, temos que ir devagar, senão...

Ontem ainda falei com o vereador Diniz Cogo, o qual está afastado do serviço por um período. Motivo: sua saúde. Depois daquele peripaque que deu nele, o cara tomou jeito e vai andar com mais vagar. Até passou a direção do Corede ao João Mário. Aproveitei e disse ao Diniz: não é só Deus que mata. Trabalhar adoidado também.

Diniz fez um belo trabalho pelo Corede, desde a implantação à Consulta Popular. Isso garantiu pesados investimentos futuros na região. Trabalhou, correu, suou, está na hora de descansar um pouco para depois voltar de baterias cheias e, quem sabe, enfrentar a sua primeira campanha para deputado.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Trenzinho da gastança


Todos os dias alguém fala em economia pública. Alguns políticos, de vereda correm os olhos nos gastos supérfluos, embora o supérfluo só vire supérfluo se a gente quiser; se o administrador entender. Vejam o exemplo de Silveira Martins. Vários secretários de primeiro escalão foram pra rua. O prefeito entendeu que era possível trabalhar sem eles. Logo, os demitidos era supérfluos.

Agora olhem Capão do Cipó. Toda a semana um punhado viaja pela Câmara ou Prefeitura. Um dos destinos foi a marcha de prefeitos, na qual, embarcaram para Brasília dois secretários, dois vereadores e, lógico, o próprio prefeito, sendo que apenas um ou dois poderia fazer o serviço.

E como contar ao povo que o trenzinho da gastança não era supérfluo? Como mostrar à nossa gente que seu suado dinheiro gasto em diárias vai reverter em melhorias? Simples: contando que um deputado X colocou R$ 100 mil no orçamento federal destinados à compra de "máquinas e emplementos".


Como se o povo não soubesse que só um trator custa mais de 100 mil. Para piorar a reputação dos nossos políticos viageiros, a tal emenda do deputado poderia vir por um simples telefonema ou por um e-mail, como ele já fez com tantas outras cidades. Mas aí, o problema seria outro: o trenzinho da gastança ou trenzinho supérfluo ficaria enferrujado antes da hora.

De volta à rotina

Meu retorno - Olá, meus amigos. Depois de uma semana terrível estamos de volta neste espaço, numa terça-feira excelente para o trabalho. Fiquei tão envolvido com as coisas familiares e viajando, que esqueci até de ir ao dentista. Chego na redação e o primeiro recado é o dele, do Irani Caettano. Mandou-me avisar que ele ainda é o meu dentista. Sim, senhor! Isso é um privilégio!


Marco Peixoto - Interessante, muito interessante a conversa publicada nos veículos da RBS sobre a conversa entre o nosso deputado Marco Peixoto e Antônio Maciel, ex-secretário do PP. Na gravação da Polícia Federal, Maciel pede que o deputado use sua influência para conseguir emprego para a filha dele junto ao Ministério Público.


Desconversa - Peixoto, que não é bobo nem nada, fica apenas no huumm, hã, aé..? E também repetindo os pedidos do tal camarada. Felizmente, para Santiago e os eleitores do deputado, as ligações não provam nada, apenas revelam uma prática antiga no Brasil, que vem desde Getúlio Vargas, a de pedir favores aos influentes. Era justamente isso que Maciel fazia, se conseguiu seu intento, é outro papo.

Gripe A - Outro assunto interessante é que a gripe A cai pela metade (registro de casos e suspeitas) no estado. Mas há o temor pela "recaída" da pandemia. Por outro lado, gostaria de retificar uma reportagem nossa, para a qual nos baseamos um site (blogue). O bossoroquense Cosme Oliveira Bonfim não teria morrido de gripe A, conforme publicamos na capa do Expresso.

domingo, 23 de agosto de 2009

Percalços familiares

Como o leitor já percebeu, não vinha postando nada ultimamente, eis que me envolvi com fatos familiares; por exemplo, na sexta fui para Alegrete ver minha irmã (Marlene) e as sobrinhas que sofriam pela morte do meu cunhado, o Sérgio Fortes, o qual foi morto por um ataque fulminante do coração. Fiquei por lá até sábado à noite.

No domingo fiquei em casa mas não vim a este espaço, pois fiquei na companhia do meu único irmão, que estava comigo lá em Alegrete e que, na volta, fez sua parada por aqui. Neste momento, ele e eu dialogamos para ver se vamos a Cruz Alta amanhã, cidade onde meu outro cunhado, o Edemar Araújo (figura por demais descrita em meu livro), se encontra hospitalizado.

O Edemar é gaudério dos quatro costados, mas teve um AVC. Ele luta com a morte em uma UTI, mas seus familiares já foram desenganados, Não haverá volta. Não vai ter jeito, terei mesmo que viajar de novo para dar mais força aos filhos do Edemar, dois jovens que estão desesperados. O Eedemar é separado da minha irmã.

Era isso, por enquanto. Está justificado o porquê de vocês estarem lendo apenas partes do meu livro. É que minha vida anda atribulada e jamais tinha vivenciado um tempo de tantos velórios. Iniciou com a mãe do Márcio, depois, faleceu o filho recém-nascido do meu colega Vagner, em seguida, foi a vez da irmã do Tonho (outro colega) falecer.

Na semana seguinte morreu meu cunhado em Alegrete e, em menos de 4 dias, o outro sofreu um acidente cerebral em Cruz Alta. Eta coisa brava! De ante mão, já aviso meus colegas, segunda talvez eu não vá ao trabalho, mas sei que e eles irão dar conta do recado, como sempre fizeram. Conto com a ajuda e compreensão de todos.

20 anos de Jornalismo


Nossa união

Noivamos e casamos no mesmo ano de 1988. A menina Suzana virou a senhora Lemes da noite para o dia. Eu nem sabia ao certo o que era ser um homem casado, e não só juntamos as escovas de dentes, como também as minhas posses: um aparelho de som e um velho cobertor.

A roupa do corpo não conta. Tudo o que eu ganhava como leiturista usava para ajudar minha mãe com as despesas da casa e, se sobrasse algo, investia na minha pessoa. Tive que acordar desse deslumbre em termos de aplicação financeira e pensar na vida de senhor casado. Eu teria que repartir o quase nada com alguém.

Graças ao seu Mário, fomos morar na Cohab, o “velho pombal” (naquela época era novo) lá do bairro de Fátima, em Cruz Alta. O sogrão comprou as chaves por uns três ou 4 mil reais e lá se fomos após as núpcias, vividas em Júlio de Castilhos, mesmo tomando emprestado o apartamento daquela prima da Suzana, a Rejane, que se casara primeiro. Ela e o esposo Jacimar moravam num apartamento muito bom, no núcleo do BNH (Banco Nacional de Habitação).

Já em Cruz Alta, de apartamento novo lá na Cohab, faltava só a mobília. Algo fácil para o Supermário. Ele arranjou tudo com um amigo que, por problemas com a lei, não poderia se apresentar na redondeza e aguardava o tempo correr confinado num longínquo local. Aquele afastamento não lhe permitia desfrutar dos seus próprios móveis, coisa que nos encarregamos de fazer por uns dois anos e pouco.

Mais tarde, juntei um troco e devolvi o pagamento das chaves do apartamento ao seu Mário, que tratou de comprar um para ele também. Ficamos vizinhando por um tempo até ele mudar-se em definitivo para Rio Grande, onde defendia o pão dos outros filhos com suas redes largadas no Oceano Atlântico.

O seu Mário era casado com outra mulher, e a sua legítima foi morar lá em casa. A dona Noemi era muito doente. Sofria de ataques epiléticos e passava caindo. Em seguida, veio a Sandra, minha cunhada, e, bem mais tarde, tivemos também a companhia do Marinho.

No ano seguinte ao casório, nasceu o Fagner. Hoje ele está com seus 19 e picos, o mesmo número de anos que tenho como jornalista. Como a vida era difícil! Ele ficava nas creches. Quem o levava para lá era a Sandra. Ela ajudou muito em sua criação. Chorão, bravo e inquieto, o Fagner, apesar da sua carinha linda e angelical, com seus cabelos louros e cacheados, nunca se acostumou às creches. Eu o chamava de pequeno aporreado.

sábado, 22 de agosto de 2009

20 anos de Jornalismo


Cartas de amor

Morando em Cruz Alta, permanecia uns 70 km distante da Suzana, que ficava em Júlio de Castilhos, na casa de sua avó Alda. Uma distância não muito grande, porém, para mim, era quase um oceano. O jeito era amenizar a saudade pensando nela e, como já gostava de escrever, matava as horas formulando algumas cartinhas. Cheias de erros ortográficos, é verdade, mas garanto que as afirmativas ali contidas eram as mais profundas e sinceras, tanto, que a Suzana as guarda até hoje. Foi um tempo marcante para nós dois e, às vezes, relendo as cartas, parecemos voltar no tempo. Com isso, retemperamos nosso amor.


Querida Suzana:
(carta)

Numa noite linda nos conhecemos, numa noite linda fomos apresentados um ao outro. Não recordo somente isso. Recordo também que passamos uma noite muito agradável e que tu estava linda, linda como a própria noite.

Suzana, hoje é sábado. Me encontro muito só. Há pessoas comigo: minha irmã, meu cunhado, mas estou só mesmo assim. Sinto demasiadamente a tua falta. Penso no que estará fazendo, em que estará pensando, enfim, em tudo...

Recebi tua carta e fiquei feliz. Só não entendo por que não me contas as novidades a teu respeito. Ah! Elas não existem? Tudo bem, mas pelo menos diga-me: nos fins de semana tu estuda, passeia, brinca, paquera, pensa em mim? Não penses que eu quero saber demais.

Não! Estou é aflito de saudades. Não entende isso? Será que não percebeu que é muito importante para mim? Não percebeu isso em todos os dias que tivemos ao nosso alcance, que eu...que eu preciso muito de ti?

Suzana: se não te interesso mais, se eu nunca te interessei, se foram só momentos de ilusão, apenas uma empolgação, tudo bem! Eu aceito a realidade. Mais vale uma triste verdade que uma alegre mentira.

No íntimo do meu íntimo habita esta paixão sedenta, paixão louca, louca por mais amor. Meu pensamento fica vasculhando minha mente à procura de lembranças tuas, à procura de lindas recordações, Suzana. No entanto, no entanto tu me diz que está um pouco confusa?
Suzana, eu preciso te ver, nem que seja para ouvir: “Oi? Como vai?” “Adeus, João!” “Amor, eu voltei.” “Me esqueça”, ou ainda ouvir: “João, eu vim pedir para você me amar”. “Voltei para ficar contigo.”

Não importa a frase, só tu me importa. És uma pessoa maravilhosa e teus defeitos são apenas uma máscara que envolve uma parte da pessoa linda que és.
Querida, eu tive muitos problemas. Minha mãe ficou muito doente. A propósito: minha futura (talvez) sogra conheceu minha mãe e falou que ela é muito legal.
Como não dá mais o papel, vou parando por aqui.
Aguardo respostas em breve.
Um beijo e adeus.
João Loredi Lemes
Cruz Alta, 5 de maio de 1987.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

20 anos de Jornalismo


A musa de meus sonhos

Ainda quando eu trabalhava na leitura, conheci meu grande amor, pessoa que se tornou responsável pelo meu sucesso. Me ajudou a ser mais compreensivo, a ser pai, enfim, ela é a metade ou até mais de tudo o que há em mim. Por incrível que possa parecer, a conheci quando saía de um romance fracassado, igual a tantos que vivi. Ela também acabara de deixar um antigo amor. Formamos assim uma dupla de desconsolados. Lembro como se fosse hoje.

A sua prima Rejane, que já era minha conhecida de outros carnavais, me convidara para mais um. Detesto esse tipo de festividade, ainda mais quando todo mundo fica correndo atrás de todo mundo, suando, babando e derramando cerveja na gente. Bem, mas por sua insistência, fui. Quando olho para o lado, eis que vejo a famosa e não menos bela Suzana Siqueira. Foi um verdadeiro baque no coração.

As pernas tremeram e me veio aquela sensação de que o mundo parou bem naquela hora. Diante do inusitado acontecimento, fiquei estático. Paralisado mesmo, um perfeito abobado, para ser mais exato. Interpelei a sua prima Rejane:
- Não vai me apresentar?
- Ah! - Disse ela. - Esta aqui é a Suzana. Minha prima.
Pronto. A gota d’água havia respingado em nós, quer dizer, em mim. Ansioso, deslumbrado, convidei aquela menina de 16 anos para dançar, ou melhor, “trotear” um atrás do outro naquela maluquice de Carnaval no ginasião lá de Júlio de Castilhos, cidade onde ela morava com seus tios e avós.

Festejamos toda a noite, sendo que na metade dela eu grudei um beijo a contragosto, porém, muito gostoso. Não posso dizer que o encontro e aquele beijo na musa dos meus sonhos redundassem em amor à primeira vista. Não foi. O que nascera ali foi uma paixão, um carinho e uma vontade de ficar juntos. O amor, custou um pouco mais, afinal, ambos os corações estavam empedernidos com os fracassos antigos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Críticas e autocríticas

Dia desses recebi uma crítica de uma jornalista, a qual disse que sente-se ofendida com o tipo de linguagem do nosso jornal, pois o estilo empregado nele não é o mais usado pela grande mídia.

Mas enfim, respondi a ela que esse era o modo encontrado para fazermos as pessoas lerem mais e que, graças ao criticado estilo, atingimos a casa dos 10 mil exemplares semanais. O que para a nossa região agrícola e de poucos habitantes, era um fenômeno.

Um só exemplar de jornal é lido por 5, 6, 8 pessoas. Logo, seguindo essa estimativa, temos praticamente 40, 50 mil tendo algum contato com o Expresso em uma semana inteira. Diante disso, sou obrigado a deixar a falsa modéstia de lado e dizer que em muitos lares, o jornal é o único veículo impresso a entrar. Se estamos errados no estilo, infelizmente, teremos que seguirmos errados.

Agora vejam a parte boa, um reconhecimento vindo de quem entende dessa arte de fazer jornal no interior. Trata-se do jornalista e administrador Carlos Severo, de Santo Ângelo, o qual tem mais de 25 anos de gráfica e de jornal.


Meu caro jornalista!!!


O Expresso Ilustrado é hoje indiscutivelmente, o maior fenômeno em circulação no interior do Rio Grande do Sul. Poucos! Muito poucos jornais no interior desse País, possuem uma tiragem como a do Expresso Ilustrado. Tua fórmula de fazer jornalismo não deve ser criticada. Deve sim!!! Ser estudada e copiada, por aqueles que se aventuram nessa árdua missão de fazer jornalismo no interior do Brasil.

Um fraterno abraço.

Carlos Roberto Severo

As últimas


O Expresso está quase pronto, enquanto Brasília vive mais um dia de pizza, pois as acusações contra o senador José Sarney foram arquivadas sem investigação alguma. No nosso Estado, um deputado do PSDB - partido de Yeda, foi escolhido para ser o relator da CPI da Corrupção.


Falando em Yeda, ela jantou ontem com o deputado Peixoto (foto acima) em ritmo de união. De Santiago foi uma caravana abraçar o baixinho progressista. Após o churras, Yeda elogiou o Santiaguense pela união familiar e pela sustentação à base governista.

20 anos de Jornalismo

Pombal, como eram conhecidos esses apartamentos da Cohab, onde eu morei por três anos.

O amargor do desemprego

Eu só deixei esse serviço porque a Instaladora Aliança, que tinha contrato com a CEEE, perdera a licitação para a Instaladora Braga, de Santa Maria. Nela, cheguei a trabalhar por uns dois anos. Para mostrar serviço assumi a tarefa de fazer todo o percurso do trabalho no interior em cima de uma motocicleta. Sofri os diabos. Aquela moto estragava e eu tinha que empurrá-la até a fazenda mais próxima. Mas eu era o único que sabia toda a extensão rural.

Desde Cruz Alta até Júlio de Castilhos, Limeira, Pinhal, Saldo do Jacuí, Tupanciretã, Jóia etc. Até pensei que nunca me tirariam desse labor. Eu era o que sabia o trajeto. O pau-pra-toda-obra. Aprendi na marra o serviço e fiz até mapa dos rincões, fazenda por fazenda, granja por granja. Mas foi só mudar de firma, e me botaram para a rua.

Pela primeira vez provei do amargor do desemprego. Fiquei assim por mais de semana. Sabem porque saí desse serviço? É que a dita empreiteira Braga atrasou o pagamento da turma por três meses e ninguém mais queria trabalhar sem receber. Precisavam comprar a comida em casa e não tinham de onde tirar. Houve então um princípio de greve e acabei sendo acusado pela direção da CEEE, pelo gerente Carlos Murussi, de estar encabeçando o movimento. Pronto, entrou a outra firma e não me deram chance.

Como eu já era casado, e a Suzana trabalhava como telefonista para CEEE, também contratada por uma empresa terceirizada, foi ela quem sustentou a casa durante o tempo em que não recebia e quando fiquei desempregado. Mas essa mudança, esse fato de me tirarem um trabalho que eu gostava de fazer, e onde eu era expert, me ensinou uma grande lição.

A de que ninguém é insubstituível. Eles tiveram que reaprender todo o trabalho rural, mas não me levaram junto. Fiquei no olho da rua sentindo o amargo sabor do desemprego. Aqueles 15 dias sem fazer quase nada me mataram. Foi um horror que só passou quando um vizinho, chamado Morine, hoje meu compadre, me levou para o Diário Serrano, onde aprendi o ofício de jornalista que tornou possível a fundação do Expresso Ilustrado.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Delegados com mais poderes

Crimes pequenos, com penas de até dois anos de prisão poderão ser julgados pelos próprios delegados no momento do registro da ocorrência. E não precisa nem o inquérito. É o que prevê o Projeto do deputado federal Régis de Oliveira (PSC-SP). As funções dos delegados seriam as mesmas dos Juizados Especiais. E mesmo com flagrante, o registro da ocorrência é decisão do delegado, caso ele consiga fazer um acordo.
Gripe A em queda

O que era previsto para acontecer em setembro já pode ser sentido em agosto. Os casos de Gripe A estão diminuindo em todo o Estado, conforme a secretaria estadual de Saúde. Nesta semana, o número de internados em UTI’s caiu cerca de 10%.

Podem rir (se puderem)

Charge nossa, com a marca do Expresso e do SIDI. Ah, o tema e o texto é deste que vos fala.

Outra bomba no palácio

Há pouco um amigo mandou-me esta: Hoje o pessoal da Rádio Gaúcha estava enlouquecido com um assunto interessante. Lembram do "Gaúcho da Copa"? Ele foi à Copa das Confederações com dinheiro do governo do Estado, mais de 300 dólares por dia.

O argumento é que, pelas suas vestimentas, ele divulgaria o Rio Grande do Sul. Só que, como disseram na rádio, quem não é daqui poderia pensar que ele é de qualquer lugar, até da Chechênia. Que acham de nós todos nos pilcharmos e irmos conhecer a Europa?

Este quera foi o 3º em diárias no ano pelo governo do Estado. 14.837 reais no total.
Os detalhes estão no tal de Portal das Transparência.
A crise no governo

Não bastasse o pedido de afastamento de Yeda Crusius, a CPI na Assembleia, apareceu um empréstimo da assessora Walna Meneses à governadora.

Embora o governo esteja reagindo bem à crise, pois nenhuma conversa de Yeda apareceu, a Polícia ficou desconfiada, pois Yeda poderia ter pedido o dinheiro diretamente a um banco.

E mais: um dia o processo terá desfecho em Brasília. Até lá, Yeda praticamente já encerrou o mandato. Mas e quanto à CPI? Se não virar pizza, alguém jantará nossa chefe de estado.

Quarta emburrada


Sandra curada...
Cá estamos, depois de uma dura terça-feira com serviço até por dentro do olho. Ontem, me enredei tanto que até esqueci que era terça e postei algo dizendo "quarta cinzenta". Menos mal que os amigos atentos deram o toque.

Mas hoje, sim. Quarta cinzenta, emburrada, tipo a da semana passada. Pouco frio e chuva à vista. Era para eu ter ido a Porto Alegre hoje, mas deixar o jornal de que jeito? Só morto.

Estou feliz hoje porque minha amigona Sandra Siqueira (no alto da postagem), colega aqui do Expresso e cunhada, está em casa, livre da gripe que a infernizou por uma semana, nos deixando pra lá de preocupados.

Muitas ligações, muitas perguntas. Uns para saber dela, outros, ligavam para saber apenas que doença ela contraiu, se foi gripe A, B ou C e, com isso, nem chegarem perto.

Já sei, a essa hora todos querem que eu desembuche: foi gripe A que ela pegou? No fim das contas o médico disse: "Tu teve todos os sintomas e eu te receitei Tamiflu, não te dou certeza, mas essa gripe teve tudo para ser a perigosa mesmo".

Nós, da família, alguns amigos e eu, particularmente, seguimos visitando-a todos os dias. Eu nem usei máscara, pois e tivesse que pegar, já teria pego. Viajei com ela alguns dias antes. Vai ver, já estou imune eh,eh,eh.

Brincadeiras à parte, só rimos depois do susto, como diz a própria Sandra em seu blogue:

http://www.sandrasiqueira.blogspot.com/
O Expresso vem com novidade, não esqueçam. E a quente da semana é que em Silveira Martins o prefeito demitiu ate seus cupinchas para economizar. Coisa inédita neste tempo de golpes e propinas.
Já em Cipó (não digo "Capão" porque os políticos de lá parecem até terem comido uma parte do nome da cidade. Levaram de merenda, de tanto que passam na estrada), eles apenas viajam. Torram dinheiro do povo sem olhar para o quesito ECONOMICIDADE.

(eu volto logo)

20 anos de Jornalismo

Aprendendo a ser líder

Embora o mais mimoso do chefe fosse o Laerte, eu não ficava muito para trás. Mas meu sistema de agradar o “homem” era fazendo bem o serviço. Chuva ou vento eu estava sempre a postos para sair em mais uma jornada, como de fato fiz numa madrugada qualquer de tempo feio. Eram cinco da matina.

Água que Deus mandava e eu precisava estar no lugar marcado com as trouxas embaixo do braço para a dita viagem. Íamos tirar leitura em Ibirubá. Como todos já sabiam, o Falconi não pegava ninguém em casa.

Era só nos lugares predeterminados. Bueno! Chegou a hora, me arrumei, calcei minhas botinas, peguei um guarda-chuva e me toquei rumo a parada. Depois de 20 minutos chegou o Falconi sozinho. Olhou para os lados, coçou a barba - gesto que ele fazia sempre quando estava brabo -, e perguntou quase gritando.

Cadê o resto da turma? Eu não disse que era para todos me esperar aqui?
- Olha, seu Falconi. Não sei de ninguém. Eu sei de mim
Respondi em tom pacholento.
-Entra aí e vamos atrás desses vagabundos!

Fomos de casa em casa. Quase todos estavam ou recém se aprumando ou dormindo mesmo, como foi o caso do mimoso Laerte, que botou a fuça na janela com o olho inchado e os cabelos feito molinhas de isqueiro, arreganhou as canjicas e disse num sorriso mais amarelo que seus próprios dentes.

Oi, seu Falconi. Veio cedo!
O Falconi, puto da cara, nem falava. Só fungava. Meio forçado conseguiu dizer.
- Por que não foi para o lugar marcado, negrão?
(O Laerte era bem franzininho, mas o Falconi falava no aumentativo quando estava brabo.)
- Ora, seu Falconi, não viu a tormenta?
Respondeu o “Negrão”.

- Mas que tormenta o quê! Como é que o Joãozinho estava lá, firme?
Passei a ser bom exemplo de cumpridor de trato. Mais um ponto se somou a tantos outros que foram vindo de forma semelhante, o que me rendeu elogios ao chefe novo, surpreendentemente ditos pelo Falconi. Assim, quando ele saiu da firma, me tornei líder da turma.

Riscos no trevo


Nelson Abreu comentou sobre os perigos no trevo da BR 287 com a 377. Segundo ele, há um trecho que ainda não foi asfaltado e não existe sinalização, aumentando os riscos de acidentes.

Sugestão do Cardoso

Cláudio Cardoso avalia que proposta da Corsan prejudica o município, pois não prevê retorno social e vai aumentar a tarifa em 40%. "Sugiro que a gente analise tudo a longo prazo".

Lavando as mãos


O vereador Marquinhos Peixoto sugere que os lojistas de Santiago instalem kits de gel líquido em seus estabelecimentos, para que os clientes possam limpar as mãos e prevenir contra a gripe suína.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O dia voou

Chove e faz frio em Santiago. Enquanto isso, os nossos dedos estalam nos teclados aqui na redação, marcando um compasso com a chuva no zinco da cozinha que fica ao lado. Escrevi à tarde toda me fazendo crer que o dia voou. E por certo, entrarei a madrugada paginando o jornal, que nesta semana traz uma inovação. Não percam!


Baile de formatura
ou motivo pra farra?

Algumas escolas cancelaram as festas de formatura, frustrando alunos, como é caso da Professor Isaías, enquanto as de ensino superior seguem festejando e bailando. E que festas (ou farras), com direito até à presença de jovens alcoolizados, para não dizer bêbados mesmos.


E o que é pior! Autoridade nenhuma enxerga nada nessas festas, as quais, deveriam ser uma alegria total. Mas não! Muitas vezes elas geram brigas, tragédias, tendo em vista que entra todo mundo. O formando, graças ao que já pagou para as empresas de fora (geralmente a organizadora é de fora) tem direito a dezenas de convites, e de entregá-los para quem quiser, quem puder, pois é tudo de graça.

Caso o convidado do acadêmico não queira ou não possa ir, é muito simples: este pega igualmente o convite, daí o repassa ao vizinho, amigo ou sabe-se lá para quem. O resultado é um salve-se quem puder, com bebidas a torto é a direito. Não estou generalizando, mas Santiago presenciou uma peleia daquelas na madrugada de domingo. Até tiro saiu.


Quem duvida que alguns dos brigadores não tenham saído de um desses bailes? Então, mais uma vez apelo aos senhores pais: não larguem seus filhos ao deus dará, sem alguém adulto e sério o bastante para protegê-los dos desaforados ou, até deles próprios, pois ao passar da cota no bico da garrafa, poderão sair fazendo coisas malucas. Quando isso ocorre, o resultado pode não ser muito agradável.

Expresso pergunta:


Você usaria máscaras para se proteger da gripe A (suína)?
Sim. Pois é uma forma de evitar o contágio dessa doença que surgiu e que já contagiou muitos. 83 votos - 62.9%;


Não. A gripe A é mais fraca que as gripes normais e não há garantias de que a máscara proteja. 49 votos - 37.1%.


Acesse nosso site e vote também: www.expressoilustrado.com.br.

Mensagem

De tantas mensagens que ganhei pelo meu aniversário (na semana passada), compartilho com vocês esta de agora. Muito linda.

Que posso falar nessas horas para um jornalista, que é um autodidata, sempre lutando pelo seus objetivos e muitas vezes pelos do próximo? João: sei que tive a oportunidade de conviver com tua família e foi uma experiência muito boa.

Aprendi muito com você e demais familhares. Lembro muito bem de cada momento e sei que você também, por exemplo, de uma festa surpresa que fizemos para você no dia do teu aniversário: com peixe e demais comidas. E melhor: com teus AMIGOS músicos, que vieram cantar para todos nós.
Foi muito lindo!

As palavras nem sempre significam tudo, mas um gesto fala por si próprio.
Desejo-te muita PAZ, SAÚDE, FELICIDADE, o resto se conquista...
Abraços. Paulo Pereira.

Terça cinzenta II

Neste agosto incerto, todos os dias são surpreendentes. Cinza, com sol, chuva, garoa. Hoje tá cinza. Ainda bem que não tá tão frio. Como vocês já sabem, detesto a invernia. Bueno, do tempo era isso. Agora vamos às capciosas das últimas 48 horas.

Ontem ouvi o professor Renito Bolzan na Santiago. Queixava-se do governo Yeda, que é o pior. Mas e quando que esses professores estão contentes?

Em seguida, Renito disse não sei o que "em nível" nacional. Ora, profe. Não use esta expressão! Diga em âmbito nacional, pois em nível só serve para "nivelar". Tal coisa está no nível da outra... Foi só uma dica.

Soube que há poucos dias uma verdadeira caravana de Capão do Cipó foi a Brasília. Só não foi junto o cusco do prefeito porque deve ter ficado na fazenda dele, ou granja, montando guarda.

Imaginem, era marcha dos prefeitos, mas quem marchou de fato foi o povo cipoense com as gordas diárias dos seus políticos brasilienses.

A marcha era dos prefeitos, então, pergunto: o que dois secretários e mais dois vereadores foram cheirar lá? Foram conhecer a cidade, fazer turismo?

Ah, levaram 8 milhões em projetos. Muito bem, mas arrumaram apenas 100 mil com algum deputado. Mas para isso existe internet, meu povo. Pelamordedeus, até quando vai esta farra?

Em São Chico, a promotoria vai processar os vereadores por improbidade, justo porque torraram dinheiro em diárias sem atender ao princípio da economicidade. Não sei se o ilustre presindete dos vereadores do Cipó sabe que palavra é essa.

Mas enfim, no dia em que eu colocar as mãos em todos os gastos deles, vai sobrar para muita gente, ora se vai. Eu até já mandei pedir, mas ele não respondeu, certamente tem algo a esconder. Mas para isso existe a lei, e vou fazer com que seja cumprida. Ora se vou...

20 anos de Jornalismo



Nós hoje: Júlio, eu, Jairo e o Falconi. (faltou o Laerte)

As proezas da dupla
Falconi & Laerte

Trabalhei por quase seis anos na Instaladora Aliança, do seu Avelino e do seu Alcides Borges. Viagens e mais viagens com o famoso Falconi. Tempo bom aquele. Tudo era diversão, mesmo que fosse preciso enfrentar o barro, poeira das vilas, o vento frio, garoa e até neve, como aconteceu em 1982, ou 83 (não lembro bem) lá em Júlio de Castilhos. Mesmo com neve, eu nunca ia para casa sem acabar meu livro (bloco onde se apontava os números dos medidores de energia) deixando-o sem alteração. Enfrentava até cachorro brabo, mas não deixava uma casa sem chegar e cumprir a missão, a de ler todos os medidores de energia.

Eu adorava aquele serviço, afinal, era o meu primeiro com carteira assinada. Ganhava apenas o salário mínimo, mas estava num ambiente familiar e o que eu ganhava dava para me vestir razoavelmente bem e ajudar nas despesas do mês na casa da minha mãe. E depois, era algo diferente. Passava trabalho, mas era divertido graças às patacoadas do Falconi e do Luiz Laerte Machado da Rosa, um homenzinho afro-descendente, metido a conquistador e tudo o mais. Mas só o que conseguia era se manter engraçado, claro, além de ser um baita puxa-saco do Falconi.

Enquanto todos viajavam na carroceria das camionetas, O “Nego Laerte” ia no bem bom, lá na cabine ao lado do chefe. Nós o observávamos durante a viagem. Ele nunca olhava para frente. Só para o chefe Falconi. E com as “canjiquinhas” sempre à mostra, sorri para seu maioral, o ídolo Falconi.

Numa dessas viagens o Falconi parou a caminhonete perto de um mandiocal e lá se foi o Laerte pelo meio da lavoura. Quando vinha voltando com os braços cheios de mandioca, eis que encontra o dono. Naquele espanto todo, como se tivesse visto o diabo, só restou perguntar:
-Quanto é o quilo, vizinho?
Graças a essas desventuras mandiocais a fora, o Laerte ganhou o simpático apelido de “maior ladrão de mandioca do Rio Grande do Sul”. Pelo menos era assim que o Falconi o apresentava quando chegavam nos lugares. E o “ladrão” não ficava bravo com a terrível alcunha, pois quem estava falando era o chefe. E o chefe sempre tinha razão. Para o Laerte tinha!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

20 anos de Jornalismo

Júlio, Jairo e eu.

O trio J

No ofício de leiturista aprendi a conhecer todas as ruas de umas 10 cidades da região de Cruz Alta. Tudo rua por rua, beco por beco. Fiz amizades, dentre elas com a dupla Jairo Oliveira e Júlio Teixeira, Com eles formamos um trio. O Trio J - Jairo Júlio e João. O primeiro é gremista. Muito aguentei suas xaropeiras quando seu time ganhava. E quando foi campeão do mundo, então! Pobre deste colorado velho.

É, assim como eu falo dos outros, relembro que existiram as minhas “brechas” também. Apesar de ser colorado doente, certa vez vesti uma camiseta do Grêmio e ainda posei para foto. Sabem o teor do sacrifício? Pura vaidade.

Sim, o Júlio dizia que eu era parecido com o jogador gremista e campeão do mundo, o Renato Portaluppi, então, banquei o Renato Gaúcho por um dia. Por sua vez, o Jairo dizia que minha parecência era com o ator Maurício Mattar. Até tirei uma foto em pose de galã, num campo de futebol.

Preocupado com a pose, não vi um monte de esterco de cavalo atrás de mim. Como naquele tempo não existia Fhotoshop, lá ficaram os excrementos do bicho servindo de adorno à “bela figura”.

Para não faltar com a verdade, cabe dizer que o tal de “Trio J” era um grupo formado por uns perfeitos babacas que pensavam saber das coisas. Porém, como diz a música do Rei Roberto: “Quem sabia menos as coisas, sabia muito mais que nós”.

Agora, se havia algo que nos identificava era o fato de saber rir e criticar os viventes. Claro, nada tinha maldade. Era tudo por prazer. Ah! Não posso esquecer da “lista dos chatos”. O Jairo e eu, por exemplo, detestávamos aqueles xaropes (aqui, em Santiago, o termo é substituído por “guarapa”). Fazíamos uma lista imaginária dos insuportáveis.

Outra coisa que detestávamos era ouvir palavreados manjados, frases prontas e repetidas até dar nojo na gente, do tipo: “Você não entendeu o espírito da coisa”, “Vamos em frente que atrás vem gente” ou, “É como coração de mãe, sempre cabe mais um...” Bastava alguém sair com uma expressão dessas que nós dizíamos quase em coro: “Não me venha com essa manjada!”

Ôh, meu amigo Jairo. Que pessoa maravilhosa. Hoje, criando seus filhos e se dedicando à esposa e aos amigos. Júlio, você é único. Nunca poderei dizer que não tens defeitos, mas digo que tens virtudes mil. Tu és alguém que aprendi a admirar e a gostar. Obrigado por tudo, amigos. Vocês são eternos em minha vida!

VACINAS


Brasil vai produzir vacinas
contra pneumonia e meningite

Acordo entre Fiocruz e multinacional GSK define ainda uma ação inédita em pesquisa e desenvolvimento de vacinas contra dengue, febre amarela inativada e malária. Essas vacinas podem estar disponíveis para o próximo ano.

Gripe A - Com o desenvolvimento no setor, o Brasil também será o único país da América Latina a produzir a vacina contra a gripe A. Hoje, apenas um pequeno grupo de laboratórios, concentrado nos Estados Unidos e Europa, detém tecnologia e estrutura fabril para produzir a vacina.


Segunda enferruscada

Segunda de cara enferruscada, vento frio e muita humidade no ar. Nada bom para a volta às aulas, ainda mais com essa criançada que gosta de andar por aí sem agasalho. No mais, apenas o recomeço da semana. A colega Sandra já está em casa depois de ter se vido às voltas coma uma velha pneumonia que voltou a perturbá-la. Depois eu volto.

A crise no governo

Não bastasse o pedido de afastamento de Yeda Crusius pelo Ministério Público, CPI na Assembleia e tido mais, agora aparece um empréstimo da assessora Walna Meneses à governadora. Embora o governo esteja reagindo bem ao primeiro momento da crise, pois nenhuma conversa da própria governadora apareceu, o que reduziu o impacto político da denúncia. Com isso, Yeda tenta desqualificar a todos os faladores.

A juíza Simone Barbisan Fortes contribuiu para isso ao negar o afastamento de Yeda por improbidade. Por ora, Yeda respira. Mas a mesma juíza julgou-se apta a conduzir o processo, o qual, em Brasília terá destino certo. A Polícia Federal (PF) pediu explicações, já que o empréstimo é inusitado. Aparenta operação para encobrir dinheiro sem origem, ou seja: Yeda poderia ter pedido empréstimo diretamente a um banco, caso precisasse, como bem frisou o professor Paulo Moura, que é consultor político.

domingo, 16 de agosto de 2009

Mais acidentes

A mesma rodovia, quase à mesma hora e também num final de semana. Circunstâncias semelhantes àquelas que mataram o jovem Rodrigo, há poucas semanas. No carro capotado hoje cedo, litros de bebidas. No hospital, uma vida corre risco enquanto outra faz brotar o choro compulsivo da família.

Infelizmente será sempre assim até o dia em que os pais resolvam de fato coibir os filhos de saírem por aí bebendo ao Deus dará. Lamento pela vida dessa jovem, da família Gripa. Lamento pela outra que sofre. Sofro pelo rapaz que causou o acidente. Certo ou errado, não merecia punição tão grande.

Supervalorização das aparências

Lendo Roberto Shinyashiki, psiquiatra com dezenas de livros sobre comportamento, percebi que as pessoas vivem tristes mas escondem isso, pois o sucesso é sinônimo de alegria. Diante disso, ninguém se dá ao luxo de sofrer em paz. O psiquiatra diz que nossa gente não consegue nem ser, nem ter, o objetivo da vida se tornou "parecer".

Todos parecem que sabem, parecem que fazem, parecem que acreditam. Poucos são humildes para dizer que não sabem. Há mulheres solitárias que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem parecer que está tudo bem.


Infância roubada

Continua Shinyashiki: "Certa vez apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigo perguntou quem decidiu publicá-lo. Eu disse que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir. Infelizmente hoje é assim.


As pessoas têm que fazer tudo do jeito certo, mas jeito certo não existe. No Japão, Suécia, Noruega há mais suicídios que homicídios. É mulher vivendo com quem não ama por conveniência, gente que fica no emprego que não gosta porque é seguro, e a depressão ataca.

Assim como ataca o filho que não consegue ser o que o pai quer que ele seja. No intuito e prepará-lo, o pai o leva para aulas de Inglês e a tantos outros cursos, deixando pouco espaço para ele curtir a vida.

Aos 10 anos a depressão aparece. O pai esquece que a única coisa que prepara uma criança é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los, os pais roubam a infância dos filhos. Resultado: adultos inseguros e com discursos hipócritas."
(Resenha publicada neste blogue em 2007)