segunda-feira, 17 de agosto de 2009

20 anos de Jornalismo

Júlio, Jairo e eu.

O trio J

No ofício de leiturista aprendi a conhecer todas as ruas de umas 10 cidades da região de Cruz Alta. Tudo rua por rua, beco por beco. Fiz amizades, dentre elas com a dupla Jairo Oliveira e Júlio Teixeira, Com eles formamos um trio. O Trio J - Jairo Júlio e João. O primeiro é gremista. Muito aguentei suas xaropeiras quando seu time ganhava. E quando foi campeão do mundo, então! Pobre deste colorado velho.

É, assim como eu falo dos outros, relembro que existiram as minhas “brechas” também. Apesar de ser colorado doente, certa vez vesti uma camiseta do Grêmio e ainda posei para foto. Sabem o teor do sacrifício? Pura vaidade.

Sim, o Júlio dizia que eu era parecido com o jogador gremista e campeão do mundo, o Renato Portaluppi, então, banquei o Renato Gaúcho por um dia. Por sua vez, o Jairo dizia que minha parecência era com o ator Maurício Mattar. Até tirei uma foto em pose de galã, num campo de futebol.

Preocupado com a pose, não vi um monte de esterco de cavalo atrás de mim. Como naquele tempo não existia Fhotoshop, lá ficaram os excrementos do bicho servindo de adorno à “bela figura”.

Para não faltar com a verdade, cabe dizer que o tal de “Trio J” era um grupo formado por uns perfeitos babacas que pensavam saber das coisas. Porém, como diz a música do Rei Roberto: “Quem sabia menos as coisas, sabia muito mais que nós”.

Agora, se havia algo que nos identificava era o fato de saber rir e criticar os viventes. Claro, nada tinha maldade. Era tudo por prazer. Ah! Não posso esquecer da “lista dos chatos”. O Jairo e eu, por exemplo, detestávamos aqueles xaropes (aqui, em Santiago, o termo é substituído por “guarapa”). Fazíamos uma lista imaginária dos insuportáveis.

Outra coisa que detestávamos era ouvir palavreados manjados, frases prontas e repetidas até dar nojo na gente, do tipo: “Você não entendeu o espírito da coisa”, “Vamos em frente que atrás vem gente” ou, “É como coração de mãe, sempre cabe mais um...” Bastava alguém sair com uma expressão dessas que nós dizíamos quase em coro: “Não me venha com essa manjada!”

Ôh, meu amigo Jairo. Que pessoa maravilhosa. Hoje, criando seus filhos e se dedicando à esposa e aos amigos. Júlio, você é único. Nunca poderei dizer que não tens defeitos, mas digo que tens virtudes mil. Tu és alguém que aprendi a admirar e a gostar. Obrigado por tudo, amigos. Vocês são eternos em minha vida!

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