sexta-feira, 21 de agosto de 2009

20 anos de Jornalismo


A musa de meus sonhos

Ainda quando eu trabalhava na leitura, conheci meu grande amor, pessoa que se tornou responsável pelo meu sucesso. Me ajudou a ser mais compreensivo, a ser pai, enfim, ela é a metade ou até mais de tudo o que há em mim. Por incrível que possa parecer, a conheci quando saía de um romance fracassado, igual a tantos que vivi. Ela também acabara de deixar um antigo amor. Formamos assim uma dupla de desconsolados. Lembro como se fosse hoje.

A sua prima Rejane, que já era minha conhecida de outros carnavais, me convidara para mais um. Detesto esse tipo de festividade, ainda mais quando todo mundo fica correndo atrás de todo mundo, suando, babando e derramando cerveja na gente. Bem, mas por sua insistência, fui. Quando olho para o lado, eis que vejo a famosa e não menos bela Suzana Siqueira. Foi um verdadeiro baque no coração.

As pernas tremeram e me veio aquela sensação de que o mundo parou bem naquela hora. Diante do inusitado acontecimento, fiquei estático. Paralisado mesmo, um perfeito abobado, para ser mais exato. Interpelei a sua prima Rejane:
- Não vai me apresentar?
- Ah! - Disse ela. - Esta aqui é a Suzana. Minha prima.
Pronto. A gota d’água havia respingado em nós, quer dizer, em mim. Ansioso, deslumbrado, convidei aquela menina de 16 anos para dançar, ou melhor, “trotear” um atrás do outro naquela maluquice de Carnaval no ginasião lá de Júlio de Castilhos, cidade onde ela morava com seus tios e avós.

Festejamos toda a noite, sendo que na metade dela eu grudei um beijo a contragosto, porém, muito gostoso. Não posso dizer que o encontro e aquele beijo na musa dos meus sonhos redundassem em amor à primeira vista. Não foi. O que nascera ali foi uma paixão, um carinho e uma vontade de ficar juntos. O amor, custou um pouco mais, afinal, ambos os corações estavam empedernidos com os fracassos antigos.

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