sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Calorão, que beleza!

Sol que racha, calorão horrív... "pera ae". Eu passei tanto frio no inverno que cheguei a jurar que jamais reclamaria do calor. Então, que venha 34, 35, 38 graus que eu aguento.

Chuva de político em Unistalda. Olhamos de longe... Não ligo muito para essa classe e apenas divulgo quando existe algum bom trabalho a ser mostrado.

O Expresso está um brinco, aliás, um espelho, pois dá para se enxergar nele, graças à qualidade da impressão.

Falando em Expresso, dia desses foi até engraçado. Na rodoviária, quando embarcávamos fardos e mais fardos do nosso jornal para apenas duas cidades da região, alguém chegou com um fardinho de outro jornal e mandou levarem.

Lição para nós, já que lembrei de quando eu vinha para Santiago com dois fardos apenas em baixo do braço. Tempos novos após 16 aninhos. E quem quiser chegar perto do gigante Expresso, terá que obrigatoriamente trilhar esse longo caminho.

Não é chacota a ninguém, é só mais uma liçãozinha de vida pela qual eu passei. E se a lei da física nos permite opinar que assim será, por que não fazê-lo? Portanto, senhores, nada de inveja e muito menos recalque. O Expresso é o Expresso porque conquistou sua marca e foi além dela.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Expresso x farras

O Expresso vem cabeludo nesta sexta, com coisas do arco da velha, menos, lógico, achincalhe contra pessoas de bem, as quais não tiveram seus nomes flagranteados em nada. Pimenta nos olhos alheios é ótimo, eu sei, mas o jornal precisa estar afinado com a sua responsabilidade.

E tem algo que eu adorei, e vai sair na coluna do Denilson Cortes. Vejam uma palhinha dele: "Os vereadores de Capão do Cipó embolsaram em diárias, de janeiro a setembro, deste ano, 41 mil reais em gastos das mais mirabolantes formas, além de outros 14.500 reais em passagens, sem computar inscrições para cursos, seminários e o escambau."

E sobra para o prefeito brasiliense também, de cujo gabinete saiu a autorização de 21 mil reais para viagens. Em tempos de crise, isso seria uma bomba numa cidade que tivesse vereadores capazes de fiscalizar. Mas fazer o que, se eles são os primeiros a entrarem na suruba dos gastos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Repensando a vida


"Qualquer dia desses vou sentar à sombra de um tarumã copado que eu mesmo plantei... Repensar a vida, cuidar meus ressábios, e fazer com gosto as coisas que eu sei..."

Esta melodia, na voz de Luiz Marenco, a qual tirou o 2° lugar no nosso 17° Festival, me faz de fato refletir a vida: por que vivemos? Qual a razão de estarmos aqui, ora alegres, ora tristes? Alguém nos mandou pra cá? Existimos devido a uma acidente do universo? Foi Deus quem nos criou? E para quê? São perguntas que desafiam a mente humana, afinal, tudo se sabe, se descobre, menos a nossa própria razão de existirmos.

Ontem fui a um encontro com um amigo. Vivemos momentos de profunda reflexão da vida, justo porque brindamos à nossa própria existência e felicidade junto ao lugar que ele escolheu para seu derradeiro jardim. O Jardim da Eternidade.

Conheço Ruy Gessinger não é de hoje, apenas nossa relação de amizade e de negócios que é nova. Gostamos de conversar, trocar ideias e sempre o admiro mais ao fim de cada encontro nosso. E também me surpreendo com ele.

Imaginem você que o homem até já construiu sua eterna morada. Isso mesmo, ele quer que suas cinzas sejam ali depositadas, bem em frente à sua estância, em Unistalda. Em cada inscrição, versos para Santiago, para Unistalda, seus amados torrões.

E como não poderia faltar, lá estão os nomes e as datas de nascimento de Ruy Gessinger e Maristela Genro Gessinger. Prontinho, com flores, grama e até já tem a sepultura de um fiel cachorro, e bem à frente do jardim, como a guardar o local eterno de seus donos.

Era isso, gente. Mais uma vez acredito que a vida é bela, justo por conhecer pessoas assim, como o Ruy e a Maristela. Que têm consciência real da vida, das coisas corretas e, sobretudo, da única coisa certeira nesta vida: a morte.

Presidência do CES

Sugeri nomes à presidência do nosso Centro Empresarial (CES) e também disse que o salário era mais de dois mil. Erro meu, pois nenhum presidente ganhou um centavo até agora para presidir a entidade. Transcrevo a síntese de Ivori Guasso (foto) que elegantemente me puxou a orelha.

Caro João Lemes

Os nomes sugeridos engrandeceriam qualquer organização. Sinto-me gratificado por há 3 anos contribuir com o CES. Por outro lado, cito apontamento incorreto na sua respeitada coluna, deixando entendido que o presidente receberia salários. Todos os cargos de diretoria são exercidos gratuitamente.

Não temos salários, direito a diárias etc. Todos bancam suas despesas. Eu próprio, venho de Nova Esperança à minha custa. Se não for assim, tais agremiações sucumbirão, e o que todos os associados querem, inclusive este veículo que abre as páginas ao CES, é o fortalecimento de nossa entidade para que mais serviços de qualidade possam ser oferecidos à região.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Comentários

Grenal

Você falou que segunda não teve tempo de tirar uma onda dos gremistas. Até acho que não tem muito o que falar, porque o jogo foi de dar dó.

Na partida entre São Paulo e Santos, o juiz Carlos Simon deu uma verdadeira demonstração de que é colorado ao expulsar injustamente Rogério Ceni, afastando o goleiro do decisivo confronto de quarta contra os vermelhos.

(Jairo Celestino Oliveira - São Francisco)

Terça especial

Terça-feira, 27 de outubro, dia por demais especial para este que vos fala. Em primeiro, quero agradecer aos colegas de equipe que fizeram com que o time do Expresso e da Rádio URI vencesse o do Exercito. Baita jogo pelo Torneio Imprensa Segurança Pública.

Por segundo, relembro a vocês que à tardinha de hoje não estarei na redação, mas numa viagem espiritual, ao lado de um grande amigo. Enquanto estivermos mateando e ruminando nossa saudade das coisas boas da vida, lembraremos de tantas outras coisas boas que surgiram para nós dois.

Esse amigo que vos falo é especial para mim, pois com ele aprendi muito e sinto que ainda irei aprender. Como sou matuto, sem escola, e que me formei na vida, vejo nele todos os atributos que um aluno queria ver num professor. E no nosso encontro de hoje, remeteremos nosso pensamento ao além, num recanto sagrado, próximo a Santiago. Estão curiosos?

No Expresso de sexta prometo contar boa parte dessa "viagem" para provar a alguns que esta vida é tudo e não é nada. É tudo se amarmos a família, os amigos e os momentos bons; será nada se, ao cabo da jornada, não tivermos conquistado se quer um olhar de admiração de alguém.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Segunda colorada

Segunda
Hoje o dia foi corrido para mim, já que precisava liberar a pauta dos trabalhos para a turma e, à tardinha, nosso time precisou comparecer à abertura do Torneio Imprensa Segurança Pública. Nem deu tempo para tocar flauta nos gremistas, mas tudo bem. Não perdem por esperar.


Só pra não deixar passar em branco, aí estão meus amigos Menna Barreto, Justino Almeida e Jorge Viero. Os dois colorados pesos-pesados no sábado à noite já estavam esmagando um gremista, prelúdio do que seria o Grenal de domingo.

sábado, 24 de outubro de 2009

CES - segue o debate

Amigo João Lemes!!!

Li com muita atenção, como faço em todas as ediçoes a " Palavra do Editor", parabenizo pelos assuntos, pois sempre são de extrema importância e tenho convicção das melhores intenções em colaborar e também alertar para a melhoria dos assuntos em questão:

Nesta caso refiro-me a edição do dia 23/10/09 pagina 08 onde o senhor questiona a Sucessão do Centro Empresarial:

Bem meu ilustre amigo, se é que posso chamar assim, pois tenho o maior carinho pelo(as) pessoas do expresso, sou fã mesmo, desde que pude compartilhar com vocês de forma pessoal ou profissional, ou mesmo pela minha empresa, a Virtual Móveis...


agora sobre a matéria concordo com o senhor que a renovação é fundamental em qualquer Entidade ou Instituição, não veja de forma alguma em ser diferente no CES. Quanto a nominata de pessoal para abraçar a causa do CES, é uma turma de gente boa mesmo, e todos rodeados de condições , assim como diversos outros nomes dentro do quadro social.

Portanto concordo com a renovação, isso é aberto, pelo que agente acompanha não acontece porque não tem ninguém que esteja afim de trabalhar de forma gratuita em prol de uma sociedade...por isso existe a tal continuidade, ou mesmo grupo, embora sempre preservando o estatuto que foi discutido com todos, o CES cumpre com o estatuto.

Má s o que me chama atenção é o fato do incentivo quanto a deixarem suas empresas para um salário de mais de Dois mil??? quero dizer que tenho acompanhado desde sua fundação, desde as duas gestão do Elton Doeler , depois da Elaine Manzoni, depois comigo(Callegaro), passando ao Vianei, que por sua vez passou ao Francisco (Chico) nunca e ninguém da diretoria recebeu salários.


Isso é altamente prejudicial a nós que passamos como presidente, que nos doamos de forma gratuita, muitas vezes pagando do próprio bolsos em prol da entidade, deixamos nossas empresas para cuidar uma entidade comum, fico triste, pois Eu nunca recebi nada de salário, e se existe não é de conhecimento, nem mesmo do conselho que hoje ainda fizemos parte.

Portanto, acho que não procede esta informação, e se for verdade, nós que passamos pela ENTIDADE, como presidente teremos que buscar a idenização, e por certo estaremos matando a entidade que é de todos os sócios.

um abraço

Aldacir José Callegaro
Ex presidente/gestão 2006



Amigo Calegaro


Sabe que muito te admiro e respeito, tanto pelo teu trabalho, pela tua histórica jornada, ou pelo tempo em que presidiu o CES, tudo sempre dentro da mais perfeita harmonia que sempre deveria nortear os passos de verdadeiros líderes.

Infelizmente, temos que levantar tais fatos, pois as portas do CES trancaram-se definitivamente quando o assunto é salários, gastos etc.

Ninguém responde nada, até nem sei para que pagam assessoria. Acredito que o próprio atual presidente, pessoa que há muito conheço e admiro também, seja quem deva vir a público e clarear tudo isso: quem ganha, quem não ganha... ESTAMOS NO AGUARDO E À DISPOSIÇÃO DELE, COMO SEMPRE.

No mais, agradeço pela participação sempre coerente e educada e, em última análise, cabe dizer que um bom salário ao presidente seria digno e ainda poderíamos cobrar muito mais empenho sem achar que alguém ficou devendo obrigação a ninguém.

Um forte abraço.

Noite memorável





Noite memorável! Isso é o que podemos dizer da festa de lançamento do novo disco de Miguel Marques, no salão da Artilharia. Nilton Ferreira, Édson Vargas, Jarbas Nadal, Nenito Sarturi, Mário Meira, Gotardo dos Santos, Francisco Matos e tantos outros artistas animaram uma das noites mais fantásticas que a música sulina já teve.

Como diz o amigo Flávio Durgante, foi uma noite em que o salão da Artilharia ficou pequeno para tanta festa, tanta amizade, tanto talento. O Miguel Brilhou como nunca e mais uma vez reafirmou seu nome como um dos melhores artistas aqui do sul.

Nilton Ferreira foi esplêndido ao cantar a vencedora do nosso festival: Inventário. Não tive a oportunidade de vê-lo no nosso festival, mas matei a vontade nesta noite de sexta para sábado. Fantástico. Simplesmente.

Revi amigos, brinquei, festejei. Sicha, Almeida, meu grande abraço a vocês. Povo de Jaguari, em peso na festa. Valeu, gente boa. Mais detalhes no Expresso de sexta-feira, coamo sempre, presente nos grandes eventos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sexta maravilhosa


A sexta está bonita, boa para ir ao show de Miguel Marques. De disco novo. Vários outros artistas estarão animando a festança.


Charge enviada pelo meu amigo Senna, de São Paulo. E o Rio continua lindo. Falando nisso, o amigo Ruy está por lá.


Tudo certo para o show de Miguel Marques, logo mais às 20:30, na Artilharia. Estarei lá com esposa, amigos e tudo mais.


Mauro Lovatto, ex-prefeito de Nova Esperança teve suas contas desaprovadas pelo Tribunal de Contas. Caso idêntico ao de Jaguari. "Insuficiência Financeira".


Perguntinha: Quem era o responsável, ou a responsável? Não era a mesma pessoa que atuou para o ex-prefeito Ivo Patias, ou era?


20 Anos de Jornalismo


Legitimidade suprema

Na tentativa de reverter o quadro negativo ao seu propósito eleitoral, até contra a circulação do jornal a turma de Rosado lutou. Escreveram nos processos que ninguém poderia distribuir o "hebdomadário" com o resultado da pesquisa que favorecia o outro candidato. Ainda mais em "plena via pública" e sob a sombra "lúgubre" da noite.

Prates, então, combatia tais argumentos com extrema habilidade e, ainda, nas entrelinhas, debochava dos advogados da dita coligação e do próprio Rosado. Lembro bem até dos trechos:

Excelência, de fato, o jornal é distribuído em via (rua) pública, mas por um acaso, douta magistrada, existe via privada? Que diferença faz entregar o Expresso na sombra "lúgubre" da noite ou no raiar do dia?
A juíza eleitoral era Marlene Stangler, a qual não reconheceu uma vitória sequer aos célebres escrevinhadores. Ela nos deu legitimidade total para trabalharmos, ao sentenciar:

O jornal paga seus impostos e pode trabalhar e distribuir exemplares onde quiser. A atividade é um comércio, por isso, pode ser vendido a quem quiser comprá-lo. Também pode ser entregue gratuito à coligação vitoriosa na pesquisa, como uma doação de campanha.

Focado nessas considerações da juíza, o jornal seguiu sendo distribuído pelo PP, como prova de que seus candidatos lideravam a corrida à prefeitura. E de fato, estavam na dianteira, pois as pesquisas subseqüentes mostraram vantagem, levando-os a vencer a eleição com 400 e poucos votos de diferença.

Na contagem, após a eleição, membros das três frentes se acotovelavam para ver quem estava na frente. Quase no final da apuração, quando Rosado liderou por estreita vantagem, ele chegou a dar uma entrevista a uma rádio como prefeito eleito. Instantes mais tarde, teve que engolir o que dissera quando abriram as urnas de Capão do Cipó e de Florida, redutos eleitorais do PP, que acabou dando a vitória para a dupla Toninho e Chicão.


Vitória também do jornal Expresso que, em todas as pesquisas, adiantava esse resultado, para a ira de Paulo Rosado e de Vulmar Leite. Este último, mesmo não tendo abraçado para valer a campanha do parceiro e seu vice-prefeito, atribuiu a derrota ao jornal.

Assim seguiu-se a cada eleição em que ele concorria, como aconteceu em 1998, quando buscou vaga para deputado e, novamente, disse que sua candidatura foi abalada pelas malfadadas pesquisas.


Tudo era culpa do Expresso, crítica que aceitávamos felizes da vida por receber uma atribuição de imenso quilate, revelando que o nosso semanário, tantas vezes ironizado e até desprezado por quem se achava o todo-poderoso, finalmente incomodava alguém, prova cabal de que havia se tornado grande.


Não poderia nunca mais ser ignorado, porque transformara-se em algo muito superior às vontades e caprichos de tanta gente, inclusive do seu maior algoz, o agora "ex-intocável" Vulmar Leite.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Expo segue na pauta

Reflexões

Há tempos o Expresso vinha alertando para as dificuldades em se organizar uma feira com o prazo quase no limite. E deu no que deu: público espantado pelo preço do ingresso, excesso de shows, gastos desnecessários, tudo sem um estudo mais minucioso. E antes de dizerem que nossa voz não é a da maioria, ouçam os expositores.


Comissão Permanente - O empresário Leonel Staulbaun opinou que está na hora de se criar uma comissão permanente para cuidar da ExpoSantiago. Chega de sermos amadores, anota ele.

Público e higiene - Já o Herotides Menezes disse que na segunda pela manhã só estava no ginasião quem iria trabalhar. Outros ainda disseram que a praça de alimentação precisa de uma reformulação em busca de mais higiene.

Abaixo-assinado - Clóvis Perufo anunciou que houve um abaixo-assinado por todos os expositores (dois não assinaram porque não estavam) e, mesmo assim, a direção não baixou os preços.

Reflexão - Diante disso tudo vemos que é difícil construir algo que agrade a todos. Mas se levarmos mais a sério o que os próprios empresários dizem, pelo menos não remos cometer os mesmos erros.

Jaguari


João Mário teve
nova vitória judicial

O prefeito João Mário Cristofari foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral, em processo de recurso impetrado pela Coligação Jaguari-Progresso e Trabalho (PP-PDT), contra sua diplomação. Na defesa do prefeito, o advogado Eduardo da Fonseca Diefembach, destacou que era lamentável a ação eleitoral pós-diplomação, em verdadeira demonstração de desespero e tentativa de invalidação da legítima manifestação popular.

Boataria ao vento

"A oposição sequer soube especificar qual seria o fundamento jurídico do seu pedido, numa ação amontoava textos de doutrinas diversas, confundia citações legais e transpassava pedidos de toda a ordem, além de lançar ao vento fatos improváveis e improvados. Ações dessa natureza congestionam o Poder Judiciário e desacreditam o processo democrático, permitindo a "boataria," relatou o advogado jaguariense.

20 Anos de Jornalismo

Corrida à prefeitura (1996)

Logo que a campanha esquentou, surgiram nas rádios os primeiros debates entre os candidatos. Paulo Rosado, do PDT, e Ari Lima, PSDB, representavam a coligação UPS - União por Santiago, na qual, o PDT, o PSDB, de Vulmar, e o PMDB eram os maiores partidos. Eles pregavam a continuidade da administração.

Por outra chapa, Antônio Carlos Cardoso Gomes (Toninho) e José Francisco Gorski (Chicão) tinham a incumbência de retomar as rédeas municipais para o PP, as quais, nos últimos 30 e tantos anos da história de Santiago esteve praticamente com ele (PP), exceto por duas derrotas: para Rubem Lang, de 1956 a 1959, e para Vulmar Leite, de 1993 a 1996.

É bem verdade que ainda existia uma terceira via. O PT de Cândido Duarte e Rubem Finamor tentava fazer um costado aos maiores partidos, mantendo seus aproximados 30% de todos os votos úteis.

O candidato Toninho Gomes, um agropecuarista que já havia sentido o gosto do poder na década de 1977 a 1983, sendo vice-prefeito de Carlos Medeiros, não estava muito a fim de concorrer. Era tímido, falava pouco, mas com ele estava o desportista e também engenheiro civil, José Francisco Gorski (Chicão), que embora novo na política, era respeitado em seu meio e gozava da vantagem de ser popular entre os jovens e o povo das vilas.

Partindo desse princípio, estavam nas ruas as ditas campanhas e, nós, que desejávamos ver o circo pegar fogo para aumentar a vendagem e anúncios do Expresso, largamos a nossa primeira pesquisa eleitoral.

Ao registrarmos o pedido na Justiça surgiram os primeiros comentários. Toninho, temeroso, cauteloso e humilde, disse que se ele saísse com 10 pontos abaixo de Rosado ficaria feliz, pois Chicão e ele lutavam contra quem estava com a máquina pública na mão. Por sinal, aqui cabe um parêntese para o advogado Nilo Lages.

Ele era articulista do PP e botou um forrobodó lá no cartório eleitoral tentando impugnar a pesquisa dirigida por Júlio Prates. Na real, ele temia que seu candidato saísse em desvantagem. Por sua vez, Paulo Rosado tratou de espalhar que não admitiria estar atrás, pois sabia do grande trabalho que Vulmar e ele haviam feito na prefeitura.

Processos de boicotes à pesquisa de lá, defesa do Júlio Prates daqui, vencemos o primeiro embate. A Justiça não encontrou nada que pudesse proibir o jornal de publicar os dados estatísticos.

Tudo bem. Textos revisados, chega a edição com os números. Empate técnico entre Rosado e Toninho, com ligeira vantagem para o representante do PP. No primeiro debate na Rádio Santiago, após a edição, Toninho, muito faceiro com seus pontinhos na frente, questionou Rosado:
- Como o senhor explica o fato do seu prefeito (Vulmar) ter saído bem numa pesquisa sobre seu governo e, depois, em outra, o senhor figurar com percentuais bem menores? Isso significa que o bom governo de sua coligação não consegue transferir uma boa votação para sua candidatura?
- Primeiramente, gostaria de dizer que uma pesquisa feita no diretório do PP não merece credibilidade nenhuma e...

Seguiu Rosado, espraguejando contra o jornal. Vermelho de raiva, desmerecia a pesquisa de uma forma muito deselegante para quem queria conquistar simpatias. A nossa equipe ouvia tudo pelo rádio e arroxava de tão irritada com tamanha supremacia de Rosado, não admitindo que estava atrás em alguns pontos.

Pronto, aquela frase foi o estopim de uma briga feia travada via Justiça Eleitoral, com pilhas de processos da sua coligação contra o nosso jornal, tentando barrar cada pesquisa que resolvíamos publicar. Nada que Júlio Prates não derrubasse através de seus argumentos.

Se de um lado aturávamos a metralhadora da UPD (União Popular Democrática) por outro, faturávamos vendendo jornal aos vencedores da pesquisa, aliados da dupla Toninho e Chicão que, àquela altura, ficaram felicíssimos com o resultado que teve o condão de dar vitalidade a todos os militantes do PP. Eles compravam jornais aos montes e distribuíam à comunidade.

Na torcida


Olhem eu aí, com alguns amigos na torcida pelo Riachuelo. E não me venham dizer que eu estava bebendo porque nem isso eu fiz. Só fiquei sentadão ouvindo as besteiras do Edson Delevatti e do Celso Barp mais o Jaime.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Últimas da noite

Depois de uma forcejada na academia Sigma, estou de volta a este espaço, botando e botando, como diria Mano Lima, e com dois cabos e uma vela, se sobrar um trocadinho, dou uma chinelinha pra ela.

Alô, Miguel Garaialdi. Vamos bater uma bolinha no torneio Imprensa x Segurança? E a gelada após o jogo é por conta de quem?

Feliz é o Ruy, lá no Rio, de novo. E eu aqui, dando milho aos pombos, né, amigão? Tá bem, mas tu merece mais do que isso, afinal, não chegou onde chegou à toa.

O Expresso de sexta estará como sempre, e não vou dizer nada, pois vocês já sabem do nosso estilo, um jornal que não zimbra nem lasca. É isso aí, amigos.

E na sexta estarei lá na Artilharia festejando com Miguel Marques e seu grupo mais um disco deste grande cantor do Rio Grande. Depois, quem não for, pode ver pelo canal do Boi, nove da manhã de domingo. Como sou dorminhoco, vou ter que ver ao vivo mesmo.
Pena de morte:

Vejam: a pena de morte nos Estados Unidos é um peso financeiro muito grande nos orçamentos dos estados que a aplicam. Pior é que a maioria das autoridades policiais está convencida de que nem sequer contribui para reduzir a criminalidade.

Hoje é quarta


Jaguari e o Tribunal

O tribunal deixou o ex-prefeito Ivo Patias mal na foto ao apontar tamanhos erros na sua administração. Feliz foi a ex-vice-prefeita Aida Fiorin, que em nada fora apontada. Entrou na política quietinha, quietinha permaneceu e quietinha saiu.

Assistencialista, sim senhor

Em São Francisco, o vereador Silon Falcão não nega que é um assistencialista. Ele diz que mais de sete mil pessoas já viajaram em seu carro durante os 15 anos que atua como vereador. É seguidor, portanto, daquela velha prática: te ajudo cá, tu me dá um voto lá...

Tiroteio em São Francisco

A venda do Expresso quase duplicou em São Chico no dia que saiu aquele pessoal baleado ou morto na contracapa. É incrível, mas como o povo gosta de ler sobre violência, ainda mais de gente que anda fora da lei. Nós, aqui do jornal, gostaríamos de dizer que apenas cumprimos a nossa parte atingindo dois objetivos: o de mostrar à comunidade que o crime não compensa e o de valorizar o trabalho dos homens que representam a lei.

Peleia de vereadores

Erebango- A cidade gaúcha virou notícia por conta de uma peleia entre dois vereadores. Valmor Tomazini (PPS) estava indignado porque o seu colega João Carvalho Antunes (PMDB) tinha feito a entrega de um carrinho de coleta de lixo comprado pela prefeitura. É que Tomazini é que tinha sugerido a compra do equipamento. Os dois bateram boca e resolveram as diferenças fora do prédio, com direito a cadeiras nos lombos.

20 Anos de Jornalismo

A guerra das pesquisas e a
vitória de Toninho e Chicão

Se alguém pensa que a briga com o pessoal do Vulmar era mesmo grande, esperem para ler o que irei contar a seguir, pautado na maior dor de um político: a derrota nas urnas. Por força do destino, o peso de enfrentar o crivo popular recaiu sobre o vice-prefeito Paulo Rosado, candidato ao governo em 1996.

Enfim, chega a campanha eleitoral e Rosado, que até então havia se mantido distante do campo de batalha, (se bem que ele pouco trabalhava ao lado do prefeito Vulmar, que tinha um jeito centralizador de comandar a prefeitura), resolve se aproximar de nós.

Paulo Rosado chegou na redação para ter comigo e a Sandra, observado de soslaio por Júlio Prates. A sua visita foi algo sensacional para minha equipe. Nossa alegria não era por pouco, pois o titular da prefeitura, que já deveria ter nos visitado, nunca havia nem passado perto da redação. E agora, estava ali o sujeito que poderia, um dia, ganhar o poder.

Sem delongas fui explicando o porquê das rixas com Vulmar, seu companheiro de coligação. Rosado, representando o PDT, se disse disposto a nos ouvir. Em uma boa prosa, falei sobre o que me levou a bater no seu governo. Acabei aflorando minha dor e mágoa. Contei-lhe quase tudo.

Desde o famoso "tiro de aviso" naquela noite fatídica, até a expulsão da Sandra lá da prefeitura. Rosado quis argumentar dizendo que havia uma hostilidade mútua por força de mal-entendidos e que estava disposto a respeitar o Expresso e sua direção, como de fato deve fazer um agente público.

Nos despedimos como cavalheiros e prometi dar ao pleito a cobertura merecida. Para nós, Rosado e eu, tudo estava iniciando naquela visita. Uma borracha fora passada em cima dos confrontos com o prefeito e fim de papo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

De Cruz Alta...


A carta de um amigo

Trabalhei com esse rapaz (centro) por uns sete anos, ficamos muito amigos, quase irmãos. Com o passar do tempo nos separamos. Vim para Santiago, abri o jornal e, agora, após 23 anos, abro uma carta sua, isso depois dele ter recebido várias edições do Expresso. Reparto com vocês essa emoção e os elogios aos colunistas e ao jornal.
(Na foto acima, o amigo Jairo (nosso representante de São Chico), o escritor da carta e este blogueiro)

Caro João
Em primeiro lugar, quero parabenizá-lo pelo jornal Expresso, que está show de bola. Ele tá chegando aqui direitinho, na velha Cruz Alta. Leio página por página, até os classificados. Embora, tenha algumas coisas que eu goste mais, como o Miguelito e o Araponga. Também sou chegado no nosso contador de piadas, o grande Sadi Machado. Vai um abraço para ele. Aí estão as fotos em que o "cara aquele", está parecido mesmo é com o jogador Kaká. Só uma coisa, meu. Não fique convencido: isso foi há 23 anos.

Piada para o Sadi

Vai aí uma piada para o Sadi: o psicólogo fazia teste para admissão de novos candidatos numa empresa.
- O senhor pode contar até dez?
- Sim. Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um.
- Porque contou de trás para frente?
- É que eu trabalhava na Nasa.
Reprovado. Entra o próximo e conta.
- Um, três, cinco, sete, nove, dois, quatro, seis, oito, dez.
- Por que o senhor contou primeiro os ímpares e depois os pares?
- Ah, eu era carteiro.
Reprovado. Entra o próximo.
- Antes do senhor contar, me diga onde trabalhava?
- Na Prefeitura!
- Ok. Então, pode contar até dez.
- Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, valete, dama, rei e ás...

Sobre os colunistas e as seções

Sandra: sarou da gripe? Que susto, hein? Salve, Tamiflu!
Página do Editor: sem palavras. Quanto ao livro, que perigo aquele "Trio J".
Denilson Cortes: alô, parente velho.
Suzana: suas receitas são deliciosas. A Ana Maria Braga que se cuide.
Ruy Gessinger: Te vejo na Pampa, seu campeão da Expointer, Parabéns.
Froilan Oliveira: não poupe, meta o pau neles.
São Chico: ninguém é perfeito e o cara lá (Jairo Oliveira) é gremista.
Cruzadas: tá difícil.
Classificados: já estou decorando, vamos renovar.
Esporte: tá faltando notícias da dupla Grenal.
O Clone: João Lemes é o Renato Portaluppi.
Polícia: infelizmente tem que editar.
Eu sou: Júlio César Bitencourt da Luz.
Um abraço a todos.

Terça maravilhosa!

Que terça maravilhosa! Falando nisso, quem vai para a Cidade Maravilhosa é o Ruy. Vai para a Barra da Tijuca. Que inveja dele...

Mas tudo bem, o alemão merece uma folga, pois vendeu todo o seu estoque de bichos premiados na Expo, esperem, não é a Expo daqui, foi na Expointer, os quais ele vendeu nas expos de Bossoroca e na de São Borja.

Sabem por que eu não expus nesta feira daqui? Para não me expor! Gostaram da piada? Lá em casa tem um balde cheio.

Muitos estão lendo o meu livro aqui pelo blogue. Que bom. Nesta semana entrei na era Vulmar. Não queria, mas tá no livro... Então, tem que meter bala.

Queria ver o ex-prefeito brabo era só ir lá pelo lixão da bonatieira, eh,eh,eh. Porcos, galinhas, gente e lixo. Que triste quadro.

Estas postagens das últimas semanas darão o que falar: O Oracy compondo seu epitáfio no leito do hospital; o palhaço beijando o delegado Nenito... Quanta coisa...

Falando em feira, a maior atração da Expo não foi trazida pela comissão organizadora. O palhaço.

E aguardem a edição de sexta que vou dar a resposta ao Marco Antônio, que me convidara para ser o presidente da próxima Expo. Lagarto que sai da toca quer chumbo, diz o ditado, então, ele vai ter o dele eh, eh, eh

20 Anos de Jornalismo


A vila do lixo

Com o Júlio Prates por perto, toda e qualquer situação poderia virar uma bomba jornalística. Bastava ele sair à rua e, zás, estava feita a confusão, que iria ganhar corpo nas páginas do jornal. Mal a edição circulava e já estávamos a farejar os novos rumos dos assuntos. Como a briga com Vulmar esquentava e ele nada de querer reconhecer o Expresso como o veículo da comunidade, assunto nunca faltou.


Óbvio, os melhores eram os que relatavam algum erro da Administração Pública. Nossa preferência, quando o tema era bater na administração, desembocava sempre no lixão, aquele velho conhecido dos mais antigos santiaguenses, especialmente os do bairro Ana Bonato, que literalmente respiravam o problema. Graças ao tenebroso amontoado de lixo, animais e pessoas, o bairro ganhou o odioso codinome de "vila do lixo".

Agora, cá para nós, independentemente da rixa com o prefeito, aquilo era mesmo o fim. Gente e bicho revirando montanhas de lixo, cada um com seus interesses, remontavam um triste cenário. E não faltava um para dizer que lá existia uma usina modelo, que reciclava grande percentagem de lixo e que, por "capricho" do atual prefeito, as benfeitorias foram para o beleléu, com a promessa de construir algo melhor e gerar emprego decente àqueles catadores. Mas isso nunca aconteceu. Não no governo Vulmar.


Verdade seja dita: ele pode até ter comprado o terreno para o novo depósito, mas quem acabou levando embora o lixo da Bonato foi o prefeito Antônio Carlos Cardoso Gomes, Toninho, para o bem da comunidade e para o azar de alguns moradores que alimentavam seus porcos e vacas naquele lixão.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aos ANÔNIMOS

Minha segunda começou na maciota, bem na calma. Ao chegar na redação, me reuni com a turma e soube que nossa edição foi muito bem aceita.


Ainda na semana anterior este blogue serviu para muitos contrapontos a respeito da feira, até uns e-mails contra minha pessoa e o jornal eu publiquei. Qual não foi a indignação e alguns amigos e leitores pela falta da assinatura da pessoa que defendeu a feira, já que o assunto era esse.


Respondi que a diferença entre um jornalista e um boateiro de esquina é muito grande. O primeiro tem lugar de trabalho, registro, residência certa e tudo mais. O segundo, nem o nome coloca, numa covardia total de expressar seus sentimentos.


Mas nós já estamos acostumados a lidar com esse tipo e gente. É sempre assim, se publica algo que algum não gosta, e tome e-mail desaforado, ameaçador e por aí vai. Mas como dizia meu pai, a volta vem e os calaveiras se secam...


Escrevemos, escrevemos e tornamos a escrever. Seguimos aqui. As coordenações de eventos vão e vêm, presidências disso e daquilo, idem. E lá vamos nós para outra parada, de levar sempre a nossa opinião e a dos leitores aos quatro cantos da região.

São cerca de 50 funcionários, mais os colaboradores, tudo para levar o Expresso a mais de 40 mil leitores. Algo inédito nesta região. E os eventos que o Expresso faz, são sempre sucesso. Isso de fato incomoda a alguns, mas é só se organizar e investir em ideias novas sobretudo, aceitando as críticas, que vocês também chegam lá, senhores ANÔNIMOS.


Então, até amanhã.

domingo, 18 de outubro de 2009

Nova semana

Meu domingo foi caseiro mais uma vez, e até confesso que caí da cama com essa história de horário novo. Por ter acordado cedo demais, tive que dormir à tarde, coisa que dificilmente faço.

Cabe dizer a todos que essas postagens sobre o ex-prefeito Vulmar têm a ver exclusivamente com meu livro. Um tempo passado, um assunto passado, mas num livro bem recente. Cavacos do ofício.

E o assunto feira volta na semana que vem, afinal, foi uma avalanche de descontentamentos que teremos que seguir com essa matéria. E se deu IBOPE, sigamos na mesma tecla.

Falando em feira, uma autoridade estadual chegou na feira e foi entrando, nisso veio uma moçoila atrás dizendo: o senhor tem que poegar outra credencial para entrar aí. Ora, sabe-se que o critério é igual pra todos, mas sabe-se também que toda a regra tem exceção

Na hora de uscar dinheiro na Capital, sabem pedir, depois, é uma selvageria só.

20 Anos de Jornalismo



O ditador intocável

Se de um lado as matérias causavam asco ao chefe do Poder Executivo Municipal, por outro, os colunistas do Expresso eram seus verdadeiros tormentos. Para desviarmos as saraivadas de críticas de possíveis processos judiciais, o prefeito ganhou um apelido de grande serventia. Passou a ser chamado de "O Intocável". Essa prática serviu para colocar a população bem a par dos seus atos e também para enfurecê-lo ainda mais.

Vez por outra, louco para buscar recursos intimidativos junto à Justiça, Vulmar e seu arsenal jurídico composto por advogados da própria prefeitura, se deparavam com a impossibilidade de abrir processo contra o jornal para se dizer ofendido, tudo porque, precisaria assumir que o "Intocável" estava com sua reputação arrasada. Daí o juiz, na certa, perguntaria: "Mas que reputação pode ter uma pessoa que não existe?".

Estava cristalino: se Vulmar insistisse numa briga judicial dessa natureza, além de não levar nada, pois "Intocável" era um nome fictício, dentro da liberdade de expressão, ainda passaria pelo vexame de admitir publicamente que a carapuça havia se encaixado direitinho. Sem falar na tremenda repercussão que o assunto daria depois de ser editado pelo Expresso e recomentado pelos colunistas Araponga, Tuca Maia e Miguelito.


Seria uma queda de braço, coisa de arrepiar qualquer ditador que se preze, principalmente um da estirpe do nosso Intocável em questão.
Os meses iam passando e o jornal seguia afiando sua editoria para a briga. Por raras vezes, rápidas tréguas aliviavam o Intocável e nos permitia uma conversa franca, mas essa acabava quase sempre em agressões verbais por parte dele ou de seus secretários, como aconteceu certa vez em que a Sandra inventou de ir à prefeitura cobrar um pedido de serviço de sua parte.


Vulmar havia contratado o jornal para fazer-lhe um informativo colorido de suas obras. Naquele tempo, o trabalho e materiais usados nas seleções de cores eram caríssimos e só em Santa Maria havia uma empresa especializada em fotolitagem.
Como uma parte das matérias e fotos estavam em nossas mãos, e tínhamos a promessa de que o referido caderno das obras públicas iria sair, adiantamos o trabalho, terceirizando a policromia. Pagamos a empresa de Santa Maria e, após, a Sandra foi ao prefeito concretizar o contrato, propriamente dito.


Naquela feita, lembro que uma criticazinha de nada fora veiculada, justo no meio tempo da famosa trégua. Pronto! As poucas linhas em desalinho com as vontades do grande chefe bastaram para uma avalanche de palavrões raivóticos a cargo do seu secretário mais "mimoso", o senhor Carlos Humberto Munaretto, então procurador jurídico do município.

Desnecessário dizer que o prefeito Vulmar nem se deu ao desfrute de dialogar muito tempo com a Sandra. Preferiu deixar a artilharia pesada com seu assessor para assuntos de descumprimentos de palavra. Antes de despachar a jovem, olhou o material ali na sua mesa, elogiou o trabalho e depois alegou que não tinha verba para mandar imprimir o tal informativo.


Sandra argumentou que já havia pago por tudo e que ele empenhara sua palavra. Pela última vez, naquela tarde, ele a olhou dentro dos olhos. O que respondeu dá para resumir numa irônica frase, bem ao seu estilo ditatorial:
- Se eu mandei vocês fazerem algum serviço para a Prefeitura, mostre-me o contrato.
Um misto de raiva e angústia dominou a jovem jornalista, que ainda tentou alguma reação, sem sucesso.


Em seguida, a tempestade raivosa de Munaretto caiu como uma bomba em sua cabeça, induzindo-a ao choro e, por certo, a bater em retirada para nunca mais voltar ao "Palácio do Ditador," o qual provara que, de fato, era um intocável disposto a virar bicho à menor palavra que o desagradasse, inclusive ante a uma menina.
Ao ver adentrar na redação aquela moça ainda soluçando, o Júlio Prates e eu tratamos de acalmá-la. Me sentido culpado por tê-la pedido que fosse lá na "toca da onça".


Então, chamei para mim a responsabilidade de combater aquele governo hipócrita e perseguidor, que levava medo a dezenas de subservientes que engoliam de tudo sob pena de perder o cargo.
Aquela expulsão para cima da indefesa garota me revoltou profundamente e me vali do Júlio Prates para engrossar o caldo das críticas, redundando em dezenas de processos e inflamadas entrevistas de Vulmar pela Rádio Iguaçu, onde o diretor Gibelino Minussi o ensaboava todos os meses, sempre iniciando as entrevistas com o binome "meu prefeito".


Naquele microfone, quantas e quantas vezes Vulmar tentou jogar a população contra nós, dizendo que falávamos mal dele porque não queria comprar espaços em "bulas", depreciando a imagem do nosso jornal e, por conseguinte, do nosso trabalho.
O prefeito Vulmar também costumava dizer que, em Santiago, "quando falavam mal de alguém do qual a comunidade gostava, a revolta pública seria terrível", estabelecendo até mesmo um prazo para a nossa queda.


Como as demonstrações de narcisismo não lhe apresentavam resultado satisfatório, chegou aos nossos ouvidos uma conversa de que ele estava enviando gente ao comércio que detinha algum contrato com a prefeitura, para pedir que não investisse no Expresso. Tudo por birra.

Um dia, cansado de só ver críticas em nossas páginas, Vulmar aceitou apoiar outro jornal, O Momento, dirigido pelo são-borgense Wolmer Jardim. Infelizmente, quis o destino que o matutino fizesse jus ao nome e acabou sendo mesmo momentâneo. Durou nada mais nada menos que uma edição.


Até parecia que a maldição expressana estava lançada sobre o pobre e desprotegido Vulmar, que seguia contra-atacando, dizendo a quem pudesse que parte do jornal era subsidiada pela oposição e, que, algumas colunas eram escritas pelo próprio Valdir Amaral Pinto, advogado brilhante e um dos maiores líderes do PP em Santiago, tido como exímio estrategista, principalmente em épocas de eleições.

Diante de seus ataques, me contorcia de raiva por saber que nada era verdade e que Vulmar não tinha hombridade para reconhecer que o Júlio Prates e eu sabíamos escrever. Que eu não tinha enfrentado diversas situações difíceis na vida para chegar aqui e entregar a linha crítica do jornal, o meu maior prazer, a quem quer que fosse. Assim, com críticas de cá e perseguições de lá, fomos em frente apertando o cerco.


A cada tentativa de processo dele, uma coluna saía em sua "homenagem", afinal, para quem estava no inferno, um pontapé no diabo não faria diferença alguma.

Oracy dá as caras

Alô, amigos, (as): Enfarte... Obrigado pelas palavras elogiosas. Estou ainda em observação e os exames continuarão... (desculpa a rima). Estou MUITO BEM, relativamente: não sinto dores mais. Em minha frente, na mesa, além dos meus Dicionários -- uma Bateria de Remédios. Eu pensava que Enfarte só dava em operàrios... Abraços, Oracy Dornelles

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

20 Anos de Jornalismo

Prates e eu, no fórum de Santiago. Anos 90.

O infernal Júlio Prates

Era uma tarde normal do ano de 1996, como outras tantas. Só passou a deixar de ser corriqueira quando um rapaz de olho claro, cabelos crespos e igualmente claros, entrou na redação. Usava uma camisa branca de mangas longas toda detalhada de riscas pretas. Na manga, algo estranho para meus poucos conhecimentos sobre moda. Uma espécie de bracelete para prender o tecido junto ao braço.

Prates chegou como se não quisesse nada, mas acabou querendo fazer muito. E fez. Fez tanto, que colocou a ponto de bala certos setores da política santiaguense, seja pesquisando o eleitorado ou escrevendo coisas do arco da velha. No fim das contas, até nós mesmos sentimos na pele as suas inconstâncias.


Mas deixando de lado algumas peripécias que não deram em nada, posso dizer que valeu a pena tê-lo conhecido. Mais: valeu a pena ter aprendido com ele. Falamos do senhor Júlio César de Lima Prates. Um verdadeiro mestre quando o assunto é polêmica.

Naquela famosa tarde, Júlio conversou muito com a Sandra. Falou que havia sido assessor do então desembargador José Paulo Bisol. Contou que estudou Direito, Sociologia, passou pela secretaria da Fazenda do Estado, entre outros cargos do mesmo quilate.


Disse que adorou o fato de retornar a Santiago e ver que havia um bom jornal. Tanto ele conversou que eu, depois de ouvir todo o diálogo na sala ao lado (a redação era uma sala só. Nós a dividimos com madeira compensada, transformando-a em dois lances) acabei me interessando pelo rapaz, pela sua perspicácia e nível de conhecimento.

Assim que Prates saiu da redação, chamei a Sandra e pedi que o interpelasse sobre pesquisas eleitorais. Ela ligou para ele no outro dia e, quando me dei conta, estávamos fazendo pesquisas e mais pesquisas.


Ora checando a atual administração de Vulmar Leite e Paulo Rosado, ora conferindo as intenções de votos em função das eleições municipais daquele ano. Por força dessas pesquisas, nasceram as contradições, depois os processos, seguidos pelos ranços com o nosso jornal, os quais estenderam-se por anos.


Narro essa passagem, não para tirar sarro ou proveito de alguém, mas para manter meu compromisso com a verdade, afirmado nos capítulos iniciais deste livro.

Dever cumprido


Dever cumprido. Expresso em todos os lares e eu entro em mais um período de recesso mental. Nada de estresse, nada de agitamento. Vou descansar bem para que na próxima sexta o nosso jornal esteja de novo a contento de seus leitores.


Nesta edição, dezenas de boas notícias, algumas, não tão boas, mas tudo dentro da nossa proposta de sermos noticiosos e, sobretudo, críticos. E sobrou até para este que vos fala.


Leiam na coluna do meu amigo Marco Antônio Nunes, o seu desabafo contra as críticas deste veículo em relação à ExpoSantiago.


Só que o festival que ele ajudou a organizar obteve um destaque jamais imitado. O evento foi um dos melhores dos últimos anos em termos de musicalidade. Parabéns aos organizadores e à comissão julgadora.


Quanto ao balanço geral da Expo, não precisam acreditar nas nossas críticas, senhores organizadores, ou devo dizer, senhor organizador, basta que ouçam a voz do povo, explicitado nas páginas seis e sete deste matutino. Se eles também estão errados, o milagre aconteceu: podem eleger o Vianei como milagroso.


E para o amigo Marco que pede encarecidamente para que eu me junte a eles e ajude na próxima Expo, aqui deixo o meu recado: minha função social eu já faço e os 50 funcionários do Expresso precisam do meu braço aqui, portanto, me deixem de fora, até porque preciso da isenção para poder criticar depois. Isso é precioso no jornalismo.


Agradeço pelo convite e me coloco à disposição, desde que saibam, ao errarem algo, sentarei a pua de novo. Assim é João Lemes, assim é o Expresso, por isso, ele é o Expresso.


E para encerrar minha fala de hoje, aqui vai meu abraço, meu carinho ao amigo Édson Vargas que já retornou de Vacaria onde será jurado de um festival. E chegou cheio de ideias boas, desconfio que um DVD desse rapaz esteja a caminho.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Proezas do Oracy


O Expresso acaba de encerrar mais uma trajetória. Tem pra todos os gostos. O mais curioso dos fatos é sobre o nosso colunista Oracy Dornelles, que baixou o hospital pela vez primeira, mesmo ele tendo seus 270 anos e picos. Na verdade ele tem 80 anos, é que o nosso artista conta todas as suas reencarnações.

Na chegada ao hospital perguntaram que médico ele queria. Oracy disse que poderia ser qualquer um, pois nunca havia ido a tal lugar. Lembrou do Disconzi, médico que é seu amigo, mas este já estava aposentado, lhe disseram.

Graças aos céus, o nosso Oracy escapou dessa, foi só uma ameaça de enfarto. Mas terá que se cuidar de agora em diante. Quando o Márcio foi buscar o seu Epitáfio da Semana, o doente confessou que gostara mais foi da cadeira "rolante".


As quentes de quinta

Descobri agora há pouco que teria alguém de olho na grana de uma certa bilheteria.

A propósito: qual será o primeiro veículo de imprensa Maria-vai-com-as-outras para dizer a famosa frase pronta e manjada: "A feira foi um sucesso" ?

Enquanto uns criticam, ninguém mandou outros alguéns assumirem o que não teriam culhão para levar até o fim, aguentando, inclusive, as críticas. Quem não quer incômodo, que fique em casa.

Já estou sabendo que, caso exista alguma feira em 2010, o setor moveleiro não estará presente. Será uma debandada geral, pois este é um dos setores mais fortes.

E para terminar, por enquanto, lembro que certa vez eu disse no Expresso que tendo a Martinha Finamor por perto, qualquer presidente teria mérito. Resultado, sacaram ela fora de tudo.

Vão ser prepotentes assim lá na China comunista. Depois ainda querem fazer discurso em nome de uma tal parceria. Só que seja parceria fantasma ou com meia dúzia de puxa-sacos.

Alguém acaba de dizer que criticar é fácil, e que eu só sei fazer isso. Bom, enquanto alguns se metem a fazer o que não sabem, fácil ou não, eu sei fazer o meu trabalho: criticar. Sou pago para isso.

O sabor da vitória


E nessa feira, apesar dos pesares, da falta de público (e não me venham de novo com aquele deslavamento de 30 ou 40 mil pessoas), houve quem conseguisse romper as barreiras da lei e dar um beijo justo no rostão do delegado Nenito, na hora em que ele se consagrava em mais uma loteca.

Churrasco de fundamento


Jéferson Pereira (Tafu), Édson Vargas e Jáderson Portela.


A organização do Festival recepcionou os artistas num galpão no fundo do palco. Todos os anos, músicos, intérpretes e amigos se encontram no local para ensaiar as composições e confraternizar.

Um dos atrativos é o picadinho de churrasco, que há dois anos é preparado pela dupla Tafu e Portela. Eles estão famosos pela qualidade do assado e recebem elogios dos artistas, a exemplo de Édson Vargas. Veja:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mais comentários

Como se relacionar com alguns canais da imprensa que além de sensacionalista, quer ameaçar, tripudiar e não sabe o que é ética e muito menos o que é RESPEITO.

Tem muitas pessoas sérias que trabalharam muito para que a Exposantiago acontecesse e que ficam muito tristes ao ler este tipo de comentários, pessoas que se doam para colocar Santiago na vitrine, pelo orgulho de promover nossa terra e nossa gente.

Não deixe seus desafetos com um ou outro, transformar um trabalho árduo em lixo, pois um ano de trabalho não cabe em 4 ou 5 frase de blog ou jornal.

Feira e Festival

Comentários prosseguem

"Fracasso Esplendoroso", só se foi pra ele. Como Expositor, estou plenamente satisfeito com o resultado da feira, bom público e ótimos shows.

Quanto aos ingressos, tinha opção para quem queria pagar menos, podia entrar de manhã por 3 pilas e passar o dia, assistindo inclusive os shows. Porém, com uma em uma empresa é preciso montar os preços em cima dos custos.

Mas com certeza é mais fácil criticar. João Lemes de Presidente e Júlio Prates para Coordenador Geral para 2010, devem saber fazer milagre.
Meu contraponto

Este comentário ficaria melhor se tivesse vindo assinado, mesmo assim, o publico em nome da democracia do espaço. E se me convidarem para ser presidente, pensarei com muito carinho e de uma coisa eu tenho certeza: não vou ser cavalão com ninguém, nem ditador, muito menos centralizador do que é público. Ah, e quero receber um salário digno para que todos possam me cobrar sem constrangimentos, inclusive sobre meus ganhos.

Festival


O alimento deles é o silêncio

Conversei com alguns músicos amigos meus e soube de uma queixa geral entre essa classe: o palco dos shows ser no mesmo ambiente dos comes e bebes. Como se sabe, artista vive de aplausos, de atenção, de silêncio, mas em algumas ocasiões, o público aplaudia mesmo era a boa gelada e o cachorro-quente.

Médicos criticam

Outra crítica forte sobre o festival santiguense provém de parte dos médicos, alguns deles, adoradores da boa música nativista. Acontece que o fato do festival ter mudado de local, em meio a tantas barracas de lanches, houve um desistímulo. Falo isso porque ouvi dos próprios a queixa de que não há a concentração desejada para se ter prazer em ouvir os artistas. Não na tal praça de alimentação.

Mudanças já

Sabe-se que os médicos são formadores de opinião, a exemplo de nós, jornalistas aqui do Expresso, que comungamos dessa ideia de que é preciso pensar numa maneira de separar comida e cantiga. O salão do Medianeira é o melhor espaço que temos para esse fim. Embora sabendo que essa "ruptura" não é tão fácil, aqui ficam nosso queixume e um pedido. Mudem, antes que o nosso nativismo seja mais banalizado ainda.














Mais comentários...

A desorganização é tão grande que até agora os recursos da LIC para o Festival da Música Crioula sequer foram aportados em caixa.

A conta, agora, vai ficar para a prefeitura, leia-se: para os contribuintes de Santiago, aqueles que pagam IPTU, ISS, ICMS...

O fracasso esplendoroso da EXPOSANTIAGO deverá servir, ao menos, para uma reflexão crítica acerca do futuro do evento e das relações com a imprensa, especialmente.

E devem parar de tratar eventos eivados de recursos públicos como se fosse propriedade privada.
Júlio César Prates
JORNALISTA E ESCRITOR

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Outra da LIC

Um funcionário da produtora cultural FF Direção Eventos revelou hoje em depoimento uma nova denúncia sobre a fraude da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) no Estado. Segundo Valdi dos Santos, a empresa costumava devolver 25% do valor da lei para os patrocinadores como forma de viabilizar o projeto. De acordo com Valdi, que na época atuava como contato comercial, essa prática era comum.
(fonte: Capital Gaúcha)

Mais ExpoSantiago

Grupo Talagaço, ótimo público domingo à noite.
Nilton Ferreira, o vencedor. Apesar de não ter decorado a letra, valeu.

Eu, Sidinei Almeida e Jarbas Nadal.

Ainda sobre a ExpoSantiago (temos assunto pra toda as emana eh,eh,eh), convém fazer justiça num aspecto. Esse show do Talagaço é bom mesmo, pois faltou lugar na noite de domingo. Outros shows espetaculares foram os do Salada Mística, e de César Oliveira e Rogério Mello. Casa cheia.

E sobre o festival, este foi um dos melhores em termos de musicalidade. Nilton Ferreira mereceu ganhar, as melodias do Sadi Machado e do Nenito Sarturi, ambas mereceram o prêmio de mais popular...

A letra do Nenito, interpretada por Eraci, poderia ter ganho também, mas o cantor não esteve tão bem como em outra vezes.

E o ambiente no restaurante do agronegócio estava ótimo. Fiquei até tarde lá com meus amigos, o Jarbas Nadal (acordeonista missioneiro) e o grande Sidinei Almeida, vendo o show de Nenito Sarturi. Olha nós, aí na foto. A do Nenito sairá no Expresso. Ótimo show!

Feira x Festival


Mais comentários

Concordo plenamente que o nosso festival virou um show para o bolichão que é em frente ao palco e com o que Márcio Brasil diz.

Também pergunto se os carrancudos que se acham donos da feira e do festival irão continuar a jogar a culpa na imprensa, gente que não admite que comentam erros e que não gostam do povo, pois o preço do ingresso estava muito elevado.

Outro exagero foi ter 4 shows numa noite. Os últimos cantavam para as paredes. É sobra de dinheiro ou foi proposital, para dar dinheiro para quem iniciava a cantar as 3 ou 4 da madrugada?
(De um expositor)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Comentário do Brasil

Ainda sobre a postagem de ontem, Márcio Brasil mandou o seguinte comentário:

"A feira em Santiago deve ser a cada 2 anos, como antes, pois nossa região não comporta "economicamente" um evento deste tamanho. Quanto ao Festival, é um culto a tradições, nada mais coerente que ser em um local apropriado, não em um "acampamento" e o único local que temos aqui, infelizmente é o Chaparral, nosso antigo Cine Neno que tantas edições abrigou nosso glorioso Festival."

20 Anos de Jornalismo


A briga com Vulmar Leite

Naquele medonho ano de 1996, no comando da prefeitura, o reinado era de Vulmar Leite. Aquele senhor que me apontou o dedo outro dia e me deu um "tiro de aviso". Por força daquele episódio, suas relações com o jornal seguiram de mal a pior. Centralizador como era, lançou sua ira sobre nós e não permitiu que ninguém dos seus assessores fizesse contato conosco. Viramos os bandidos para a administração pública.

Vez por outra a gente tentava se aproximar, comunicando ao prefeito Vulmar que o Expresso era o único jornal de Santiago e, por assim dizer, ele deveria publicar os editais da prefeitura, bem como, todos os atos do prefeito, no Expresso, dando transparência ao serviço público, ao mesmo tempo em que nos daria serviço, afinal, éramos uma empresa geradora de emprego e cultura. Mas não. Ele preferiu seguir seus secretários, dentre eles, Marcelo Noronha e Carlos Humberto Munaretto.

Os assessores de Vulmar olhavam a lei das licitações e (faziam de conta) interpretavam o seguinte texto: "Os editais sobre licitações devem ser publicados num jornal diário de grande circulação e num local se houver". Esse, "local se houver", não era num "diário local", mas num jornal local.


No entender desses senhores, como o Expresso não era diário, não poderia servir como divulgador do município. Esse era o modo que Vulmar e sua equipe usavam para dar publicidade aos atos, renegando um jornal de circulação local.

Tais atitudes só corroboraram para aflorar minha fúria em relação ao administrador. Sem falar que ainda existia a figura do senhor Miguel Monte. Um assessor de imprensa que procurava sondar quem eram nossos contatos, nossos amigos, o que dizíamos do doutor Vulmar Leite para levar tudo a ele e, quem sabe, nos trazer alguma outra conversa ocorrida na Prefeitura, contra nós, lógico.

Tudo para aumentar o distanciamento entre o jornal e o poder centralizado. A cada crítica que saia contra a prefeitura, lá vinham as retaliações. Até as matérias que o assessor produzia passaram a ser proibidas para o Expresso, isso que ele era pago para bem-atender a todos os órgãos de imprensa.

A briga ia crescendo feito bola de neve. Ainda mais quando Vulmar soube que não poderia vencer a primeira ação contra nós, que se perdera por não ter seguido o rumo correto. Seus advogados processaram o Expresso e, ao se dar conta de que a coluna era assinada pelo então colunista Tio Maneco, portanto, cabendo a ele a ação, mudaram o curso do processo sem saber que o procedimento legal era refazer tudo e, só aí, redirecionar ao verdadeiro dito ofensor.

Alguém errou e o processo prescreveu, deixando na garganta dele a vontade de gritar eu venci o Expresso, fato que só se daria anos depois, em virtude de uma interpretação errônea de uma notícia sobre apontamentos aos atos de Vulmar, a cargo de um promotor estadual.

Numa de nossas edições, publicamos que o Ministério Público havia "denunciado" irregularidades na administração, sob o título: "Ministério Público denuncia Vulmar Leite". De concreto, na notícia, apenas o fato de que o documento era um mero apontamento de possíveis falhas, ou seja, a promotoria estadual havia apontado um crime em tese, coisa sem condenação em definitivo. Mais tarde, Vulmar livrou-se de tudo e processou o jornal sob a assinatura do advogado Eudócio Pozzo que, na época, também não morria de amores por nós.

Na esfera criminal acabamos vencendo, só perdendo na cível. Naquele tempo, o jornal perdeu 10 mil reais, os quais, pagamos centavo por centavo. Tudo parcelado, é verdade, mas pagamos. De resto, não ficamos devendo nada. E olhe que a pauleira foi grande até o fim do seu mandato e se seguiu até sua campanha para deputado estadual.

domingo, 11 de outubro de 2009

Feira x festival

Era o que faltava para termos a mais fraca das feiras: a chuva. E se alguém vai pôr a culpa exclusiva em São Pedro, alto lá, sabia-se, por antecipação, que a feira seria fraca neste ano. A começar pela falta de vendas dos estandes pois, em cima do horário de início do evento, ainda restavam espaços.

Alguns expositores até "ganharam" lugares para ampliar seus estandes para o público visitante não ficar achando que faltou gente para expor. Vejam só, isso é inédito. Tudo bem, essa parte não é o mais braba. Entendo que não é fácil vender estandes. O mais colhudo, de fato, fica por conta dos altos preços de ingressos e do festival de atrasos.

E para finalizar minha pequena postagem de hoje, peço que parem de dizer que a imprensa criticou a realização da feira, custos de shows e exigiu prestação de contas. Isso só que fez foi o Expresso. Não culpo ninguém por não ter feito o mesmo, apenas confisco os méritos ao seu devido dono. Tá bom?

Outra coisa que muito falamos no Expresso foi em relação à falta de bom comportamento do público do festival. É inadmissível vermos cantores do quilate de Cristiano Quevedo, Eracy Rocha, cantando para poucos, já que a maioria do povo daquele espaço quer mesmo é saber da comida e da bebida.

Ontem à tardinha mesmo, enquanto alguns artistas locais cantavam ou afinavam seus instrumentos, um soldador fazia um barulho nada agradável ali nas proximidades, preparando a passarela para o desfile de logo mais.

Assim não dá. A seguir esse festival junto com a feira, estamos fadados a espantar todo o público que realmente gosta de nativismo. O que seria uma pena. E hoje, para ajudar, o palco ficou encharcado (faltou uma lona lá em cima) sendo que não se descarta a transferência da final para amanhã.

sábado, 10 de outubro de 2009

Feira, festival e festival

E aí, amigos leitores. Acreditem: Ainda não pude ir à feira, embora meus colegas e filhos tenham me trazido tudo o que aconteceu. Até já soube que há um outro festival à parte: o das bebedeiras de menores, o que mostra realmente uma afrouxada de rédeas geral, seja por parte de pais, conselho tutelar... Báh! Já aviso. Tratem de freiar isso ou o Expresso ficará pequeno para meus comentários.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Hoje é sexta-feiraaaaa!!!

Até que enfim a semana se foi. Eta que foi trabalhosa, chata até, eu diria. Muito frio, umidade e trabalho mais uma vez não faltou. Ontem à noitinha encerrei a última matéria do Expresso de uma forma incrível. Sem sair do meu acento, descrevi o tiroteio entre a polícia e os bandidos assisenses e, assim que estava com o texto pronto, vieram as fotos para o golpe de misericórdia.

Digo isso porque quero lembrar a todos como é fácil fazer um jornal, difícil é realmente publicar o que vai de fato chamar a atenção. Aí, entra em cena toda a criatividade de um grupo que vai desde o fotógrafo que colhe o primeiro lance até o entregador, ponte entre o leitor e todos nós.

Minhas considerações podem parecer chuva no molhado nesta sexta ensolarada, linda, boa para a nossa feira e o festival (no qual darei um chego logo mais à noite, nem que seja para rever meus amigos), mas minhas palavras se fazem pertinentes quando vejo cartas e e-mails elogiando nosso trabalho, principalmente as colunas do nosso matutino.

A seguir, leiam o que um leitor falou inda há pouco sobre a coluna do desembargador Ruy Gessinger, homem que se afirma como um dos mais lidos do nosso jornal, depois do Barbela e do Sadi, lógico. Mas aí vai, mais um motivo do meu orgulho pela grandiosa equipe que faz um dos melhores jornais do interior.

Ao Dr. Ruy Gessinger:

Como de costume toda
sexta feira leio o jornal expresso e principalmente a
sua coluna ... e
Hoje quero cumprimentar-lhe pelo lindo relato que fizeste
do povo da nossa região . Pode ser uma
matéria simples , mas de uma
generosidade grande ...

Só mesmo o Sr° Dr° com o coração tão grande pra enxergar uma coisa que
parece tão pequena mas tão
necessário e essencial para quem tem que esperar
pela sua condução ... Nem mesmo nossos
políticos da cidade conseguem
observar esse tipo de necessidade tão pequena mas de um valor
bárbaro para
quem tem que esperar de pé ... só
vc mesmo pra pensar nas pessoas ...
parabéns.
Abraço pra toda família.
Cristine Bertolo Viero