terça-feira, 20 de outubro de 2009

20 Anos de Jornalismo


A vila do lixo

Com o Júlio Prates por perto, toda e qualquer situação poderia virar uma bomba jornalística. Bastava ele sair à rua e, zás, estava feita a confusão, que iria ganhar corpo nas páginas do jornal. Mal a edição circulava e já estávamos a farejar os novos rumos dos assuntos. Como a briga com Vulmar esquentava e ele nada de querer reconhecer o Expresso como o veículo da comunidade, assunto nunca faltou.


Óbvio, os melhores eram os que relatavam algum erro da Administração Pública. Nossa preferência, quando o tema era bater na administração, desembocava sempre no lixão, aquele velho conhecido dos mais antigos santiaguenses, especialmente os do bairro Ana Bonato, que literalmente respiravam o problema. Graças ao tenebroso amontoado de lixo, animais e pessoas, o bairro ganhou o odioso codinome de "vila do lixo".

Agora, cá para nós, independentemente da rixa com o prefeito, aquilo era mesmo o fim. Gente e bicho revirando montanhas de lixo, cada um com seus interesses, remontavam um triste cenário. E não faltava um para dizer que lá existia uma usina modelo, que reciclava grande percentagem de lixo e que, por "capricho" do atual prefeito, as benfeitorias foram para o beleléu, com a promessa de construir algo melhor e gerar emprego decente àqueles catadores. Mas isso nunca aconteceu. Não no governo Vulmar.


Verdade seja dita: ele pode até ter comprado o terreno para o novo depósito, mas quem acabou levando embora o lixo da Bonato foi o prefeito Antônio Carlos Cardoso Gomes, Toninho, para o bem da comunidade e para o azar de alguns moradores que alimentavam seus porcos e vacas naquele lixão.

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