quarta-feira, 21 de outubro de 2009

20 Anos de Jornalismo

A guerra das pesquisas e a
vitória de Toninho e Chicão

Se alguém pensa que a briga com o pessoal do Vulmar era mesmo grande, esperem para ler o que irei contar a seguir, pautado na maior dor de um político: a derrota nas urnas. Por força do destino, o peso de enfrentar o crivo popular recaiu sobre o vice-prefeito Paulo Rosado, candidato ao governo em 1996.

Enfim, chega a campanha eleitoral e Rosado, que até então havia se mantido distante do campo de batalha, (se bem que ele pouco trabalhava ao lado do prefeito Vulmar, que tinha um jeito centralizador de comandar a prefeitura), resolve se aproximar de nós.

Paulo Rosado chegou na redação para ter comigo e a Sandra, observado de soslaio por Júlio Prates. A sua visita foi algo sensacional para minha equipe. Nossa alegria não era por pouco, pois o titular da prefeitura, que já deveria ter nos visitado, nunca havia nem passado perto da redação. E agora, estava ali o sujeito que poderia, um dia, ganhar o poder.

Sem delongas fui explicando o porquê das rixas com Vulmar, seu companheiro de coligação. Rosado, representando o PDT, se disse disposto a nos ouvir. Em uma boa prosa, falei sobre o que me levou a bater no seu governo. Acabei aflorando minha dor e mágoa. Contei-lhe quase tudo.

Desde o famoso "tiro de aviso" naquela noite fatídica, até a expulsão da Sandra lá da prefeitura. Rosado quis argumentar dizendo que havia uma hostilidade mútua por força de mal-entendidos e que estava disposto a respeitar o Expresso e sua direção, como de fato deve fazer um agente público.

Nos despedimos como cavalheiros e prometi dar ao pleito a cobertura merecida. Para nós, Rosado e eu, tudo estava iniciando naquela visita. Uma borracha fora passada em cima dos confrontos com o prefeito e fim de papo.

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