quinta-feira, 26 de novembro de 2009

20 Anos de Jornalismo

Conceitos de
leitura e escrita

Certa vez, dei respostas a algumas perguntas de um aluno de pós-graduação em produção textual. Questionava ele sobre os conceitos de leitura, escrita, interpretação... Respondi que a pessoa avessa à leitura não falará bem, muito menos saberá redigir corretamente.

Outros que vivem da palavra falada pensam que não precisam estar compromissados com a correção e ficam inventando desculpas para cada erro, daí a razão de buscarmos, na leitura, a melhora para a nossa escrita.

Quando abro um livro e vejo algum erro de ortografia já nas primeiras páginas, me desinteresso pelo resto. Se meu objetivo é aprender para passar isso a milhares de pessoas, sinto que minha leitura será inócua.

Quando escrevo, não só procuro fazer o certo, como também tento traduzir o que aprendi de uma maneira clássica e ao mesmo tempo simples, sem arranjos gramaticais ultrapassados, demasiadamente modernos ou mesclados de gírias e estrangeirismos.

Por fim, concentuei a leitura como uma linguagem silenciosa que pode remeter o indivíduo aos mais distintos lugares, fazendo-o avançar ou regredir no tempo. Ela é capaz de criar mundos diversos e estabelecer conclusões.

É uma maneira individualizada de se inteirar das coisas nas quais o próprio leitor pode ser o locutor e até mesmo o escritor, tendo em vista que ele caminha pelo pensamento de quem escreveu, seguindo a mesma linha de raciocínio, diferenciando-se apenas pelos fatores conclusivos.

A leitura pode variar de indivíduo para indivíduo, todavia, a grande maioria prefere aquela com a qual se identifica. Que lhe permita ligar assuntos e lugares, coisas que, mesmo de forma indireta, sejam do seu conhecimento, propiciando uma absorção sem rodeios. A não ser que seja algo muito curioso, poucos são os que apreciam uma leitura sobre aquilo que ignoram.

Por sua vez, a escrita permite uma maior fixação do aprendizado de cada ser, pois ler um texto não significa entendê-lo por completo, exigência esta que se faz obrigatória na hora de transcrever o que se tenha lido. A palavra escrita revela o preparo do seu autor sobre aquilo que pretende dizer, diferenciando-se da fala, a qual acaba impedindo o ouvinte, por questões óbvias, de uma total percepção do que se está querendo transmitir.

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