sexta-feira, 31 de julho de 2009

20 anos de Jornalismo

Traje feio

No colégio das freiras tudo era no “prafrentex”, como se dizia por lá. Uniforme marrom, camisa branca. Nem precisa dizer que minhas vestes eram as mais feias, claro, sempre compradas em liquidação ou mandadas fazer em costureiras chambonas. E quando levei para casa a lista do uniforme para a Educação Física, então...

Depois de lamentar o gasto, a tia foi ao “comércio” comprar. Andou à tarde toda e apareceu finalmente com o solicitado pela escola: calção branco, meia branca, tênis branco, tudo branco. Até a camiseta. Ela chegou e pôs-se a destrinchar os pacotes. Já se via, pela sua cara, que coisa boa não era. Quando que a tia iria comprar algo de marca? Só quando o galo criasse dente, como diria meu tio.

Assim que desembrulhou tudo, a tia ordenou que eu vestisse o uniforme. Fiquei com vergonha de mim mesmo. Imagine quando os outros me vissem na escola. O calção eu chamaria de guarda-chuva ou pára-quedas. Armado, bem armado! Para variar, ela havia comprado um número bem acima do meu, devido à bendita liquidação. Ainda por cima, era amarelado, encardido mesmo. E os “guides”, como eram conhecidos os tênis: uns dois ou três números acima do meu, tudo pelo mesmo motivo do calção. Liquidação! Aquilo ficou um perfeito par de jundiás nos meus pés, com uns centímetros de sobra.

Quando vesti todas as peças, a tia me gritou:
- Sai do quarto, guri. Quero ver o “trajo” de física, se ficou bom!
Saí de mansinho, com a cara de quem comeu e não gostou, mas era preciso achar bem bom, senão, tome bronca. A tia só olhou para mim, aquela criaturinha de pernas e canelas finas embaixo daquele calção, socadas naqueles tênis horrorosos e exclamou:
-Bem que “esses coléjo pudium mudá um pouco as ropa das criança, escoiendo arguma cosa mió”.
E arrematou:
-Que “trajo” bem feio de física!

Segue a invernia...

O susto do Fagner

Não suporto o frio, por isso, novamente fiquei em casa nesta sexta, apenas saindo para levar meu filho no médico. É que o Fagner estava com febre alta, passou a noite dando preocupação à mãe dele e a mim. A Suzana estava de aniversário ontem e nem pôde festejar devido ao estado de saúde do rapaz. Depois do susto, o Fagner se recupera bem e segue cuidados médicos. É gripe comum, diz o Dr. Paulo Décio, mas inspira atenção. O moço precisa de repouso e medicação correta.

Ruy no Rio

Feliz deve estar o amigo Ruy, que vai viajar para o Rio em seguida. Ele foge da invernia, foge dessa rotina gelada dos pampas, pois bem como mostrou o Expresso, na sexta passada tivemos -5 graus na cidade. Que coisa! Que inverno.
Boa viagem, amigo.

Garoto Coca-cola

Sempre repito, não atuamos em busca de elogios, mas quando eles acontecem, adoramos, pois é a prova de que estamos no caminho certo, que é a busca diária pelo trabalho que agrade ao nosso leitor. É por ele que existimos, é por ele que trabalhamos.

O Expresso trouxe a excelente mensagem do empresário Mário Walter, do Restaurante do Mário, e já agradou de cara. A página foi lida até mesmo pelas crianças, prova inequívoca de que todos querem aprender lições como a que foi mostrada pelo nosso garoto Coca-cola da semana. Vejam o recado dos familiares do nosso querido homenageado.


Olá João!

Gostaríamos de agradecer por meio deste o reconhecimento e o carinho que o Jornal Expresso tem pela história do Restaurante do Mário, valorizando uma pessoa que conseguiu reconhecimento após muito esforço e trabalho.
O jornal Expresso está de parabéns pelo novo quadro e por trazer em suas páginas algo que sirva como incentivo às pessoas que estão começando algum negócio ou até mesmo estão querendo desistir diante das dificuldades diárias. Assim o jornal Expresso vem se diferenciando dos outros meios, que sempre preferem destacar o sensacionalismo e as más notícias.
Desejamos muito sucesso a todos...
Ricardo Walter e Elisabete Walter

20 anos de Jornalismo


Leite de saco
- Eu odeio leite de saco! Odeio!
Seguidamente a tia Otelina repetia esta frase e outras mais, sempre dizendo não gostar disso e daquilo. Detestava mortadela porque era carne de cavalo, não gostava de ki-suco por ser artificial. Já, eu, adorava. O mais saboroso era o de groselha. Ficava pensando: groselha é fruta? Eu nunca vi uma. Não tinha o que eu não gostasse. Também, acostumado a catar frutas do lixo (aquelas com um lado não-estragado). Mas a tia era “partista”. Não gostava de tantas coisas. Pobre e cheia de nove horas. Leite de saco, então, era um crime se entrasse lá em casa. Quando batia nela a vontade de saborear um leitinho, sempre sobrava para mim.

- João! Joãooooôô! Onde tu tá fincado?
Senhora, tia?
“Deusulivre” se a gente não a tratasse assim. “Por senhora”.
-Vá buscar leite. E me traga leite de vaca. Eu tenho nojo de leite de saco. É pura água!
E lá me fui. Num lugar longe a “dar com um pau”. Para lá da vila Kun, num sítio. Chegando lá, a dona da vaca me disse que não havia mais nada. Que vendera o último litro para uma vizinha. Desanimado, voltei embora pensando.

- Se eu chegar sem nada, ela vai dizer uma porção de bobagens. Que eu não fui lá no sítio por pura preguiça e ainda vai me bater ou mandar de volta.
Mas deixa estar que, na dobrada para minha casa havia um bar e eu resolvi chegar. Ora se a tia iria saber que leite era aquele que estava levando, se era de vaca ou de saco. Comprei um saquinho. Foi aí que eu soube que um litro não era bem um litro, pois eu despejei tudo no litro de vidro e não encheu. Faltou um “tantinho”. Me fui embora. Ao chegar, a tia me recebeu com um sorriso, coisa rara naquele rosto.

-Que bom que me trouxe o leite. Ainda achou?
-Achei! A vaca deu pouco, mas graças a Deus, ainda deu para quase encher o litro.
Disse aquilo com medo. Já pensou se ela cisma que eu tivesse bebido um gole? Nojenta como era, não iria querer nem encostar na boca. Mas não. Ela se convenceu da minha mentira e de vereda serviu um copo. Bebeu todinho, olhou para o litro e disse:
-Aaahhhh! Que coisa boa! Desses que eu gosto. Detesto leite de saco!


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Santiago - uma bolha

João Lemes: leia a matéria de capa do El Pais, de hoje: 99% da gripe do Uruguai é a suína. E tem gente em Santiago que nao se toca e diz que aqui nao tem. Acho que vivemos numa bolha. É triste.

(enviado por um médico)

GRIPE SUÍNA


1º CASO PROVADO COM FOTO

Publico aqui para que vocês vejam que nem tudo está perdido, pois o paciente se recuperou bem. O problema foi uma pequena sequela.

Canetaço

Comenta-se que um administrador público está sendo investigado. Ele teria prorrogado um REFIS (lei que reduz o valor de IPTU) por um dia, deu um canetaço nesse mesmo "um dia" e os sobrinhos e até o pai teriam quitado a dívida com os cofres públicos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Parabéns, comadre!

Antes que o dia termine, aproveito para deixar uma homenagem pelo níver da minha comadre, a Ivana Genro Flores, a qual foi uma das homenageadas pela coluna Acontece, no aniversário de 16 anos do Expresso. Ela estava elegantemente vestida, posando para fotos ao lado do esposo Itacir Amauri Flores. Logo, logo eles estarão de novo morando em Santiago.

20 anos de Jornalismo

Eis a famosa tia Otelina.

O vendedor de saco

Mas se na aula eu era tinhoso, em casa era o santinho. Também, qualquer deslize gerava pancadaria. E outra e mais outra, sempre quando meu tio não estava. Às vezes, ele viajava a serviço da fábrica e eu ficava lá, amargando com a tia Otelina que até se obrigava a me fazer companhia e vice-versa.

Não posso condená-la totalmente pelas surras. Havia momentos de carinho também, à sua maneira, mas havia. Mas se numa hora ela era menos amarga, noutras parecia o diabo pedindo serviço. Além das tundas e dos castigos, eu tinha que trabalhar duro, ora cortando lenha para o fogão, ora na limpeza da casa, do pátio e ainda era preciso arrancar tiririca do meio do milho numa lavourinha no fundo de casa. Mas aquele trabalho era doce comparado ao “serviço de rua”, que nada mais era que vender saquinhos plásticos de supermercados (não existia sacolinhas plásticas).
A tia Otelina não jogava os sacos plásticos nas sarjetas como fazem hoje. “Se agachava” a juntar, juntar e, quando tinha certa quantidade, me fazia percorrer os açougues com a incumbência de vendê-los a troco de carne. Mas esperem! Não era carne, carne... eram ossos. Ela brigava comigo se eles não fossem carnudos, que dessem para outra descarnada para os molhos das refeições.

Quando o açougueiro já estava enjoado da minha cara e eu com vergonha da dele, corria lá no tio Milton pedir para ele me dar algum dinheiro para não apanhar em casa por não ter conseguido vender os saquinhos e nem trocá-los por osso.
Minha irmã, a Marlene, também morava na cidade.

Minha irmã era empregada doméstica numa casa de rico. Vez por outra, a “mordida” era nela também. Tudo para salvaguardar minha pele. Todos ficavam apavorados mas não podiam fazer nada. Aquela era minha casa, e o tio Valdomiro e a tia Otelina, meus pais adotivos. Tinham o direito e o dever de me “exemplar” a seu modo. Se bem que o tio nem sabia das vendas pela rua, pois quase sempre estava fora e, se aparecia em casa, de visita, ainda trazia outros problemas para mim.

Primeiro, porque eu aproveitava a sua presença e brincava mais, deixando algum servicinho de lado, aflorando a ira da tia, que iria se cobrar na sua partida. Segundo, porque se ele estivesse sem cigarro, o pato quem pagava era eu, pelas ruas vendendo sacos para abastecê-lo do vício. A tia não podia vê-lo sem cigarro. Ele ficava emburrado, ela, entristecida, eu, saco de pancadas das suas angústias, ficava machucado, lógico.

20 anos de Jornalismo

Casa onde morei, em Panambi. (foto atual, com a casa já renovada)

No colégio dos ricos

Com 11 anos, eu já estava na quarta série e passei a estudar no Colégio Nossa Senhora de Fátima, o “Colégio das Freiras”, ou dos ricos, como diziam. Hoje essa escola não funciona mais lá, só o prédio ainda é o mesmo. Ali estudei por dois anos. Da quarta à quinta séries, quando rodei pela primeira fez e por conta desse fracasso, meu tio nunca mais me colocou em escola alguma.

Foi nesse colégio que eu declamei as primeiras poesias gaúchas e cantei em público. Até ganhei concursos de cantoria. O prêmio de cinco cruzeiros eu levei para casa e ofertei à tia, quem sabe ela queria comprar comida. Eu não sei se havia falta de alimento, só lembro que ela nunca me deixava repetir, além de ser dela a tarefa de servir meu prato. Depois, perguntava:
-Quer mais?
-Claro que não, tia. Comi bastante!
Ela perguntava só para saber, porque se dissesse “quero mais”, ela enchia o prato e fazia eu comer tudo a baixo de laço. Palavreado como “tu tem fome canina, esganado, praga ruim”, era coisa pouca.

Ao chegar em casa com o dinheiro do prêmio, ela nem quis olhar na minha mão, quanto mais saber como o havia ganho. Por orgulho ou inveja, desmereceu minha conquista. Sem outra alternativa para empregar o dinheiro, o gastei comprando merenda e coca-cola. Enchi a pança a semana toda! Eu, que sempre almoçava e num zás engolia a merenda que levaria à escola como parte do almoço, agora tinha dinheiro para viver uma vida à altura dos meus colegas de escola.

Minha tia nem foi ao “show” que eu dei e ainda quase levei outra tunda por me atrasar na escola (o show era depois da aula). Mas enfim, o dinheiro era meu. Ganho com a garganta e com as palmas dos amigos que torciam por mim. Como foi bom ter meu próprio dinheiro e obter o respeito de todos que passaram a me chamar de “o cantor da aula”.

Naquele colégio eu aprendi muito. Até que na mesa a gente usava garfo e faca e não colher-de-sopa. Isso eu soube através das conversas com os colegas, filhos de famílias de mais posses. Eu tinha vergonha de dizer como eram as coisas lá em casa, que meus tios falavam errado e que eu tinha que ouvir rádio ou as outras pessoas para saber como se dizia tal palavra. Tinha medo de falar algo errado perto deles e virar motivo de chacota. De dizer que eu não tinha nem luz elétrica, quanto mais televisão. Lembro que uma coleguinha se achegou a mim, me deixando alegre por despertar sua atenção.
-João, tu tem tv em casa?
Meio encabulado, mas com medo de mentir e ser desmascarado, falei que não, em seguida, quis saber o porquê.
- Nada, não. Eu ia comentar um filme que passou, mas esquece!
Que vergonha! Eu era o único da sala que não tinha uma tv em casa. Fazer o quê? Quando o assunto era cinema ou novela, eu era excluído automaticamente e sem aviso prévio.


Eis o mapa da gripe:

Jaguari das dívidas

JAGUARI VAI PAGAR ESTE ANO 73 MIL E 300 REAIS QUE VÃO SAIR DOS RECURSOS LIVRES, TUDO PARA PAGAR PARTE DE UM MILHÃO E 812 MIL REAIS DE DÍVIDA COM O FUNDO PREVIDENCIÁRIO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS. FORA AS CORREÇÕES MONETÁRIAS!

Quarta cinzenta

O dia está com sol, não está tão frio, mas a gripe suína anda abalando as mentes. A morte da guriazinha lá no Nei Pereira também fez a quarta ficar mais cinzenta em nossas vidas.

Hoje soube, por vias indiretas, que Santiago registra mais uma morte. Aí, a minha amiga Sônia foi obrigada a admitir que temos casos aqui nos nossos narizes.

Jaguari adiou tudo, festas do níver da cidade, a volta às aulas. A Uri também retarda o retorno dos alunos.

A gripe comum mata mais, é verdade, mas ataca os tuberculosos, aidéticos, velhos e crianças fracas e mal cuidadas. Essa gripe A não respeita idade e está pegando gente de 30 a 50 anos. Ai de mim, ai de ti.

No vizinho Uruguai, em cada 10 pessoas gripadas, 9 têm a gripe A. Em Passo Fundo já matou até policiais belos e saudáveis. Um deles tinha 38 anos e adoeceu num sábado e morreu na terça.

Agora são 19 mortes no nosso Estado e, conforme a imprensa paulista, está na hora de fazer uma fogueira com as cuias e bombas.

Hoje soube que há poucos dias o PP fez uma pressão medonha em cima do Chico Gorski para ele ser o candidato à direção da URI. Ele não queria enfrentar a dona Ayda, mas partido é partido.

Como se observa, o PP é forte e fica ainda mais encorpado, espalhando seus tentáculos em todas as entidades.

A única que ainda não colocou as mãos foi no Centro Empresarial. Neste local, que é de todos nós, reina a prepotência, a falta de transparência com as feiras, o autoritarismo (me refiro à direção da feira). Exemplo da oposição da falta de traquejo.

A exemplo de outros anos, logo eles vão querer beber e comer em Porto Alegre, lançando a feira pra ninguém (pois quem gasta somos nós mesmos, não os da capital) tudo a custa do dinheirinho de quem?

Caso o jornal Expresso fale, já que é o único que não teme ninguém, vira o vilão na boca de meia-dúzia. Pois que seja, enquanto eles esperneiam, o povo nos respalda, a exemplo das centenas de empresários que fazem uso do veículo para divulgar seus produtos.

Para encerrar, lembro que o PP comanda a Prefeitura, Câmara, Sindicato Rural, Hospital, Cooperativa e tem a maioria dos presidentes de bairros na mão. Tem até time de futebol inteiro filiado e está prestes a seguir com um representante numa das maiores universidades do Estado.

O PP é tão forte que até abusa, como fez o Bianchini, usando espaço pago com nosso dinheiro para dizer que não precisa mais haver eleição em Santiago. Acusa meio mundo da prática de caixa-02 e fica por isso mesmo.

E o que faz a oposição? Assiste a tudo quieta para daqui a dois anos saltar do nada e atirar para todo lado querendo arrancar os caras da prefeitura a qualquer custo, até com baixarias envolvendo gente da segurança pública. Acorde, meu povo!

E a vacina contra gripe A?


Laboratório esclarece:

O Expresso fez contato com um dos maiores laboratórios do mundo, com sede no Brasil, e indagou sobre e-mail que circula com várias dicas sobre a Gripe A e quando haverá uma vacina contra esta doença.

Prezado Sr. João,
Boa Tarde!
Agradecemos o contato.

Esclarecemos que o e-mail sobre perguntas referentes à gripe A, não é de autoria da Novartis. Dessa forma, não nos responsabilizamos pelo conteúdo do mesmo.
A Novartis completou com sucesso a produção do primeiro lote da vacina contra influenza A(H1N1). No entanto, não temos previsão para o lançamento e preço no Brasil, pois a vacina está em fase de testes clínicos.

A sede da Novartis fica na Suíça. No Brasil, além da sede em São Paulo, temos três unidades fabris: Resende (RJ), Taboão da Serra (SP) e Cambé (PR).

Atenciosamente;
SIC Novartis
Novartis Biociências S.A.
email: sic.novartis@novartis.com

Reformulação dos trevos

O deputado Marco Peixoto convida para o roteiro de visitas aos municípios, com objetivo de reformular os trevos de acesso, devido à quantidade de acidentes. Na ocasião estarão o diretor do DNIT Eng. Pedro Gomes e o Eng. Rafael Hallau, residente em Santa Maria.

Dia – 30/07 – quinta-feira
Local: Trevo de acesso.

SÃO VICENTE DO SUL – 13h
JAGUARI – 14h
NOVA ESPERANÇA DO SUL – 15h
SANTIAGO – 16h

Curtas & boas

A bebedeira entre os jovens é tão banalizada que alguns torcem a cara quando são convidados pra festas sem bebida.

Certos pais pensam que, por estarem com os filhos, estes podem beber. Erro contra a lei e contra o futuro do herdeiro.

As formaturas são uma maravilha, aliás, seriam, se metade do dinheiro não ficasse com s empresas de fora.

Quem levou um tombo foram os alunos da URI Escola. Queriam uma banda pra formatura e acabaram entregando dois mil reais a um “empresário”.

Resolveram cancelar a vinda do show, mas o dito sujeito não quer mais devolver os dois mil às crianças. Não seria um caso de polícia?

Uns dizem que a comissão da ExpoSantiago é transparente ao publicar os gastos, outros apenas confirmaram que houve furo, e dos grandes.

Felizmente aprenderam a lição e neste ano teremos apenas nossos artistas no palco. Há shows demais, pro meu gosto, mas dos males, o menor.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Tragédia no Nei Pereira


Dênika Polliana de Sena Buonavides de Oliveira, de apenas dois aninhos, acaba de morrer afogada no riacho (mesclado com esgoto) que corta o bairro Nei Pereira, uma antiga galeria, feita no governo Vulmar. Os moradores estão revoltados, pois o então candidato Júlio Ruivo esteve lá em campanha e prometera fechar o esgotão assim que fosse eleito. Não fechou e a criança morreu.

Lógico que serviço é serviço e tragédia é tragédia, mas nessa hora sempre surge alguém para desabafar e, o melhor remédio pra dor, é jogar a culpa em alguém, no caso em tela, na Prefeitura de Santiago. Estive no local acompanhado de dois repórteres aqui de casa e ainda pude ouvir o lamento da pobre mãe. Mais detalhes na edição desta sexta-feira.

Clovis baixa o pau


Vejam a resposta do diretor da URI ao jovem queixoso de que sua prova (trabalho de arquitetura) não fora bem avaliada - assunto trazido pelo Expresso, na semana passada.


Agradecemos ao Expresso pela isenção ao receber reclamação do estudante e por recorrer à universidade para saber do que se trata. Na missão da URI, encontra-se explícito o objetivo de formar pessoal Ético e competente. Portanto, dentro de qualquer curso, todos os alunos têm a oportunidade de participar efetivamente de aulas, encontros, palestras e orientações em seus trabalhos. O aproveitamento é medido por meio de testes, provas, seminários ou trabalhos práticos. As regras são esclarecidas no início. Ninguém passa na marra.

Como o professor é uma autoridade, para proteção dos alunos, está prevista a possibilidade, (no tempo certo) de pedido de revisão de prova ou análise de trabalho prático por banca de professores do curso, determinada pelo coordenador do mesmo. Especialmente no curso de Arquitetura, os trabalhos finais de graduação, no décimo semestre, fazem defesa pública e são analisados por banca com, pelo menos, um professor de outra universidade, convidado pela coordenação e jamais do agrado ou das amizades do interessado.

Portanto, meu caro jornalista, um trabalho que recebe nota 3,5 querendo banca externa e público seleto, beira à demagogia. Jamais a universidade aceita atos depreciativos, ameaças ou desrespeito aos seus professores e às regras. Quanto à perspectiva de o aluno apelar à justiça, é um direito que assiste a qualquer cidadão. Por fim, lembramos: Dentre os muitos feitos do nosso curso de Arquitetura e Urbanismo destacamos o conceito A (máximo) pelo MEC, a parceria com a UFRGS no mestrado interinstitucional e o quadro de ex-acadêmicos competentes que estão modificando a paisagem urbana do vale do Jaguari o que confere ao mesmo um alto grau de credibilidade.


Clovis Fernando Bem Brum
Diretor geral da URI - Santiago

Ao sucesso!


Eis minhas grandes amigas, a Débora Dallarosa e a Sandra Siqueira (que também é minha afilhada) em momento de confraternização. Elas são grandes amigas também e colegas de trabalho aqui no Expresso. Juntas, são imbatíveis na estrada do sucesso.

Níver - Na próxima semana a Sandra faz aniversário (05 de agosto) e desde já registro a importante data. Se quiserem lhe dar presentes, se sintam à vontade. Ah!, flores ela já tem bastante!

Se não for vista,
não será lembrada

Ontem à noite ouvi uma entrevista com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão e concluo que é muito fácil falar do governo, achar que ele é culpado pela gripe se alastrar, mesmo sabendo que no mundo todo é assim, está sendo assim. O vírus se alastra sem controle. Por que no Brasil seria diferente?

Quanto ao Tamiflu, o governo não o proíbe de ser vendido em farmácia. É o laboratório que não tem para atender a todos, apenas mantém o compromisso com os governos. Mas cá pra nós, é bem como diz o ministro. Caso existisse Tamiflu nas farmácias, os Lemes da vida tomariam tudo, antes mesmo ficarem doentes e, aí, o vírus tomaria conta de vez, ficando cada vez mais forte, resistente ao próprio remédio.

Já os pobres, morreriam sem conseguir um comprimido que fosse, pois novamente os Lemes arrematariam tudo. Mas com o governo distribuindo, é diferente: só os casos graves realmente, é que vão ter o remédio.

E quanto aos infectados com gripe, ninguém sabe qual delas é, mas estando fora do grupo de risco, vira uma gripe igual a outra, com os mesmos sintomas, mesmos cuidados, mesmo remédio...

Até agora, a gripe A matou 800 pessoas no mundo. No Brasil, mais de 50. São vários meses desde que ela foi descoberta. Aí, cabe usar uma frase do ministro: só em junho do ano passado, morreram 4 mil pessoas de gripe no Brasil, e não era a gripe A. Era a comum.

Isso mesmo. A comum segue matando, porém, ninguém vê, pois não é notícia quando se morre de gripe comum, se for da outra, aí vira fato e vem o medo, o pânico. E mais uma vez nos vêm à mente a famosa frase: quem não é visto, não é lembrado.


Miguel Monte em Jaguari

O jornalista Miguel Monte é o novo contratado pela prefeitura de Jaguari. A partir de 1° de agosto ele vai atuar na assessoria de imprensa, ofício que é seu forte há muitos anos, pois o são-gabrielense já trabalhou em Santiago, São Francisco e em Nova Esperança.

Traquejo - O prefeito João Mário acerta ao levar Miguel Monte pro seu governo, tendo em vista que este é um dos assessores de prefeitura que mais envia trabalho aos jornais, rádios e TV. Para completar, também narra jogos e sabe produzir programas de rádio, comerciais, protocolos...

Livro - Para breve, o jornalista pretende lançar seu livro, falando sobre o bastidores da imprensa. Particularmente, já demonstro meu interesse pela obra. É que sou sabedor que nele haverá uma matéria sobre o nosso Expresso Ilustrado.

Imunização contra gripe A

Muitos estão achando que, por estarem com a gripe comum, estariam imunes à Gripe A. Negativo. Conforme o médico alergista Hélvio Ademir da Silva, quem pegou a gripe comum também corre risco de contrair a "A", mesmo caso de quem se vacinou contra a comum. Mas quem teve a gripe A, está totalmente imunizado contra ela.

Contraponto da URI


O acadêmico Ivanire Alves Trindade reclamou de ter sido injustiçado pela URI, pois não teria sido bem avaliado numa prova do curso de Arquitetura. Este e-mail, do professor Clovis Brum, é parte do contraponto da universidade, a outra, vai sair no Expresso de sexta-feira.

Amigo João!

Agradeço a tua atenção e a peculiar isenção do nosso EXPRESSO
ILUSTRADO. Mal cheguei da Câmara de Administração e entrei em outra
encontro. Estamos realizando reuniões diárias com os professores de
todos os cursos para o planejamento do próximo semestre.Teremos
grandes novidades e, certamente crescimento na qualidade da educação
que oferecemos.

No que diz respeito ao acadêmico Ivanire, tenha certeza que não está
sofrendo qualquer injustiça. Amanhã encaminho a versão da universidade
(que tem estatutos e critérios iguais para todos).
Abraços
Clovis Brum

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Unidos em pensamento


Sempre registro quando nossas ideias se fundem com a de grandes jornalistas, jornais ou artistas e chargistas. É bom saber que nosso Expresso caminha com os grandes do nosso Estado.

Vejam, na quarta eu publiquei o texto abaixo, lançando três criações nossas. Elas só não saíram no Expresso porque toda as charges já haviam sido passadas ao Sidi, nosso desenhista. O jeito foi largá-las no blogue mesmo. Para minha alegria e surpresa, na sexta, o Iotti, de Zero Hora, trouxe a mesma ideia. Leiam, vejam e se divirtam;


Publicação de quarta-feira

Hoje formulei umas quatro piadas sobre a gripe A. Entendam e não me queiram mal, é que sou da área de criação aqui no Expresso e alguém tem que manter o senso de humor. Mesmo estando com gripe (sei lá que gripe é), tenho que brincar.

O cara chega e diz pro outro sujeito. Tenho duas notícias pra ti. Uma boa e outra ruim. Me dá a ruim, diz o cara. Lá vai. Tu pegou a gripe A. Ai,ai,ai... E a boa? Se tu não morrer, vai ficar com imunidade.

Um juiz olha para todos num tribunal, vê as máscaras e bate o martelo. Todos são suspeitos até provarem que estão sadios.

E por último, a graça é sobre o remédio, que parece ter sido liberado para Santiago, já que o governo detém total controle sobre o estoque. A pessoa chega na farmácia e diz: Tem Tamiflu? Não. Báh, então "temo fu".

Ronaldo - Fenômeno de Tupã


Não reparem o mau jeito nem meu entrouxamento. No dia desta foto eu estava com pesos de gripe e, para me proteger, usei pesos de roupa e até luvas, mas nada que me impedisse de receber meu grande amigo Ronaldo Machado Salles.

Ronaldo é lá de Tupã, onde eleito o mais jovem vereador da cidade, o mais votado e hoje é o reeleito mais antigo. Pertencia ao PP e hoje é do PSDB. Parece que é mais um candidato a deputado que surgirá na região.

Fui obrigado a autografar-lhe um livro, pois foi meu sócio no início do jornal. Ele entrou com uma moto e eu com o resto - uma máquina de foto pra lá de antiga (aquela do museu da URI) e muita, mas muita vontade.

No meu livro ainda destaquei que o Ronaldo, certa vez, atravessou Tupanciretã com um caixão de defunto na garupa da motinho. Chegando na casa do suposto falecido, o cara estava vivo. Era alarme falso. "Pro que foi". Ronaldo deu de mão no artefato e retornou pra casa. Não achando melhor utilidade pro caixão, lá o deixou de cocho pras galinhas. Essa notícia repercutiu até na Assembleia Legislativa.

Ilustre visita

Este moço sorridente aí na foto é o meu amigo Alexandre Martini, um dos mais conceituados advogados santa-marienses, o qual visitou a redação na última semana. Ele integra o grupo Martini - Medeiros & Tonetto - Advogados. Mesma equipe que cuida das execuções fiscais da nossa Cooperativa Tritícola. Com eles ainda atua o santiaguense Rodrigo Vontobel Rodrigues.

Geada colhuda!

Um brinde aos amigos leitores com a visão do pampa gelado, pelas lentes de Márcio Brasil. O cara é fotógrafo, jornalista, repórter, escritor, diagramador e, agora também, madrugador.

Comentário

Caro João:
Mando duas pérolas para seu blog:

1ª - A prefeitura finalmente resolveu o problema de estacionamento. Sim os secretários e o prefeito não precisam mais se preocupar com isso pois agora o estacionamento da prefeitura é somente deles. Fim do problema. E o povo? que se "ferri".

2ª - Há poucas semanas ouvi uma demostração de conhecimento do locutor Julio Rosa; quarta o Gelsom Limana entrou no programa dele as 18h para dar a informação de que dificilmente a vara do trabalho permaneça aqui e que tudo seria resolvido em Santa Maria. pois bem o Julio lascou "veja Gelsom isso é um absurdo imagine o trabalhador ter que ir até Santa Maria para tirar uma carteira de trabalho..." e o Gelsom não o corrigiu provavelmente também
não saiba que carteira de trabalho não tem nada a ver com Justiça do Trabalho.

Voltando no tempo

Meu final de semana foi adorável. Fiquei por roda de casa, aqui no bairro Zamperetti. Pedalei com o João (vejam a foto aí) e depois jogamos uma bolinha com a gurizada do bairro. Fazia tempo que eu não me sentia tão guri, um verdadeiro moleque correndo pelo campo junto com adoráveis crianças. Depois do jogo, as bergamotas protagonizaram a prorrogação da minha alegria. E o que parece ser monótono para alguns por ser uma vidinha interiorana, é maravilhoso para mim. Portanto (como diria Ruy Gessinger), me perdoem por ser feliz.

Já no domingo frio, o jeito foi juntar calor humano e em um almoço recheado de bate-papo sobre todos os assuntos. Vez por outra um vinhote para molhar a palavra. Que beleza! À noite, a junção foi aqui em casa, à beira do fogo. Comigo também estavam os amigos Cláudio e Débora, a Sandra, o Eri, o Menna e a Jane. Mal posso esperar pelo próximo final de semana. Valeu, queridos amigos.

domingo, 26 de julho de 2009

Comentário anônimo

Não gosto de publicar comentário anônimo, não os que envolvem outras pessoas. Este aí, o faço porque é sobre mim. É incrível, mas qual é a sensação em escrever (ou dizer) algo para algém quem nem sequer sabe que você existe? Mas tudo bem, gosto e time, política e religião, cada um tem o seu, a sua. Paranóia também. Leiam, se quiserem:

"Sua profissão é falar...ainda que eu ache que mais apropriado seria "escrever". Mas o problema é que lhe falta classe, integridade e distanciamento. Isso nenhuma escola ensina. Eu decidi escrever um livro sobre vc...vai ser bem legal, principalmente porque vai conter partes da sua história que tu não colocou no teu livro. As pesquisas já começaram, lá na tua terra, afinal, também sou de lá."

Bem, caro anônimo. Você nem merecia resposta, mas em nome da proposta deste veículo, que é a de dizer o que penso, aí vai:

Em 1° lugar, obrigado por ler o blogue e o meu livro.

Em 2°, falar, para quem não sabe, significa dizer, ou pela voz ou pela escrita, em alguns casos, até por mímica.

Em 3°, na minha terra eu nem morei, saí de lá criança. E de fato há bastante coisa errada que eu fiz, mas eram coisas infantis, de adolescente e estão todas no meu livro. Mas caso queira se dar ao trabalho de achar mais algumas coisas que eu não saiba, agradeço.

E em 4° e último lugar, também me faz muito feliz saber quer alguém vai escrever um livro sobre a minha pessoa, bom ou ruim, escrevendo ou não, a simples intenção já me basta. Obrigado.

sábado, 25 de julho de 2009

20 anos de Jornalismo


O poste por testemunha

Quando eu fiz 10 anos, ainda antes de ir para o colégio das freiras, o tio comprou uma terreno na vila Fensterseifer. Nós fomos morar na casa que ele próprio construiu. Ele era assim. A exemplo de meu pai, sabia fazer muita coisa. A casa ficava, e está lá até hoje, na rua Anita Garibaldi. Era modesta, de madeira, sem água, nem luz, embora as duas redes passassem bem na frente. O tio nunca quis essa “regalia”.

No seu terreno havia um bom e velho olho d’água e, as velas e os lampiões a querosene eram mais baratos. Eu me indignava. Queria ler de dia, não dava. A tia Otelina era contra a leitura se não fosse a dos cadernos ou livros da aula. À noite, também não dava para ler porque gastava querosene. Eu retrucava. Era metido a facão sem cabo, como ela dizia. Talvez residisse aí a razão para tanta surra. Ninguém quebrava o corincho daquele micuim.
- Eu nem quero mesmo ler à noite. Não sou louco de amanhecer com meu nariz tapado de picumã.

Claro, eu já estava me sentindo mocinho e as vaidades começavam aflorar. O jeito era escapar pé, por pé e ir para baixo do poste da rua. Lia desde gibi até os livros mais complexos para minha idade, desde que tivesse alguma história. Era minha diversão.

A primeira revistinha em quadrinhos que tive nas mãos foi a do Tex, um guarda rural do Texas que se criou com os índios Navajos, o popular Águia da Noite. A primeira história que eu li foi A Vingança dos Tuaregs, mas a coleção iniciou com O Signo da Serpente. Eram textos bem produzidos, com belos desenhos.

Como eu adorava aquele passatempo com as revistinhas. Recordo que depois passei para as coleções Tio Patinhas, Pato Donald, Mickey, Pateta... Não restou um personagem do Walt Disney que eu não lesse. A maioria da leitura era ali naquele poste, à luz daquela lâmpada. Do poste eu ia para uma cabana feita por mim no meio do matagal.

Eu ficava horas na cabana, negaceando a minha tia. Morria de medo dela, pois quando achava os gibis, ficava furiosa e botava fogo em tudo. Para me torturar mais, me mandava ver as chamas, mas o que ardia mesmo era minha cabeça. Eu ficava vermelho de brabo. Ah, como eu preferiria uma tunda a perder as relíquias! Mas que nada! Em um mês eu já havia juntado outro montão. E ela tornava a esconder, destruir, queimar...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sexta gelaaadaaaa!!!


A massa polar (frio) que cobre o sul do Brasil é a mais gelada do inverno e, em algumas cidades, a sensação térmica chegou a 16 graus a baixo de zero. Santiago também registrou muito frio nesta madrugada, menos 5 graus às 6 horas, conforme esta foto tirada pelo meu amiguinho Thiago Flores.

Mas como estou ainda meio gripado e tossindo muito, com voz rouca etc.,etc., ficarei em casa, mas ligado em tudo, por exemplo, neste comentário que publico no fim deste texto, sobre a minha crítica relativa à varredura que a ExpoSantiago fez para os seus shows. É coisa do arco da velha. Quando sugeri shows da terra, não pensei que aqui existisse tanto artista e artista.

A feira da cantoria

Na postagem de quinta disse que é uma maneira de acender uma vela para cada santo, como se a feira fosse uma mãe para toda essa gente. Ora, show em todos os momentos para quê. (Só faltou meu parente, o Mulita, com seu "cantando pra burro".)
Na tal de praça de alimentação (agora inventaram essa de praça, para mim, é local da bóia e do trago), tem show todos os dias.

Como coisa que se vai ali atrás de show. Eles vão lá, vamos lá, atrás de boa conversa com amigos, atrás de algum rabo... (digo rabo-de-saia. Já iam maldar, né?)vão atrás da comida - que é o maior lucro da feira e, claro, atrás de uma boa cerveja, que ninguém é de ferro.

Enquanto isso, pobres músicos e músicos. Colocam os bofes pra fora tentando agradar e a galera só na ceva e no x, no cachorro e no creps. Só falta uma coisa, a gripe suína no meio pra arrebentar de vez.

Mas claro que ninguém tá falando da qualidade de artistas da estirpe de Miguel Marques, Nenito, Ana, Diogo... dos meus queridos amigos Paulo Reis, Júlio Saldanha e Édson Vargas... Por mim, passo a noite ouvindo eles e nem quero saber de Bruno e não sei de quem...

Agora, queria mesmo é dizer que tem que haver um limite. Pra que tanto show, se o objetivo de toda a feira é vender, mostrar e, lógico, comer, comer?... Só tem uma lógica: é a velha moda de fazer caridade com o chapéu alheio (é assim mesmo este ditado?). A moda de querer distribuir verba pública como se fosse docinho em festa infantil.

Abaixo, o comentário:
"Com este comentário nada feliz, depreciaste cantores como analise Severo, Jean Carlo Kirchoff, Nenito Sarturi e outros que não merecem fazer parte desta rusga."

E pra encerrar, antes que alguém me rogue uma praga (outra), digo que esse é um direito deles, me atirarem pestes, mas não esqueçam de uma coisinha básica: a profissão de vocês é fazer, ou tentar. A minha é falar. Cada um na sua e ponto final.

Agora vou pra beira do fogo tomar um vinho e ler o livro gentilmente ofertado pelo amigo professor Miguel Garaialdi, sobre o qual, faço meu comentário noutra oportunidade. Tchau mesmo!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

20 anos de Jornalismo


O tinhoso da escola

Estudei tanto que passei num tapa. Logo estava na 2ª série e noutra escola. O Grupo Escolar Zona Norte, agora, em Panambi. Cidade a uns 20 km de Condor, para os lados de Cruz Alta. Que beleza! Lá, a exemplo de quando morei em Capão do Cipó, Condor, continuava apanhando, seja com cinta, com vara de qualquer coisa ou o que a tia visse pela frente. A diferença de estar na nova cidade é me sentir cada vez mais perto da minha amada Cruz Alta, na minha querida Panambi da Tia Elvira, que àquela altura, eu nem tinha vontade de procurar.

A não ser quando o laço era grande lá por casa. Aí eu aparecia lá pela barbearia do tio Milton para me queixar um pouco e assim ganhar uns trocados para comprar lanche na aula, ou bolitas, outra especialidade minha. Todos os dias eu chegava na aula com um saco delas. Jogava e ganhava mais e trocava pela merenda dos outros. Tudo valia. Pão com margarina - complemento raro na minha casa. A gente tinha que passar só uma “sujeirinha” no pão, senão a tia já olhava com cara feia. Também trocava as bolitas por rosquinhas de milho e até por goludices mais finas, como salgadinhos ou merengues rosas, comprados ali no boteco da esquina da escola. Cada merengue custava 30 centavos de cruzeiro.

Quantas vezes eu matei aula para jogar bolitas, bola, soltar pandorga... Eu era o tinhoso da aula. Cantava, contava piada, não voltava do recreio. Até parece que a liberdade que me faltava em casa eu buscava no colégio.

A contragosto da direção e para loucura das professoras. Chegava a ter os braços macetas de ficar por longo tempo com eles erguidos na frente da turma. Castigo pelas bagunças. Mas a leitura e os exercícios da aula eu tirava sempre de letra. O primeiro livro que ganhei, já na segunda série, li tudo de uma vez em sala de aula. Era a linda historinha de uma família muito unida.

Graças ao meu esforço e à facilidade para aprender, passava de ano sempre. Eu só rodei uma vez. A primeira e única. Até porque, depois daquela ocasião, o tio Valdomiro me deu uma tunda e me tirou da aula sob o pretexto de eu não merecê-la. Para ele, eu matava aulas para tomar banho no Fiúza. Olha só. “Fiúza” significa confiança, segurança.

O tio dizia que eu fazia pouco caso da mensalidade da escola particular, paga com dinheiro que a sua empresa, a fábrica de trilhadeiras Ernesto Rehn, destinava ao Colégio Nossa Senhora de Fátima. O conhecido colégio das freiras. Mas nesse colégio eu não matava as aulas.

Eu rodei na 5ª foi em Matemática, disciplina na qual sempre fui um fracasso. Com o fim da possibilidade de ir ao colégio, a tristeza foi tanta, que me deu vontade de pegar a estrada para Cruz Alta a pé mesmo e bater lá na mãe. Mas tive medo. Outra vez agüentei calado.

Charge da semana

Vejam senhoras e senhores, a nossa criação. Ideia e roteiro deste blogueiro com o incrível traço do Sidnei Garcia, um dos melhores desenhistas desse Brasil. E é de Santiago...

Ah, e lembram que o delegado Brum teve sua casa assaltada? Pois é. "Pro que foi". Tem charge para ele também, mas essa, ele vai ter que esperar o jornal para vê-la e se ver.

Ivo Pessoa: atração na festa Os Melhores do Ano



Confira um vídeo com a música "Uma vez mais", do grande cantor Ivo Pessoa, que vai estar em Santiago no dia 29 de agosto, embalando a festa Os Melhores do Ano. A música fez grande sucesso em todo o Brasil, na trilha sonora da novela "Alma Gêmea", da Globo. No vídeo, imagens da novela, ao som da emocionante canção de Ivo.

As quentes de um dia frio


“Quando o governo vai se dar conta de que os problemas de saúde da população, quem deve resolver são os médicos, enfermeiros e outros profissionais que estão no front do dia-a-dia?.”

(Médico Hélvio Ademir da Silva, criticando o governo por reter o estoque de Tamiflu, indispensável para salvar vidas com gripe A.)

Depois de levar um talagaço com o Bruno e Marrone, finalmente a comissão da ExpoSantiago resolveu dar o troco. Contratou o grupo Talagaço.

Mas cá pra nós, se o meu irmão Márcio Brasil soubesse uma nota musical que fosse, estaria contratado para esta feira, que só faltou chamar o Zé Bolacha pro palco. É a legítima vela para cada santo. Eu toco sino, não querem me contratar?

Ivo Patias, que é meu amigo, disse que a atual administração de Jaguari estava falando bobagem. Outros ficaram brabos com o jornal que estampou as verdades. resumo: o tribunal confirmou o rombo nas contas e o cara que se meteu à besta comigo vai responder a um processo quilométrico.

O Expresso está quase pronto e vai trazer centenas de notícias pra mexer com os brios de muita gente, bem como é de seu feitio. Inclusive, trará o balanço da ExpoSantiago 2008, onde se nota outro rombo bem à maneira Bruno e Marrone. Em seguida, publico a charge da semana.

Brasil deve produzir vacina contra gripe A O ministro da saúde, José Gomes Temporão, afirmou que há tratamento para 50 mil pessoas, distribuídos aos estados. “O governo federal já está em contato com todos os laboratórios multinacionais que vêm trabalhando para a criação de uma vacina. A negociação atual é sobre preço e ofertas de doses”, disse o ministro. Ele relatou que o comportamento da doença tem sido, na prática, similar ao da gripe comum. Ele reforçou que a população deve procurar o médico de confiança ou do plano de saúde, ou profissionais da Saúde da Família, postos de saúde e UPAs ao sentirem os sintomas. Os hospitais devem ser reservados para os casos mais graves.