quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Quarta friiiaaa

Mais um dia frio que lembra o inverno recém-acabado. Mas o pior são as chuvas no Estado. Na região de Porto Alegre, há 40 anos não chovia tanto nesta época. Só tenho medo que falte pro verão.

Que engraçado, nem parece que teremos uma abertura de feira na semana que vem. Está tudo tão calmo...

Nós aqui estamos a mil com uma superedição sobre Os Melhores do Ano, a maior promoção social já vista na região. Aguardem só mais um pouco.



terça-feira, 29 de setembro de 2009


Minhas sinceras homenagens a essas mulheres maravilhosas que muito ajudaram na festa Os Melhores do Ano. Sob a chefia de Sandra Siqueira (esquerda) e de Suzana Lemes (centro), a festa teve o seu costumeiro brilho. Meu agradecimento também à Alessandra Rodrigues, representante do jornal em Jaguari e que, aí nesta foto, complementa o close das beldades da noite.
O gurizito aí no meio é meu filho, o Joãozinho Henrique que foi questionar o prefeito sobre as obras em seu bairro, o Zamperetti. E falando nele, nesta semana tive outra grata surpresa com esse menino, de apenas 11 anos. Ele tirou só 9,5; 9,8 e uns três 10 em seu boletim da 5ª série da URI. Eu sempre quis ter um filho assim.

Mudanças na segurança
e no trânsito santiaguense

Nesta semana conversei com o prefeito Júlio Ruivo e ele anunciou diversas mudanças no trânsito em Santiago: desde obras de asfaltamento, câmeras-vigias, estacionamento e abertura de saídas estratégicas para a BR 287. Boa parte das ruas centrais, incluindo as de acesso, receberão asfalto, a um custo de cinco ou seis mil. Boa parte do dinheiro virá do Estado.


Já as câmeras de segurança cobrirão uns 10 pontos buscando nos dar mais segurança e o estacionamento tipo parquímetro terá vaga para uns 700 veículos. São vários problemas que se resolvem todos quase ao mesmo tempo. Até o final do ano essas alterações estarão em prática, no mais tardar, no começo de 2010.

O que mais me chamou a atenção foi a futura abertura da Tito Beccon, cruzando o campo do deputado Marco Peixoto, ligando o centro com a BR 287. Se a ideia do vereador Nequinho em desviar o tráfego da frente do hospital por trás do Zamperetti já era boa, essa de abrir pela Tito é sensacional.


Embora triste por não poder fazer grandes obras ainda neste ano, o chefe municipal está esperançoso por saber que está mantendo a máquina pública nos trilhos graças às medidas aplicadas, com diminuição de salários dos secretários, com a despedida de estagiários e parte dos CCs. E o que é melhor, teve o apoio da comunidade, imprensa e até de parte da oposição.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Morte no hotel Glória

Acabou a autópsia do senhor encontrado morto no hotel Glória. Foi mesmo traumatismo craniano a causa da morte e o seu acompanhante tem uma ficha nada agradável.

O corpo de João Alexandre Mafra (76 anos) já está sendo trasladado para Itajaí (SC).
Mais detalhes no Expresso de sexta-feira.

Amanhã Jaguari será contemplada com um caminhão no valor de uns 200 e poucos mil, que servirá para a coleta de lixo urbano. É todo equipado com o compactador etc. O veículo faz parte do adiantamento da empresa que explora energia na barragem Furnas do Segredo.

Finalmente começamos a colher os louros dessa grande empreitada entre Guascor e o município de Jaguari.

A festa do ano







Edson Vargas e eu.



Olá, amigos. Depois de um final de semana muito agitado, aqui me tens de regresso. A festa Os Melhores do Ano mais uma vez foi de arromba. Cerca de 600 pessoas superlotaram o clube União para prestigiar o troféu mais cobiçado da região.



Agradeço imensamente à equipe que atuou na organização. À Sandra Siqueira e a seus colegas, ao Buffet da Cândida, à Mara Madalosso, à sonorização do Gerassom, à equipe do meu amigo Éldrio Machado e a tantos outros. Obrigado, AES Sul, à Assembleia Legislativa do RS e à Felice, pelo apoio.



Um agradecimento especial à Felice Automóveis que buscou todos em casa e, melhor, levou-os, já que na saída do clube era água que Deus mandava. Imaginem, ter que se deslocar até o carro a meia légua de distância...



Melhor é ir para casa de carrão, novo em folha e com a marca Fiat, da Felice. Obrigado, Elton Doeler, por mais uma vez acreditar na equipe do Expresso.



Parabéns aos grandes merecedores do título Os Melhores do Ano, que são os empresários, os líderes políticos e comunitários, os profissionais liberais. O sucesso nosso é o de vocês.



Parabéns aos agraciados com o troféu Gente de Expressão, que foram parar nas mãos do querido Édson Vargas - Revelação Musical, e do Marquinhos Peixoto, revelação política. E não percam a edição especial com toda essa cobertura.



Nas fotos, apenas alguns flashes do maior evento social da região. Vem muito, mas muito mais no Expresso.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

20 Anos de Jornalismo


Assumindo o comando

Foram dois anos com a redação a cargo da Sandra. De 94 a 95 ela comandou o espetáculo. Eu recebia as matérias e transformava tudo em 12, 16 páginas de Expresso, feitas em tempo recorde. Lá em Tupã, na redação de O Semanário, meu antigo emprego, eu tinha só uma noite e meio dia para lidar com o material que chegava de Santiago.


Depois de tudo editado às pressas e, enfim, nas páginas, eu ia a Cruz Alta imprimir o jornal. Lá pela madrugada tudo estava pronto.
Quando a data de circulação coincidia com minha futura visita à redação aqui na Terra dos Poetas, meio sonolento, pegava um ônibus para Santa Maria. Depois, outro para Santiago, onde chegava às três e meia da madrugada.


Descia na rodoviária levando nas mãos dois fardos com uns mil jornais. Chegava na redação, morada da Sandra, e dormia até às 8, 9 horas. Depois, o dia seria corrido. Precisava me informar das últimas, dar uns rumos à equipe e preparar melhor o material da próxima edição, pois era preciso aproveitar o fim de semana que iria passar em Santiago. Na segunda, pela manhã, ia embora para Tupã.


Deixava Santiago com o coração partido, levando na bagagem uma vontade louca de trabalhar mais e mais pelo Expresso. Entretanto, o meu amigo e patrão Renato Carvalho me aguardava na Terra da Mãe de Deus para dar continuidade em O Semanário. Essa rotina se seguiu até o ano de 1996, quando decidi vir em definitivo para Santiago. O Renato não queria, mas como eu havia deixado um substituto à altura do que o jornal exigia, nos resolvemos.


O Hélio Veiga aprendeu a profissão de paginador e lá ficou para seguir a linha que eu criei. Depois de alguns anos, já bem colocado em Santiago, me obriguei a regressar a Tupã por uma causa nada agradável. Fui dar o último adeus ao meu grande amigo Hélio, que morreu vítima da Aids. Para o Renato Carvalho e para mim, foi um baque muito forte, não para O Semanário, porque o nosso querido amigo tinha ensinado mais gente a fazer o jornal.

Voltando para Santiago, o tempo passava e nada do jornal decolar como eu esperava. O tripé da coisa não funcionava. Estava capenga por falta de investimentos, falta de apoio e, sobretudo, por falta de gente. Quando cheguei de mudança em 1996, trouxe mais reforço braçal.


O seu Mário, meu sogro, sua esposa Rosângela (Negra), seus filhos Maurício, a Sabrina (ainda menina) e, claro, a minha adorada Suzana e nossos filhos. O Fagner e a Fernanda. Um com sete e outro com dois anos. Conosco ainda veio a minha sogra Noemi dos Santos, pessoa doente que precisava ser amparada pelas duas filhas.

Tudo bem. Vamos encarar o Expresso de perto. Ele vai ter que render para todas as famílias. Combinamos fazer um caixa único e só pegar o básico. O resto seria investido no jornal. Menos mal que o seu Mário sempre trabalhou com pescado. Esse ofício, alicerçado pela habilidade de fazer qualquer coisa na área da construção civil e em outras tantas, permitiu-lhe um extra para levar a vida.

De cara, precisei saldar algumas contas contraídas pela Sandra em nome do Expresso. Era aluguel da redação vencendo, mais as contas de água, luz... Só não havia conta de telefone porque nós não tínhamos um. As poucas ligações que eram feitas partiam da Churrascaria Zuliane.


A Sandra se virava, mas não poderia fazer milagres. Ela ainda não era boa redatora e nem vendedora, que dirá administrar todas aquelas contas. Pobre garota. Sozinha, sem a família, agüentou por dois anos. Mas enfim, o socorro chegou e nos haveríamos de vencer.

A segunda etapa da luta teve início. Meu primeiro passo foi enfrentar os credores. Fui ao Mauro Nicola, dono da imobiliária responsável pelo imóvel da atual redação. Mesmo devendo, precisava alugar outra casa para morar. Falei da nossa situação, parcelei a dívida e ele me confiou mais um imóvel. Uma modesta casa junto ao açude da antiga Viação Férrea - bairro São Vicente.


Jogamos os móveis ali e baixamos a cabeça no serviço dia e noite. Na redação, apenas um computador que a Sandra e eu havíamos comprado lá em Tupã. Com minha indenização do antigo trabalho, comprei uma impressora. Com alguma sorte conseguimos uma sala (do seu Astrogildo Deponte) em frente à Rádio Santiago já com telefone.


A Sandra mudou-se para um apartamento acima da loja Kúbiça. O seu Mário se instalou no bairro São Vicente e de novo passamos a vizinhar.
Foram dias difíceis, amenizados pela força conjunta dos Siqueira e Lemes por um jornal que começava a melhorar e a ganhar mais leitores dia após dia. A diagramação ficou melhor.


Seguia em preto e branco, mas os contornos de um grande jornal já se vislumbrava, graças a minha maior dedicação. O local da impressão também mudou. Passou para a empresa Mercosul, de Sano Ângelo, onde imprimimos até hoje. Primeiramente, o jornal era mandado e regressava impresso pelo ônibus São Pedro. Até o pastor Aldo Dornelles nos emprestou seu carro para trazermos o jornal. Quando as coisas melhoraram, passamos a ir no opala do seu Mário.


Aliás, convém dizer, ele ficou por um bom tempo tendo esse ofício, de levar as provas em papel vegetal, prontas para a impressão, e de trazer o jornal impresso nas manhãs das sextas-feiras. Quando dava no jeito, ele ainda ia junto com seu filho mais moço, o Maurício, para os bairros acompanhar a entrega. Era o Expresso fazendo sua história. Era a família unida em torno do mesmo objetivo.

Sexta agitada

Nem falem comigo. Estou a mil com os preparativos da festa Os Melhores do Ano. Bem, em verdade eu apenas estou averiguando algumas coisas, pois o trabalho pesado já está todo feito, a cargo de uma grandiosa equipe chefiada pela amiga e colega Sandra Siqueira, coordenadora desse megaevento social.

É que o jornal tem me tirado o sono por estar tão recheado de notícias e anúncios. Isso me aniquila com o tempo. Menos mal que a equipe é grandiosa e todos são competentes, a ponto de me deixarem focado apenas no que mais sei e gosto de fazer.

Saudações especiais no dia de hoje para o CTG Coxilha de Ronda que festeja seus 52 anos. Meus parabéns a todos os sócios que há anos ajudam manter esta tão respeitada entidade tradicionalista.

Hoje à noite também acontece a festa da Brigada Militar, com seu festival de hipismo. Major Chaves está faceiro, eufórico com mais uma edição deste grandioso evento. Por ora, era isso. Todos manhã lá no clube União em mais uma festa Os Melhore do Ano.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009


O traçado dos farroupilhas

Mais um desfile farroupilha acaba e cena se repete. A avenida novamente ficou assim, esfarrapada na sujeira, terrivelmente malcheirosa, parecendo de fato o palco de uma revolução. Nada que os guardiões da limpeza não resolvam, afinal, ganham para isso, diriam alguns dos donos dos cavalos sujões. É fácil sujar os espaços públicos quando há gente também a serviço do que é público, recebendo dinheiro público para limpar. E no 7 de Setembro, quando o Exército dispôs de um guerreiro para o serviço "pesado", alguns ainda riram.

Mas cada cidade tem os sujadores que merece, a não ser que alguém determine que a situação mude nas próximas festanças farrapas. Ou os piquetes se encarregam da limpeza, ou temos que imitar os catarinenses numa lei, obrigando os donos a colocar fraldas nos animais. Isso mesmo, fraldas. Itapema (SC) já faz isso em nome do turismo, conforme registro do Expresso. Com a palavra, nossos destemidos farrapos vereadores.

20 Anos de Jornalismo

Vulmar Leite entrega prêmio ao Expresso (eu) porque, naquela época (1994) já foi considerado o mais lido da cidade. A pesquisa foi da empresa EMBOPP.

A guinada do Expresso e o
limiar das batalhas jurídicas

Numa de minhas visitas à redação, me juntei à Sandra num desespero total. Faltava o dinheiro para a impressão. E as gráficas não deixavam por menos. Sem o cheque (ou o faz-me-rir) o jornal não rodava. Naquela tarde passamos um dia horrível, buscando meios de seguir em frente. Quando foi umas horas, a nossa única máquina fotográfica havia sumido da redação. Me vi ainda mais acabrunhado.

Aquela máquina era a única ferramenta de trabalho. Eu a havia comprado com muito suor, trancado numa sala de fotolitagem lá em Ibirubá. Trabalhei mais de mês indo de ônibus às sextas-feiras fotolitar (passar as páginas para o filme, quando não existia paginação eletrônica) o jornal Visão Regional para receber a máquina como pagamento.


Era uma Zenit comunzinha, mas a primeira câmera profissional que manuseei. Que tristeza! A Sandra tentava me acalmar. Pensei em fechar tudo e voltar para Tupã ou Cruz Alta, onde eu tinha proposta (feita pela Teolides Antonello) para atuar como locutor da Diário FM, empresa onde havia trabalhado dois anos antes de vir para Tupã e Santiago.

Estava entrando em parafuso quando chegou a notícia de que, à noite, deveríamos comparecer a uma festa promovida pela empresa EMBOPP - que fazia pesquisas para apontar os líderes na preferência pública. É que o nosso jornal, prestes a fechar as portas, depois de dois anos de circulação, tinha sido apontado em primeiro lugar. Aquela notícia foi uma injeção de ânimo.


Lá se fomos, a Sandra, o Marinho e eu para receber o diploma de jornal mais lido de Santiago. Uma grande honra. Até discurso eu fiz em nome da imprensa. Nem sabia o que dizer de tanta emoção.

O prefeito era o Vulmar Leite, de quem ouvi as primeiras ameaças contra o nosso trabalho. Lembro até hoje como foi.


Depois de quase quebrar meus dedos num aperto de mão antiquado - velho costume que ele só largou há pouco, quando o Expresso falou que tal hábito era incômodo -, me olhou bem nos olhos e seguiu-se um diálogo que vale a pena relembrar.
- Eu mandei um processo lá para o teu jornal. Não sei quem é esse tal de Tio Maneco, mas você poderá encaminhar as coisas e distribuir contra quem de direito é a ação - me disse Vulmar.

-Como, doutor? Não entendi.
Falei em tom brando, mas já sabendo que o assunto foi graças a uma ‘paulada’ dada nele pelo velho Tio Maneco, o Manoel Loureiro, famoso na região pelo método direto de escrever e de dizer o que pensava.


O veterano da política e da poesia nativa, entre outras coisas, havia chamado o grande prefeito de Hitler (ditador alemão), denunciando uma ousadia dele quando deixou um grupo de servidores públicos esperando um tempão para tomar um chá com o prefeito. Isso no Dia do Funcionário Público.


O polêmico colunista também escreveu que Vulmar era perseguidor. Quem não lhe agradava por "A" ou por "B!", ele trocava de setor, rebaixando o cargo conforme a lei lhe permitia.
- Esse processinho, meu guri, é só um tiro de aviso, para você saber que Santiago não é como tu pensa - , falou Vulmar com seu dedo em riste, bem na minha cara.
Ouvi essa frase e me afastei lentamente, mas não sem antes dizer-lhe que fizesse o que bem entendesse.


Pois ao dar espaço ao seu Loureiro, lhe prometi que não lhe tosquearia nada de seus escritos. Precisava cumprir minha palavra. Disse também que, apesar do tiro de aviso, eu seguiria meu destino e esperava que ele compreendesse a nossa tarefa.

Após a festa, vendemos espaços a todos os premiados da noite e arrumamos verba para a nossa impressão. Na outra semana, na outra e na outra, ainda seguimos ouvindo os elogios por termos atingido a preferência pública.


Destronamos A Razão e o Correio do Povo em matéria de liderança e aquilo nos deu um aval para abraçarmos mais um pouco os desafios e elevarmos o conceito do jornal até para nós mesmos, desacreditados que estávamos perante o nosso próprio pensamento. Nos meses que se seguiram, tudo foi mais fácil.

Nunca esquecemos daquela noite por duas razões óbvias: a credibilidade, que dobrou pelo título recebido, e pela briga com Vulmar Leite, a qual iria se perpetuar por anos. Afinal, eu não tinha nada a perder. Estava no universo santiaguense para o que desse e viesse, e o Vulmar tinha um lombo enorme para bater.


Menos mal que ele provocou. Eu vi a chance de crescer em suas largas costas públicas, fazendo dele um bode expiatório para mostrar a força crítica do jornal. Deixando claro que o homem do PMDB, capaz de quebrar a hegemonia do PP em 1992, não vencera a sua própria vaidade dominadora.


Nossa equipe então ganhou essa tarefa, a de mostrar que ele não passava de um sujeito cheio de desconfiança, com mania de perseguição. Tanto pior para ele. Tanto melhor para nós, ora pois!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

20 Anos de Jornalismo


A jovem desbravadora

Assim que virou o ano de 1994, acossado pela falta de profissionais que topassem trabalhar no Expresso Ilustrado, pedi ajuda à Sandra Siqueira, minha cunhada que estava em Tupã. Queria que ela assumisse o controle da redação. A Suzana questionou:

-Como é que você vai levar essa menina para Santiago? O que vai ser dela, numa cidade onde não conhece ninguém?
-Vai aprender a ser alguém na vida! - respondi.

E a Sandra veio. Ficou longe da família, da mãe que era doente, dos amigos. Encarou o desafio aos 18 anos de idade. Sua morada acabou sendo a própria sede do jornal. Trabalhava de dia e, à noite, estudava no colégio Professor Isaías.


Deslocava-se a pé, do centro até próximo ao trevo e nunca reclamou. Nem de caminhar nem da pressão que sentia frente ao jornal. Quando a viam nos representando em eventos, uma insistente frase sempre vinha à boca da maioria:
-Mas quem está por trás? Ora se uma garota vai ser capaz de conduzir um jornal! Ainda mais em Santiago, uma cidade grande!

Assim, como aparecia gente para ajudar, alguns infames sempre tentavam tirar uma lasquinha, até querendo intimidar a jovem. Mas nada tirava a sua vontade de levar avante a nossa proposta. Lastreada na amizade, no trabalho e na força de vontade, seguiu em frente feito desbravadora numa floresta.


Ainda nos primeiros meses, o seu irmão, o Mário Siqueira Júnior (Marinho) veio morar com ela para ajudar no que soubesse. O guri virou jornaleiro, vendedor, cobrador. Mais tarde, a Denise Pithan começou a atuar como vendedora ao lado de Heloísa Pes (Issa). Denise, que havia sido colega da Sandra lá em Tupã, também passou a morar no jornal. Em seguida, outra amiga da Sandra se juntou ao pequeno grupo.


Era a Silvana Ribeiro, filha do seu Luiz Ribeiro, hoje vereador em Capão do Cipó.
Toda aquela turma se somou ao trabalho e aos colaboradores da época: Marcelo Brum, Roberto Ornes, Nélson Abreu, Manoel Loureiro - o Tio Maneco -, entre outros. Em seguida, o Leandro Molina. Este entrou na nossa história como um dos primeiros redatores.


Hoje, ele atua na Rádio Gaúcha, de Porto Alegre. Depois do Molina veio a Cristiane Salbego (hoje professora). Ela foi a repórter que mais permaneceu no jornal. Foram 9 anos. Só saiu quando se formou professora e resolveu lecionar, seu sonho desde a infância.

Com o passar do tempo, foram surgindo outros colaboradores: Paulo Bandeira (Rádio Santiago), o Éldrio Machado (hoje, relações públicas da prefeitura, na época, dono de uma serigrafia), Ayrton Flôres, Édem de Paula (Iguaçu FM), Lizandro de Almeida... Todos ajudavam de alguma maneira e incentivavam a turma na batalha.


Tantos amigos deram apoio à causa jornalística, dentre eles, Aritana, Alan e Bartira de Sá e a grande família Zuliane, da Churrascaria Zuliane. A dona Lenir e seus filhos fizeram amizade com o Marinho e a Sandra e se igualaram aos da família.


Até o telefone da churrascaria virou o telefone do Expresso, por pura bondade da dona Lenir. Naquela época, ter uma linha telefônica era coisa rara. A velha CRT não tinha linhas a oferecer nem às novas empresas. Quem quisesse, que alugasse um telefone ou comprasse, pagando muito caro.

Torraram nosso churrasco

Piquete Barão de Batovy, do 19° GAC. (Artilharia).
Um paulista morador de São Borja (Sandro Pacheco) sentou a pua no churrasco gaúcho. O fato de termos o melhor prato do mundo é uma farsa. São Paulo é que tem as melhores churrascarias. E lá a carne é melhor; suculenta e macia.


Aqui só existe carne dura, explica o paulista em Zero Hora. "E os nomes das churrascarias paulistas ainda são alusivos aos gaúchos: Haragano, Potência do Sul, Estrela dos Pampas, consolidando a mentira". Por isso, ele pediu transferência para seu Estado e acha que vai conseguir, pois não há pena perpétua. E já que alguns querem tornar o RS independente, ele sugere que levem o Paraná junto, ou morremos de fome.

Brasa pro nosso assado - Já que esse Paulista meteu a brasa no seu assado, vou puxar um pouco para o nosso. Não sei no estado, mas em Santiago, considerada a "capital do churrasco" tem carne da boa. É só ir no mercado Bazana, na Tritícola, no Guasso ou Zamperetti... Se preferir, conheça o matadouro Sagrillo, cuja carne nem precisa mastigar, como o proprietário costuma dizer. Se preferir ela pronta, passe no Restaurante do Mário ou na Churrascaria do Batista. Bom apetite.
Faça bonito na
festa do Oscar

Neste sábado Santiago vai parar e aplaudir Os Melhores do Ano, festa com a marca da Agência Oficial e do Expresso Ilustrado. Você quer fazer bonito na festa do Oscar? Não esqueça de ajustar sua roupa. Ternos com ombros muito largos, muito apertados ou grandes demais não são os mais elegantes. As mangas, por exemplo, não podem ser muito longas, que cubram metade das mãos.

Aos de pouca estatura:

Homens de pouca estatura devem prestar atenção ao comprimento do blazer. Nunca deixe ultrapassar a linha das mãos. Para não errar, faça o seguinte: deixe os braços ao correr do corpo e dobre os dedos para dentro. A barra do seu casado deve ficar entre a palma das mãos e os dedos. Esta dica vale também para as mulheres que gostam de cuidar dos maridos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Frescura assisense


Conversei com meu amigo Jairo Oliveira, nosso representante em São Chico e soube que tá feia a coisa pro lado do ex-prefeito e atual vice-Ademar Frescura (PP).


O Tribunal não aprovou suas contas e agora ele depende dos votos dos vereadores, precisando até de alguns membros da oposição, os quais já deram pra trás e desmentem versão de que ajudariam o baixinho.


O parecer fica para ser votado na outra semana, pois o progressista Fábio Paz pediu vistas, ou seja, querem ganhar tempo para ver se conseguem obter maioria na casa e, finalmente, salvar as próximas candidaturas do ex-prefeito.


O bom mesmo foi a bomba que o Expresso trouxe na semana anterior, dizendo que as coisas estavam nesse nível e contando algumas das irregularidades cometidas por Ademar.


Ele não gostou nada disso, mas para nós, do Expresso, tanto faz como tanto fez. E nessa vem muito mais, já que não somos favoráveis a vereadores que passam a mão por cima daquilo que o próprio Tribunal já apontou.

Viva o esporte e a saúde


Inda há pouco recebi a notícia de que o gramado do estádio Alceu Carvalho será trocado inteirinho, isso porque o deputado Marco Peixoto interveio junto ao governo gaúcho e conseguiu 30 mil. E não que o baixinho também arrumou mais 100 mil para um PSF no Alto da Boa Vista?

Isso tudo, além dos 2 milhões que ele já havia requisitado no governo, conforme notícia do Expresso da última edição. Eu quero ver no dia em que ficarmos sem representação política, como é que vai ser...


Ontem reiniciei os trabalhos com bola, jogando contra um time organizado pelos colegas aqui do Expresso e alunos da URI, dentre eles os amigos César, Gean, Éverton, Divaldo.


Meu time perdeu o jogo. Era mais fraco, mesmo assim, a dupla Lemes & Taborda deu trabalho eh,eh,eh... Nos aguarde, Ruyzão, pois ainda vou levar o Careca e o Tonho.

Comentário

Ontem eu falava dos nomes pronunciados errados na mídia nacional, como prefeito eleito e prefeito em exercício. A jornalista Nívia Andres, sempre atenta aos fatos e a este blogue, mandou-me o seguinte comentário, acertadamente, por sinal.

Prezado João: Só para contribuir, a expressão "prefeito eleito" é utilizada sim, logo após as eleições, porque o prefeito ainda não foi diplomado e não tomou posse. Quando o vice-prefeito assume, por impedimento qualquer ou férias do titular, usa-se a expressão "vice-prefeito, em exercício". São termos técnicos que a maioria desconhece.Um abraço, Nivia.

Ok, cara Nívia. mas no caso do prefeito não ter sido diplomado, não seria correto dizer "prefeito recém-eleito"? Obrigado pela participação.

É primavera...


A primavera chega com a esperança de termos vencido a gripe A, a qual matou três em Santiago (confimados), mais uma grávida, da qual não foi colhido o material para exame. Na região, houve uma morte em Bossoroca e outra em Rosário (confirmadas). Não há mais casos suspeitos, porém a prevenção deve seguir intensa, alertam os médicos.

Em tempo - A família da vítima de Bososorca entrou em contato com o Expresso dizendo que ela não tinha o vírus da gripe A, mas a secretaria da Saúde estadual confirmou o contágio.

20 Anos de Jornalismo

Este que vos fala e o cantor Latino. Ainda quando a redação era bem modesta.

Os primeiros meses de 15 anos

Fazer notícia impressa para Santiago em 1993 era o que se poderia chamar de "faca de dois legumes". Se por um lado a evidente falta de um jornal local abria a brecha para se instalar, por outro, a ausência desse mesmo jornal local trazia a falta do hábito.


Pior: a falta do crédito em um periódico da terra. Justificativa mais que contundente. Foram mais de 20 jornais que fecharam as páginas e as portas antes do Expresso. O que mais aguentou foi O Popular, dirigido pela família Pozo. Atingiu 29 anos.


E se não me falha o pensamento, arrisco a dizer que o matutino fechou porque trocou de dono. A pessoa que o comprou ontribuiu para a sua falência quando mudou seu nome, sepultando uma bela história familiar. Mas, enfim, o Expresso nascera abaixo de tempo feio - como diria o tio Valdomiro.

De início, quem comandou a redação, instalada no prédio onde hoje funciona a Padaria Fronteira, foi o meu amigo Rinaldo Lunardi, radialista lá de Tupanciretã, cidade onde eu também seguia atuando em O Semanário.


Nesses primeiros meses, minha presença em Santiago era coisa de visitante. Eu vinha apenas uma ou duas vezes ao mês, de ônibus - quando tinha que trazer o jornal - ou tripulando a velha CG 125 pela estrada de terra que separava Tupanciretã da nossa sede.

Nas raras visitas que fazia a Santiago, corria de um lado para outro tentado sintonizar os acontecimentos. Precisava ver quem era quem e, ainda, tentar vender alguma propaganda ou assinatura. Até a entrega do jornal eu fiz. Quando chegava nas residências, o meu disfarce era um boné rente aos olhos. Não que eu não gostasse do ofício. Trabalhar sempre foi minha felicidade.


Meu receio era o de ser reconhecido como diretor. Alguém poderia pensar que a empresa fosse só uma ou duas pessoas, o que detonaria uma impressão de fraqueza. As pessoas não gostam de apostar em time fraco. Essa que é a verdade.
Foram tempos muito duros. Em Tupã ficava a família.


O Fagner pequeno, a Fernanda recém-nascida e a Suzana enfrentando problemas de toda ordem. Mas havia o conforto de saber que a Suzana, a Sandra e o seu Mário torciam por este obstinado, no qual, poucos acreditavam. Uns, ao me ver oferecendo uma propaganda ou assinatura, diziam: Passe daqui a um ano.


Se o jornal sobreviver até lá, eu assino e, quem sabe, até anuncie minha empresa. Essa frase foi dita por tantos, até por Alberto Ritter, dono do antigo supermercado Ritter. Eu não lhe tirava a razão por agir assim.


Foram tantos os fracassados antes de nós. Por que um jovem de cabelos compridos iria fazer um jornal dar certo aqui? Hoje, se o seu Alberto fosse vivo, teria compreendido a proposta que lhe fizera e estaria orgulhoso por ter apostado num veículo que revolucionou a imprensa escrita e reensinou muita gente a ler.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Locutores, báh...

Hoje ainda estava escutando algumas de nossas rádios. E antes que digam que eu só sei falar mal, ouçam vocês mesmos e me digam se não tenho razão. Muitos locutores não falam certo nem o nome dos patrocinadores... Vejam alguns dos erros que ouvi.

Não direi em quais rádios, pois os patrocinadores que pagam por esse serviço devem saber onde estão saindo seus comerciais e, provavelmente, já notaram o erro, como por exemplo: Erva-mate "San" Gabriel, farmácia Home "ofito" (correto: Homeo & fito), e farmácia São "Liandro".

Locutores, báh...

Hoje ainda estava escutando algumas de nossas rádios. E antes que digam que eu só sei falar mal, ouçam vocês mesmos e me digam se não tenho razão. Muitos locutores não falam certo nem o nome dos patrocinadores... Vejam alguns dos erros que ouvi.

Não direi em quais rádios, pois os patrocinadores que pagam por esse serviço devem saber onde estão saindo seus comerciais e, provavelmente, já notaram o erro, como por exemplo: Erva-mate "San" Gabriel, farmácia Home "ofito" (correto: Homeo Efito), e farmácia São "Liandro".

Sobra de guerra


Olá, amigos. O dia passou voando, não é mesmo? Mas queria dizer a vocês que o 20 de Setembro estava ótimo, fechando mais uma Semana Farroupilha. Na avenida, em Santiago, muitos cavaleiros exibindo seus dotes, alguns sofrenando o animal para que este, esfogueteado, pulasse de um lado pra outro.

No fim das contas, ficou aquele mar de cocô na bela avenida, sem que ninguém ousasse arcar o lombo para limpar os destroços. O Expresso estava lá e registrou tudo. Até isso, o desleixo do povo gaúcho.

E, no palanque, a agregada das falas esqueceu que o Chicão era homenageado em âmbito municipal, não "em nível municipal", que é outra coisa. "Em nível de" se usa para nivelar: Chicão foi um prefeito de nível internacional. Só assim... Vai ver ela pegou o texto pronto do pessoal da secretaria de Educação.

Outro erro bagual que a imprensa toda comete é sobre os políticos. Logo após as eleições sempre aparece um Lemes para dizer: "Eis o prefeito eleito". E os outros, não foram eleitos?

E há ainda uma asneira de igual quilate. No caso do vice assumir o posto principal, dizem, "O prefeito em exercício". Ora, mas e o outro não está fazendo nada? O correto, aí, seria: Vice-prefeito no exercício do cargo de prefeito ou, simplesmente, "O vice no cargo de prefeito".

Os preparativos estão a todo vapor aqui no Expresso para mais uma festa Os Melhores do Ano. Vai ser outro espetáculo regional, com show em nível nacio... opa! Com show de nível nacional. Ivo Pessoa, finalista do Fama, da Rede Globo estará entre nós neste sábado.

Incrível! Graças às festas do Expresso, o comércio vende cargas de roupas, ternos, vestidos, sapatos. Ligamos pras lojas hoje e poucas ainda têm alguma coisa. Na Polo da Moda, por exemplo, um novo estoque está chegando. Então, até sábado ainda dá para comprar o seu traje.

Era isso, meu povo. Por ora ficamos assim. Agora vou à academia e depois temos um futebolzinho. Vou ver se meu joelho abichado permite. Lembrando que no último domingo almoçamos na Vale In Fiori. Parabéns ao Jorge Viero e à sua equipe pela grande festa gaudéria.

sábado, 19 de setembro de 2009

O sucesso não é por acaso

Estou por casa na minha costumeira leitura e observando os fatos. E chega de chuva! Hoje, apesar do friozinho, o dia está lindo, tipicamente primaveril, preludiando a estação das flores que vem aí.

Estava pensando: em Santiago existem uns radicais que não aceitam críticas. O pessoal da Expo, por exemplo. Por causa do salário (possível) ganho do presidente da feira e de algumas coisas que resolvemos indagar, ficaram todos de cara virada com o Expresso.

Ainda sobre a feira, essas pessoas, com seu radicalismo, não estão afim de divulgar muita coisa no nosso jornal, esperando que assim as críticas irão cessar. Que nada, o beiço duro, a cara torcida, só nos prova que estamos certos, pois os objetivos foram alcançados.

E não esqueçam do que eu sempre digo: o cargo de você passa, o jornal permanece. Foi assim com tantos e assim é que vai ser, pois a INDEPENDÊNCIA tem lá seus percalços, mas o final é sempre gostoso.

Na semana que vem mesmo, o jornal vai parar Santiago para sua festa Os Melhores do Ano. Prova da seriedade e aceitação pública.

Nunca nesta cidade e talvez em todo o Estado, os convidados de uma festa foram buscados em casa, com motorista e tudo. E com carro do ano.

E aqui vai o meu abraço ao Elton Doeler e a todo o pessoal da grandiosa Fiat que mais uma vez acreditou no trabalho do Expresso e da Agência Oficial.

Estes empresários sim são inteligentes e sabem que os grandes devem andar de mãos dadas, pois o sucesso não vem por acaso.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Só as boas


Fiquei forapor umas horas. Não estava fácil a edição do Expresso, mas, enfim, os exemplares estão todos distribuídos na região, consolidando o jornal com suas cores, seu conteúdo e com seus colunistas de peso.

Hoje tirei a tarde para cuidar da minha carteira de motorista. Ela acaba de vencer e, para renová-la, exame médico, fotos, prova, gastos. Menos mal que já está tudo encaminhado, até meus estudos sobre o Código de Trânsito. E, cá pra nós, que bom que é assim, que temos que fazer provas novamente.

Também fui ao médico, o dr. João Luiz Azambuja. E não é que ele me mandou usar óculos? Isso mesmo, mas só pra ler as letrinhas miúdas dos contratos eh,eh,eh. Para o resto, estou 95%, o que é muito bom. Mas verdade seja dita: Tô ficando velho.

Esta Semana Farroupilha está sendo diferente para mim. Sempre critiquei os gaúchos de ocasião, tirando sarro de suas bombachas "pega-pinto", das suas manias de quererem ficar pilchados só nesta época.

Pra minha surpresa e alegria, meu filho mais velho só anda de bombaha aqui em casa e todas as noites quer ir aos CTGs. Logo no que eu menos gosto, que é do Coxilha. (A patronagem de lá não vai com minha cara). Aí, tive que morder a língua vendo o guri tão traquejado.

Bem como disse o Davi Vernier nas páginas do Expresso. Mesmo sendo gaúcho de temporada, é melhor que fazer outras cositas por aí. Confesso a vocês: tô com o Davi, tô com o Fagner. Mas que é bom tirar sarro dos gaúchos de temporada, isso é...

E pra encerrar, convido vocês apreciarem essa maravilha da natureza. Os ipês. Na rua da minha casa está cheio deles. Todos os dias vou pro trabalho pisando nas flores que estão sempre a enfeitar meu trajeto. Não ficou romântico?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Deus e o Diabo na terra


Vejam o que as pessoas pensam sobre o nosso trabalho. Primeiro, essa foto de uma senhora assisense apaixonada pelo Expresso. É a dona Hormy Freitas da Silveira, que completou 84 anos. E fez até um quadrinho com a reportagem dela.


Depois, vejam este comentário sobre o texto que postei a respeito de José Alencar, o qual está preparado para morrer.


"É só vc aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente salvador em sua vida... Foi isso o que nosso vice-presidente fez, por isso, essa fé e força que vencem a morte. Ele sabe que já têm a maior promessa de Cristo em sua vida, a Salvação (vida eterna com o Pai)."


Agora este, de um vereador em São Chico:


Fábio Paz Martins fez uma crítica sobre a charge (fotofofoca) publicada na última edição do Expresso. "Parece que tem alguém querendo diminuir nosso município. Em vez de divulgar realmente o que fomos fazer em Cacequi, preocupam-se em criar charges."


"Sempre fiz, sempre vou fazer, e não vai ser o Expresso que vai me impedir. E se algum vereador quiser tirar diárias para cavalgar eu não sou contra", desabafa o vereador Paz.

Agora, o último deles, escrito por nossa equipe:


300 mil em 4 anos - O Expresso faz essas críticas porque a Promotoria manifestou desejo de entrar com uma ação de devolução das diárias mal gastas pelos vereadores assisenses, algumas, até para cavalgar sim senhor! No total, eles gastaram mais de 300 mil em quatro anos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Viva o Rio Grande!


Paixão de peão é boi, de violeiro é viola;
dor de amor que se foi, só outro amor consola;
banana só dá no cacho, melancia dá na rama;
minha paixão é aquela fruta gostosa que dá na cama...


Que chuvarada, meu povo. Vamos virar sapos. Pior é em Uruguaiana e São Borja. O rio está acima do normal uns oito metros e a previsão diz que vem chuva às pamparras. Vai chover em dois dias a média do mês inteiro.


Por aqui, só festejos e charques. Até meu filho que nunca foi de ir a CTG, ontem ficou até tarde num deles. Hoje me pediu pra comprar botas e bombacha para ele. Vejam só! Tomara que não seja gaúcho de ocasião, que eu tanto critico eh,eh,eh.


Esta charge aí é um presente ao leitor do blogue. Uma mostra aqui da casa para relembrar a cultura gaúcha. E já que falam tanto em carreteiro, eis um legítimo, o verdadeiro original de fábrica.

Bom dia, amigos


Preparado pra morte

Há três anos o vice-presidente do Brasil vem lutando contra um câncer de intestino. José Alencar, 77 anos, vive num constante entra-e-sai de hospitais na ânsia da cura para esse mal que aflige a tantos brasileiros, aos quais ele estende uma mensagem. A de que tornou-se uma pessoa muito melhor, pois o sofrimento é enriquecedor.

"Estou preparado para a morte, a qual pode ser um prêmio para mim. A morte consciente é melhor que a repentina, mas isto não significa que deixei de lutar. A luta é um princípio cristão. Vivo cada dia de forma plena porque nem o melhor médico do mundo seria capaz de prever o dia da minha morte. Isso cabe a Deus".

Como bem frisou o jornalista Márcio Brasil, "Tudo na vida é uma transformação, tudo é um aprendizado". E eu espero estar experimentando isso ao ler sobre pessoas como José Alencar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A revolta dos estagiários

Alguns ex-estagiários da prefeitura de Santiago enviaram cartas ao Expresso queixando-se de que estavam revendo seus planos, pois ficaram desempregados. Muitos tiveram que adiar viagens, casamentos etc. Outro leitor contraponteou essas queixas da seguinte forma.


"Será que esses estagiários não se deram por conta de que o tipo de contrato mantido com a prefeitura era provisório? Queriam casar e viajar mamando nas tetas da prefeitura? Bem fez o prefeito de mandar essa gente cair fora. Quem se complica é a prefeitura se os mantiver, ainda mais com a nova lei que prevê estágio de, no máximo, seis meses em cada local. E se eles quiserem estabilidade, que estudem e façam concursos públicos." (Jane)

Gaúcho de ocasião


Em tempos de gauchismos, muitos querem andar desfilando bombachas por aí. Até neguinho que nunca entrou numa pilcha, dá um jeito e vira "gaudério de ocasião".

Eu prefeito andar de calça apertada mesmo a posar de gaudério uma vez apenas no ano. Entretanto, há exceções. Vejam esta foto e me digam: será que os prefeitos Froner, João Mário e Júlio Ruivo não tiveram tempo de comprar uma pilcha pra ir ao ato solene da Chama Crioula?

Comentário


Mas olha se o Pinheiro não parece guri de calça nova de facero!!!
Andréa Bolzan.

Mas esse cara da Consolta que criticou o prefeito João Mário nem sabe das coisas. Vai lá pra ver que o prefeito vai até com seu carro em viagens para economizar para os cofres municipais. (Anônimo).

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um pito

Lendo a coluna do amigo Froilam, notei sua observação de que os erros são uma constante na vida da gente, mais ainda no jornalismo. E quem mais escreve, mais aprende e mais erra também, diante de uma coisa óbvia: arrisca-se mais. Faço este comentário só pra lembrar que a assessoria do festival local, ou da feira e Centro Empresarial, mandou a lista das músicas classificadas ao jornal.

Não poderia estar frisando isso, pois é um milagre alguém de lá mandar algo ao Expresso, embora sejam pagos com o dinheiro dos associados da entidade, mas não me aguentei ao ver a música e quase hino, de Nenito Sarturi, ter mudado de nome: a partir de agora chama-se "Um Pinto". Ao saber disso, o dono da letra deveria dar um pito era na pessoa que errou a listagem.

Entre amigos


Esta divertida turma animou a noite de sábado. Não faltaram o bom bate-papo e alguma geladinha, porque ninguém aqui é santo, padre nem pastor. Entre os amigos destaco: Mário Lúcio, Justino Almeida, Menna Barreto, Rodrigo Monange (segurança da indiada eh,eh,eh - esse pequeninho aí atrás), João Pinheiro, Júnior e Ricardinho. Dia 20 tem de novo!


Falando em amigos, meus parabéns ao Diniz Cogo, por ter passado na prova da OAB. É o mais novo advogado santiaguense.
Veloterra em Jaguari

Acabo de receber o contraponto sobre o Veloterra em Jaguari, cujo evento está sendo bastante criticado por alguns cidadãos jaguarienses, como há pouco publiquei aqui neste espaço. Leiam agora o que diz a assessoria do prefeito João Mário.

Estimado Amigo João Lemes
Tenho como ato cotidiano aqui na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Jaguari ler o seu blog, assim como dos demais colegas da imprensa, pela admiração que tenho pelo trabalho de todos, e também para que eu fique por dentro dos acontecimentos de nossa região.

Fiquei surpreso, no entanto, com um comentário postado em seu blog pelo cidadão denominado Paulo Rocha, aqui de Jaguari. E para que o estimado amigo e o cidadão, fiquem bem informados da questão, relato o seguinte:

O Veloterra aqui em Jaguari realmente iria acontecer em agosto, dentro da programação de aniversário do município. O evento aconteceria numa promoção do Clube Caça e Pesca, com o apoio da prefeitura. Grande parte do custo do Veloterra, seria bancado por patrocinadores, portanto, sem nenhum custo aos cofres municipais.

Todavia, o evento foi suspenso em função do Decreto de Alerta da Gripe A. Agora, com o Decreto de Contenção dos Gastos da Administração, não há nenhuma chance de o evento vir a acontecer em nossa cidade. Ele pode até estar agendado pela Federação da categoria, mas se depender da decisão da administração municipal, não irá acontecer mais. A não ser que alguma entidade assuma a responsabilidade de sua realização. Assim, quem deu tal informação ao senhor Paulo Rocha, está totalmente desinformado.

De outra parte, gostaria de informar ao amigo e ao senhor Paulo Rocha, que não existe nenhum pedido do bairro Consolata que deixou de ser atendido pela administração municipal tendo como desculpa a dívida herdada pela administração anterior. Pelo contrário, todos os programas voltados às famílias de baixa renda: PIM, AABB Comunidade, e outros programas sociais, buscam sempre contemplar a comunidade deste importante bairro do município, assim como os demais que necessitam da ação do Poder Público Municipal.

Também gostaria que o cidadão em tela, ficasse totalmente tranqüilo com relação ao atual governo de Jaguari, pois não existem dois discursos, ou seja, um na teoria e outro na prática. Pelo contrário, existe uma identidade no que falamos e fizemos, e acima de tudo, muita vontade de trabalhar pela comunidade, mas em função de uma crise geral que atinge todos os municípios gaúchos e brasileiros, são poucos os recursos para investimentos.

Cabe informar ate, que o prefeito João Mário, inclusive, tem dado ele próprio exemplo de contenção de gastos. Nas viagens que faz a serviço da prefeitura (Santa Maria, Porto Alegre, enfim...) tem usado seu veículo particular, pagando também o combustível do seu próprio bolso.

Sugerimos ao senhor Paulo Rocha, que ao invés de escrever comentários na imprensa, dê uma chegada na prefeitura para se informar da realidade das ações do Poder Público Municipal. Com certeza, o prefeito João Mário terá o maior prazer em receber o ilustre cidadão, pois buscamos o fortalecimento das potencialidades humanas e naturais de Jaguari, e para isso a participação comunitária no entendimento da atual administração municipal, é fundamental.

Por fim, gostaria de agradecer desde já ao ilustre jornalista João Lemes, que nos permite através do seu blog, que possamos bem informar e esclarecer à comunidade jaguariense.
Jornalista Miguel Monte - Assessoria de Comunicação-Prefeitura de Jaguari-RS.

sábado, 12 de setembro de 2009

Sábado triste

Este sábado triste, emburrado, cinzento, reflete muito bem a tristeza do "ex-prefeito" de Unistalda, o Moisés Gonçalves, "recém-cassado."

Hoje ouvi sua entrevista à Rádio Santiago. Disse que não quer culpar ninguém, mas que um certo escritório de contabilidade foi o causador do transtorno aos unistaldenses, pois sua cassação se deu porque as contas não fecharam. Imaginem se ele quisesse achar culpados...

E o velho Vulmar Leite está de novo na ativa e com a língua mais afiada do que nunca, a desentocar antigos queixumes e recalques dos mais diversos. Uma pena, pois um homem da sua capacidade política, não deveria ficar alimentando essas malquerenças, as quais, creio eu, vai levar para o túmulo.

Em tempo - E já que entende tanto de imprensa e de venda de anúncios, por que não muda de profissão e conserta todos os veículos de comunicação que são contrários ao seu modo de pensar? São por essas e outras que este é um sábado triste.

20 Anos de Jornalismo



Nasce o Expresso em Santiago

Transcorria o ano de 1993. Mesmo morando em Tupã, seguia fazendo jornal para fora, até que um dia, me chega o jornal do famoso Júlio Garcia, a Tribuna de Santiago, talvez o primeiro jornal de Santiago com o qual eu tive contato e o último também, fora o Expresso. Se bem que vários outros jornais aqui da nossa bela terra nasceram com uma certa mãozinha do Expresso, mas essa parte eu conto mais tarde.

Ao fazer o jornal do Júlio Garcia (e como eles, "os júlios", gostam da comunicação, de fazer jornal, rádio, internet, não é mesmo?) me vi, sem querer, sabendo dos fatos da bela Santiago. Percebi que o veículo poderia ser mais popular e com menos notícias políticas. Mais tarde, soube que seu dono era filiado ao PT. Admiro essa sigla, mas jornalismo e política partidária não combinam muito bem. Pelo menos, eu penso. Mas o Júlio Garcia era dedicado, apaixonado pela escrita. Um lutador. Estava tentando manter o seu jornal.

Essas coisas todas juntadas a minha vontade de sair de Tupã e comandar meu próprio negócio me deram forças e convidei um amigo, o Ronaldo Machado Salles para ser meu sócio, e nos tocamos para Santiago naquele mesmo ano. Meu convite ao jovem se justifica: ele era muito alegre e tinha uma moto CG 125.

Na chegada em Santiago, as indagações.
-O quê? Vocês querem fundar um jornal aqui? Nós já temos o Correio do Povo, Zero Hora, A Razão... Não precisa outro - diziam.
-Sim, queremos que esses jornais sigam servindo à comunidade. Só buscamos implementar o jornal local, forte e atuante - argumentava. Todavia, a aparência não inspirava confiança.


Quando eu não andava de táxi com o amigo Ronaldo, estava na sua moto, com aquele cabelo comprido e uma cara aparentando, modéstia à parte, uns 20 anos. O João Lemes era um perfeito moleque. Um guri que não tinha nem dinheiro para pagar um pernoite de hotel e nem para algum jantar ou almoço mais substancial.

Nas vindas para Santiago, vivia pousando em casas de amigos e comendo xisburguer na praça. Depois que recolhia as informações, pegava os 130 km de terra pela 377 que me levariam à Tupã, onde o Semanário me aguardava para ser editado. Depois eu faria o Expresso e retornaria a Santiago na próxima semana e, assim, sucessivamente. Parecia a rotina "Tupã - Cruz Alta - Salto do jacuí - Tupã." Sim, mas dessa vez não haveria estresse. Afinal, eu aprendera a lidar com esse bruxo. E como!

Me lembro como se fosse hoje. Cheguei na Câmara de Vereadores e encontrei os amigos Paulo Bandeira, assessor de imprensa, Nélson Abreu, Tito Beccon e Vilmar Rosa (vereadores), Olavo Sobrosa, assessor de bancada e tantos outros, que atuavam sobre a batuta do grande presidente Paulo Menges.


Agradeço a todos eles pelo apoio e crédito que me atribuíram à primeira vista, mas quem me ajudou, de fato, foram o Paulo Menges e o Paulo Bandeira. Um acreditando no meu trabalho, sendo o primeiro a publicar a resenha legislativa; e o outro até fez matérias para o jornal.

Foi o Paulo Bandeira, grande locutor da Rádio Santiago, quem nos apresentou à Heloísa Pes (Issa), nossa primeira vendedora de propaganda, lá no antigo W Bar, do amigo Édson Lambert (Barnabé).


Foi Olavo Sobrosa o primeiro a nos oferecer sua residência para pernoitarmos e foi ele também quem nos levou ao programa Olho Vivo para sermos entrevistados por Jones Diniz, outra figura que admiro muito.

Mais tarde, conheci Itacir Flores, Marco Peixoto, Chicão, Roberto Ornes, Marcelo Brum, Valdir Pinto, Valtenor, Lisandro e Mateus de Almeida, Ayrton Flôres, Éldrio Machado, Leandro Molina, Décio da Costa e tantos outros que me estenderam a mão e colaboraram com o nosso investimento, com a nossa idéia, com a minha família...


Obrigado. Vocês também foram responsáveis pela minha jornada e a da minha equipe em favor do jornalismo impresso.

Denúncia em Jaguari

Prezado João Lemes.

"Quando li que a prefeitura de Jaguari iria pagar mais de 16 mil por um veloterra, fui atrás para verificar se era verdade. Para minha surpresa, era. Quando chegamos na prefeitura, antes de entrarmos, já tinha gente nos dizendo: - Não tem dinheiro pra nada, pra nada. Herança do Patias. Agora, fico sabendo que tal evento de 16 mil está agendado pra outubro. E nós, aqui da Consolata, sem recursos pra nada. Que saudades do Ivo Patias.

Gostaríamos de dizer pro prefeito atual que ele tem dois discursos e, assim, não irá muito longe, ou será que tem alguém levando algum nisso tudo?
Paulo Rocha - morador da vila Consolata.
Por favor, Lemes, o Expresso é nossa única voz. Coloca no jornal pro povo saber como é tratado."

Publico este comentário para que o prefeito João Mário providencie o seu contraponto para a próxima edição do Expresso.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 de setembro

Sexta, 11 de setembro. Data terrível pros americanos. Terrível também para o prefeito Moisés - Unistalda, que caiu hoje.

Nós, aqui longe de tudo e até dos ventos fortes que fizeram burro trocar de invernada em SC, vamos levando a vida, ora tristes, ora felizes. Mas como frisou Márcio Brasil em sua coluna do Expresso de hoje, tudo é lição, tudo é transformação.

Não quero ser "equilibrista" e acender uma vela pra cada santo, como muitos fazem, mas me cabe fazer justiça e elogiar também a coluna do outro colega, o Denilson. Se o cálculo dele sobre os estagiários procede, a sua coluna de hoje ficou fantástica.

Falando nisso, como será que anda a simpatia do Ruivo frente à população, frente aos seus métodos de administrar, na base do corte das cabeças?... Como sempre, deve estar desagradando a quase meio mundo, mas agradando ao resto, que é bem maior.

Ruivo, entre altos e baixos, entre uma tesourada aqui e acolá, acabou mesmo foi ganhando a mídia. De repente, todos deram-se por conta que o governo local mudou. E como! Decididamente, ele não é o Chicão.

Nosso Expresso ficou nota mil. Sei que minha observação não vale muito, mas como sou dedicado de corpo e alma à essa cachaça que é o jornalismo, não me aguento sem tecer um comentário. E se não tivesse ficado a meu contento, vocês sabem, ficaria quietinho, quietinho...

Só estou um pouco triste pelo prefeito Moisés. Não merecia ter sido cassado. Um baita cara, um baita administrador. Pena que sua campanha foi muito mal conduzida. E a justiça é soberana. E pelo que sei, o juiz Rafael não brinca em serviço. Vejam, sua decisão ganhou unanimidade lá em cima e derrubaram o unistaldense.

Quanto às passeatas em Unistalda, fazem parte da democracia. Moisés não deve dar bola para isso e o jeito agora é dar a volta por cima, mostrando para todos que é na fumaça que se conhece o homem. Não te mixa, Moisés.

Volto amanhã. Feliz 11 de Setembro a todos.

20 Anos de Jornalismo

Hoje, 11 de setembro, vou contar da minha queda.

A recaída

Me considero um homem determinado, que adora desafios, e fazer o jornal do Renato (Pelica) era uma grande e divertida luta. Não havia nem máquina fotográfica à disposição, que dirá um computador. Hoje o Semanário tem de tudo. Sem falsa modéstia, foi a minha família quem ajudou o Renato a dar os primeiros passos no mundo tecnológico.

A começar pelo computador, a Sandra e eu tivemos que nos meter na compra e garantir parte do pagamento. Fizemos uma espécie de sociedade com o patrão e, no fim, deu tudo certo. Não me arrependo disso. Foi outra boa experiência. Só que, antes disso, era na cola, na tesoura, na química para revelar. Eu não tinha nem um veículo para sair atrás dos fatos. Dependia de ônibus, de carona e das minhas pernas. Tempos bons.

Como o meu tempo era escasso e nos fins de semana precisava trabalhar no meu jornal, no Expresso, em Salto do Jacuí, acabei ficando sem poder descansar, daí aquele estresse medonho. Assim que pude me recuperar desse mal, veio outro pior, a dita depressão, por circunstância dos medicamentos usados, creio eu. Dizem que reviver o passado é sofrer duas vezes, nem por isso deixarei de contar que passei muito mal. Quizera morrer.

Cada alvorecer representava uma tortura a mais. Hoje eu sou capaz de medir o que sente um drogado ao largar o vício, um ser em depressão profunda. O sujeito foge das pessoas como o diabo da cruz. Mergulha num abismo sem querer voltar à tona. Vai definhando de tal modo, que uma bala na cabeça seria o melhor remédio.

Digo isso sem medo de estar fazendo apologia ao suicídio, mas para contar como foi que eu venci a mim mesmo, é preciso usar tal palavreado. Preciso contar como foi que eu fiz para me livrar daquele mal da alma, daquela dor invisível que me corroía a cada hora.

O mal pelo qual passei me fazia sofrer duplamente ao chegar em casa e ver meu filho ainda pequeno. Sabia que ele dependia de mim e isso me deixava ainda mais triste e abatido, fraco, ansioso. Por raras vezes eu ficava alegre e, como se alguém me desligasse, caía na mais profunda angústia. Uma vez, abandonei o serviço que fazia verificando a impressão do jornal O Semanário lá no Diário Serrano, e saí pelas ruas de Cruz Alta em completo desatino.

Quase desmaiei em pleno calçadão. Naquele momento, pensei em todos. Na minha mãe, irmãos, amigos... mas foi o pensamento na Suzana que me fez levantar e pedir ajuda numa farmácia.

Para abreviar o tempo tenebroso que passei, mais de um ano de sofrimento, escondendo a dor da esposa e do filho, até dos amigos, li muito e virei vegetariano. Acabei me unindo a uma turma de amigos ligada aos grupos de Carismáticos da Igreja Católica. No fim das contas, eu sabia mais sobre estresse e depressão do que muitos terapeutas.

Quando não restou nada daquela maldita dor da alma, me dando por curado de todo, resolvi fincar raízes na Terra dos Poetas e enfrentar os gigantes que se levantaram contra mim. E não foram poucos. Dar vida ao Expresso em Santiago e região foi outro desafio. E por falar em desafio, aqui vamos nós outra vez.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Unistalda


Moisés enfim, cassado

Os juízes do Tribunal Regional Eleitoral, por unanimidade, negaram provimento ao recurso, determinando a realização de novas eleições para prefeito de Unistalda. Moisés Gonçalves e o vice Gilnei Manara Manzoni devem deixar o cargo de imediato. Quem assume a prefeitura é o presidente da Câmara, Pedro Joaquim da Silveira. Em menos de 90 dias deve haver outra eleição.


Palhinha do Expresso

Logo mais, pela madrugada, teremos o Expresso com esta imagem e muitas outras.

Bola pra frente

Olá, amigos. Voltei a este espaço para dar mais um recado e fazer uma reparação. Há pouco comentei aqui que a maioria dos jogadores da URI Futsal teriam vínculo com a prefeitura, no quesito salário.


Hoje eu soube, graças à competente assessoria do prefeito Ruivo, que apenas Émerson e Rafael prestam serviço como monitores das escolinhas Bola pro Futuro. Esse serviço independe do fato de ser atleta da URI Futsal. Tá esclarecido e bola pra frente.

20 Anos de Jornalismo

A (quase) queda de um homem
(do meu livro)

O jornal em Salto do Jacuí ia bem. Não dava muito lucro, mas eu me divertia escrevendo as reportagens. Lógico, eu queria mesmo era aprender na prática o que não pude buscar na faculdade. Cada entrevista com médicos, engenheiros, eletrotécnicos, veterinários, advogados, professores era uma lição.

Minha memória era tão eficaz, que muitas vezes anotava toda a conversa e, quando ia redigir a notícia, só olhava no rascunho para ter a certeza de que estava tudo correto. As idas àquela cidade se tornaram constantes, mas só nos fins de semana.
Para ouvir as pessoas mais importantes era preciso ir a suas casas, dado a incompatibilidade do horário normal de expediente.


Que maravilha! Estava circulando o meu próprio jornal com oito páginas semanais. Trabalhava para o Renato até quinta e, até segunda, para dar conta do Expresso, que entrava para história da pequena cidade como o primeiro jornal local. Em pouco tempo tínhamos quase mil assinaturas.

Virou uma coqueluche na cidade e recebemos o apoio dos poderes constituídos, Executivo e Legislativo. Também agradeço aos irmãos Gilberto, Márcia e Jedeon dos Santos Neto, pela enorme ajuda.

Não esqueço da vó da Suzana e da Sandra, a dona Joselina, que sempre me recebeu de braços abertos em sua casa em Salto do Jacuí. Também devo obrigação ao Nilson, ao Nilton Oliveira e ao ex-prefeito Acélio Muratti.

Mas aquelas idas e vindas, varando noites em rodoviárias e dentro de ônibus, foi me esgotando aos poucos, sem que eu percebesse. Quando os amigos me alertavam para o tal de estresse, dizia que era doença de rico. Eu não seria atingido. Quanto mais trabalhava, mais vontade eu tinha.

Infelizmente, não foi bem assim. Acabei adoecendo e quase coloquei tudo, ou melhor, todo o pouco que havíamos conquistado, a perder. Comecei a passar noites em claro, com insônia e, quando dormia, sonhava com o serviço, com as matérias, com as fotos.

Numa noite, minhas pernas tremeram, meu queixo endureceu e a língua quis enrolar. Fiquei apavorado e disse para a Suzana:
-Me leva no médico que eu vou morrer! - Eu era muito vil. Tinha medo até de injeção. Aquilo me chocou e pensei de fato que morreria. O Renato foi chamado e rumamos para o hospital. Não havia plantonista.


Como éramos bem conhecidos, fomos à casa do médico Adonir Câmpara, um pediatra. No caminho, eu queria saltar do carro e ir correndo para chegar mais rápido. As coisas começaram a ficar embaçadas, turvas...

Achei até que iria desmaiar de tanta ansiedade (eu nunca desmaiei). Chegamos no médico e ele ficou atônito diante do meu quadro clínico. De pronto, perguntou o que eu tinha, se havia saído de algum velório. Com muito custo, consegui falar.
-Não é nada disso, doutor. Estou com estresse! Eu trabalho feito doido e agora acho que chegou a minha vez.

Ele nem me examinou. Só ouviu a Suzana e lhe entregou uma receita à base de Lexotan, um faixa preta terrível. Cada dose era uma paulada. Já em casa, tomei dois de vereda e caí na cama. Como não dormia direito a semana toda, aquilo foi um alento. Uma coisa dos deuses.

Foi mesmo que tirar com a mão. Noutro dia eu estava renovado e recomecei com mais força ainda. Escapei dessa, o negócio é seguir em frente, pensei. Outro engano. A melhora foi passageira e o estresse se fez sentir com mais força. De tal modo, que eu não conseguia montar uma só página do jornal.

As coisas encaixavam na minha mão mas se espalhavam na cabeça. Uma coisa terrível! Para tudo o que eu olhava, parecia um quebra-cabeças. Fui fraquejando, fraquejando e acabei sentindo o que é sofrer de estresse e, mais tarde, da terrível dor da alma. A malfadada depressão.