sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

20 Anos de Jornalismo

Crítica humorística:
a tônica do jornal

Nem só de narrações noticiosas e opiniões vive um jornal. É preciso informar e também divertir, até porque uma boa dose de humor nunca fez mal a ninguém. Pelo contrário, os gracejos fazem com que a notícia seja melhor absorvida. O humorismo é sempre bem-vindo em qualquer veículo de comunicação social. Ele dá uma outra ótica ao próprio contexto.

No caso dos jornais ou revistas, a graça pode ser por meio de charges, fotografias ou narrações. O Expresso Ilustrado sempre foi um aliado do bom humor e faz dele o seu ponto forte. Posso até lançar um desafio: qual jornal do Rio Grande do Sul tem tantos espaços destinados ao humorismo, quase sempre, com temas locais e regionais?
Não me considero humorista, embora acredite ter a fórmula de prender a atenção alheia em rodas de amigos.

Seja contando anedotas ou imitando alguém, fazer rir é um dos meus passatempos. Na parte jornalística, procuro absorver o lado engraçado da realidade e transmiti-lo aos leitores em forma de crítica. Também conto com a ajuda de desenhistas fabulosos, como o Sidnei Garcia (Sidi), o Paulo César Cipolatti, ambos de Santiago, e ainda o Jean Pires, de São Paulo.

Os três, cada um no seu estilo, dão vida às minhas criações, traduzindo através do traço, cada situação envolvendo os mais distintos personagens.
Muitos já me perguntaram como é que nasce uma charge. É difícil dizer. Conversando com o humorista global, o gaúcho André Damasceno (Magro do Bonfa), soube que ninguém cria uma piada.

Ela simplesmente acontece, nasce... O povo é quem a transforma em piada, o que muda é só o teor sobre o fato. Comigo é assim. A charge nasce do próprio povo. Ela pode aparecer na minha cabeça a qualquer hora do dia ou da noite. Eu estou em determinado lugar e, de repente, a idéia vem num piscar de olhos. Mas não é sempre assim.

Às vezes, fico dias sem ter uma boa idéia, então mergulho nos assuntos na esperança de conseguir criar algo publicável, e aí o que antes era diversão vira uma árdua tarefa. O bom mesmo é quando as idéias vêm fluindo ao natural. Você está desdobrando o assunto, ou apenas pensando nele, e a cabeça se ilumina. Como num raio, a charge entra e pronto, basta passá-la para o papel. O próximo passo é com os artistas do lápis.

Nenhum comentário: