quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

20 Anos de Jornalismo

Ao mestre (Froilam),
com carinho

Outro dia uma advogada recém-chegada a Santiago foi à redação conhecer e ver como funcionava o jornal. A primeira pergunta que ela fez foi para saber quem revisava as matérias. Talvez queria alguém para poder crucificar ou buscava respostas para uma tarefa tão difícil. A resposta que dei foi esta:
- Todos os repórteres são responsáveis pela revisão, após isso, tudo passa por vários outros olhares críticos que estão às catas de possíveis erros ortográficos e até de informação ou conteúdo.

Como sou editor, a maioria das matérias passa por mim. Vou destroçando algumas, invertendo ou desinvertendo outras, tirando ou acrescentando palavras e, naturalmente, corrigindo o que consigo ver. Depois, a colega Sandra dá sua boa olhada em tudo, assim como os colegas voltam a se debruçar naquilo que já fizeram e até nos textos dos outros, sempre em busca dos famigerados erros.
Mas como todo bom jornal, também temos a figura do revisor.

Depois de contar com a colaboração dos acadêmicos da URI, sob a orientação do mestre Eugênio Gastaldo, hoje temos o auxílio do meu grande amigo Froilam Oliveira. Poeta, professor, estudioso das letras e da filosofia.

Homem que sabe mesclar sua vida com pinturas e poesias encantadoras, com belas crônicas, por vezes muito críticas. É com ele que debatemos normas de Português, é ele quem dá a olhada final em nossos escritos e é com ele que também aprendemos bastante.

O Froilam sempre foi crítico, mas antes de vir colaborar com o Expresso, seja revisando textos ou escrevendo sua coluna “Autocrítica”, ele enviou ao jornal a correção para um erro cometido por um de nossos articulistas. A crônica abordava a abreviatura de “general”, que deveria ser escrita assim: “gal.”, e não, “gen.”

O intuito era criticar o que estava escrito numa placa no CTG Gumersindo (correto assim, com “s”) Saraiva, de Capão do Cipó. Froilam, então fez sua defesa, dizendo que as duas formas estavam corretas, indo mais além e apontando para outros erros menores na referida página do jornal.

Oracy Dornelles, que é amigo de Froilam, de cara, me disse: “Não vai ficar brabo com ele por ter encontrado esses erros. O cara é meu amigo”. Pelo contrário, Oracy. Respondi de pronto.

Fiquei tão feliz por ele ter nos mostrado os nossos erros naquela página que até gostaria de tê-lo conosco, colaborando, nos ajudando. Oracy intermediou o convite e o nosso mestre Froilam aceitou na hora.

Há vários anos ele tem nos emprestado sua sabedoria e conhecimento sobre as letras. Mais do que nos ajudar, ele ajuda a sua própria comunidade.

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