quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Os enigmas da vida

Esta assisense é a dona Lili Jardim, que com quase 90 anos lê o Expresso sem óculos. Uma pessoa maravilhosa e que estava sempre lá pela Câmara assuntando coisas. Apenas lamento quando a ouço dizer: "Meu filho, sinto que ando perto da hora de partir". Creio que ela seja feliz e todos deveriam ter a mesma longevidade e na hora de ir, apenas se apagar como um candeeiro. 

Vejo tantos jovens morrendo pelas drogas, embaixo de carros ou punidos pelo câncer. Que mundo é este, sem igualdade? Todos deveriam ir embora desta vida da maneira como a aqui chegaram. Chorando, mas com saúde. Dentro desta ideia, perguntamos: por que essa desigualdade? Por que alguns têm que sofrer se nem pediram pra nascer? Sei que são enigmas da vida, mas não custa indagar: é justo?
Obs. Nesta semana eu soube que a dona Lili está de cama. Lamento muito, querida senhora.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Nunca mais escrevam isto


Quando se fala em Língua Portuguesa, o correto é se fazer entender, mas quando se fala em língua padrão,  aí vem uma série de coisas que devemos nos ater para não fazer feio em certos lugares ou na redação de concursos. Portanto, fuja dos modismos porque eles nos levam a erros crassos, como fez  nesta semana uma secretária do Estado de São Paulo ao dizer: “Não tenho a noção exata do problema”. Ora, noção nunca será exata. Será apenas noção, ideia vaga de algo.
 
Também cuide-se para não dizer: “Ele extorquiu fulano”; O rapaz está quites com a tesouraria”; O banco ressarciu o dinheiro”, Maria vive às custas da mãe”;  Esta dor é por conta de um resfriado; Antes de entrar no elevador, certifique-se de que o mesmo esteja parado neste andar”; O jogo é a nível nacional; A reunião será no sentido de melhorarmos a nossa relação; Não alimente falsas ilusões; Como diz um ditado...
 
“Ele extorquiu o “dinheiro do” fulano”. Alguém só pode extorquir valores de alguém, não a pessoa; O rapaz está “quite” com a tesouraria”. A não ser que a tesouraria também devesse pra ele, aí seria no plural “quites”; O banco ressarciu o “cliente”. Ressarcir é indenizar, e não se indeniza dinheiro, mas sim, a alguém; Maria vive “à custa” da mãe. “Custas são despesas de um processo, por exemplo...; Esta dor é “por causa” de um resfriado; A palavra “mesmo” não pode fazer as vezes do substantivo; “no sentido” não se usa no lugar de “para”; ilusão já é coisa falsa e não existe ditado que não diga.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sim ao corte das "viúvas" da 287


Todos opinam sobre as árvores da BR 287. Os menos esclarecidos não querem que cortem nada, pois a culpa pelas mortes é do próprio e desgraçado motorista. Agora, até quem vive cortando árvore sem critério algum virou defensor desses pínus. Estranho, não? Já os mais estudiosos são favoráveis à retirada, pelo menos das "viúvas" -  aquelas sozinhas que estão quase dentro da pista. 

Como vimos, a divisão de pensares é natural. E sempre há o discurso fácil, aquele que manda dar revólver ao cidadão porque ele não é bandido (nem vai virar) e que a arma sozinha não mata ninguém. Dizem também que, caso tiverem que parar de vender armas, tem que parar de vender carros, cigarros, veneno, faca e até cordas (no caso dos que se enforcam), pois tudo mata. Ora, claro que tudo mata! Nascemos para isso, para morrer. Viver já é um risco...

 Mas é bom esclarecer que de fato a maioria das falhas são humanas. Seja por alta velocidade, descuido, beberagem, entretanto, não estamos aqui para apontar os errados, mas pra tentar evitar que esses "errados" morram. E não adianta se vingar dos errados dizendo que os pínus são santos, que não andam, que não matam e se for por isso, vamos tirar as montanhas, as pontes, os postes etc. 

Nesse contexto, lembramos: há muitas leis contra nós para salvar a nos mesmos, caso do uso do cinto, capacete e assim por diante. Óbvio, ninguém vai tirar os postes, as montanhas, os rios, as curvas porque isso é impossível, mas o que for correto e fácil de  fazer para salvar os errados e os certos, vamos fazer. E cortar uma árvore que não é nativa será o de menos, pois ela pode ser plantada em outro lugar, a vida, não.