quarta-feira, 30 de novembro de 2016


Milagres acontecem?

Sempre que há um acidente em larga escala, alguém diz que não foi na viagem porque Deus o avisou, o salvou. Outros que escapam com vida dizem que foi por força de Deus ou por milagre. Como tenho livre-arbítrio, tenho também direito de dizer que não acredito em milagres. Vejamos:
Se Deus salva uns em detrimento de outros, que privilégio teriam os "salvados" para não morrerem como os demais? Deus, ao fazer isso, não estaria agindo na igualdade do amor. Explico melhor: um pai não escolhe um filho para salvar.

Deputados aprovam punição a juízes e promotores

Os deputados federais aprovaram medidas de combate à corrupção. Agora falta aprovação pelo Senado. O ponto de maior polêmica é a previsão de crime de responsabilidade a juízes e
 promotores.

Também será crime o uso de caixa 2 pelos partidos, com pena de dois a cinco anos e multa entre outras normatizações. 

Juízes e promotores
Juízes poderão responder por crime de responsabilidade nos seguintes casos: alterar decisão ou voto já proferido (exceto se por recurso); julgar quando estiver impedido ou suspeito; exercer atividade político-partidária; proceder de modo incompatível com a honra dignidade e decoro de suas funções; exercer outra função ou atividade empresarial; receber custas ou participação em processo; manifestar opinião sobre processo pendente de julgamento.

Obs. Quase todas as regras também servem aos promotores.

A repercussão
Os integrantes da Lava-Jato classificaram a proposta como uma tentativa de “aterrorizar procuradores, promotores e juízes em seu legítimo exercício da atividade de investigação, processamento e julgamento de crimes, especialmente daqueles praticados nas mais altas esferas de poder.”

Comunicação é isso


Em quase 30 anos de comunicação, uma coisa ficou muito clara para mim: é a linguagem popular, aquele palavreado que vem do povo. Um termo novo, por exemplo, pode levar muito tempo para ser embutido no vocabulário popular. Já outros não se encaixam nunca, principalmente as invenções dos governos para um tal de palavreado "politicamente correto".

Exemplos:
Não importa quantas vezes se diga que o prefeito é um "gestor". Para a grande massa ele sempre será prefeito.

Não adianta dizer "a união" em vez de governo federal. No geral, ninguém vai dar ouvidos;
Chamar casa popular de "unidade habitacional" é dar nó em pingo d'água. Todos dirão casas ou "casinhas" - mais comum ainda.

Poderemos gastar a língua dizendo "complexo poliesportivo Aureliano de Figueiredo Pinto" que todos, até os mais "sabidos", dirão simplesmente "ginasião".

Não adianta dizer que no mercado há “gêneros alimentícios” se todos dizem “comida”, “alimento”, “compras” e até “sortimento”.

Falar que o governo vai enviar um “recurso” chega ao povo como dinheiro. Ou você diz ao amigo: “vou ao banco retirar um “recurso”?

Chamar a pessoa com deficiência de “portador de necessidade especial”, nem pensar!;
Outra coisa ridícula é mudar o linguajar universal do esporte para algo mais sofisticado com exercícios de eruditismo.

Ficamos com esses exemplos por hoje e lembramos que um palavreado bonito é aquele que todos entendam e que seja o mais direto possível. Ninguém mais tem tempo para enrolação.


terça-feira, 29 de novembro de 2016

Deus e o destino

(João Lemes)
O mundo chora mais uma tragédia (acidente com a equipe da Chapecoense),outra envolvendo jovens cheios de vida. Nós também choramos, eu também choro, mas sem culpar Deus por nada. Deus não leva ninguém. Quando viemos a este mundo sempre soubemos que somos donos do destino e ele (destino), dono de nós.

E o que sobra? A lição: Essas coisas só nos ensinam que não somos nada e que devemos aceitar os fatos. De que forma? Vivendo todos os dias como se fossem os nossos últimos. Um dia, de fato, teremos um último dia. E se a vida é presente, vamos vivê-la da melhor forma. Vamos viver tentando dar o melhor de nós para os outros enquanto eles nós derem essa chance.