segunda-feira, 20 de março de 2017

Felicidade nada mais é que uma prática

Hoje é o “Dia da Felicidade”, por isso, convém lembrar que ao longo dos anos muitos estudiosos se debruçam nesse tema. Alguns arriscam dizer que o dinheiro vindo de forma honesta ajuda muito a sermos felizes. Mas e o que dizer dos donos de carreiras brilhantes que sofrem depressão? O que dizer de pessoas com muito mais posses que você, com empregos melhores e que vivem reclamando?

Mergulhando no tempo, vemos que o grego Aristóteles ensinava assim: “A felicidade é uma prática.” E lendo o escritor britânico Will Storr, autor de vários livros sobre o assunto, entendi que a felicidade não é um sentimento ou promessa duradoura. Esse escritor também concorda com o filósofo Aristóteles; a felicidade é, sim, uma prática, como quase tudo na vida.

O escritor vai além e dá dicas dessa prática e diz que o maior inimigo da felicidade é o estresse. É ele quem faz a troca de uma vida longa por uma curta e aparentemente feliz. Corremos tanto atrás dos objetivos e, ao alcançá-los, já não temos mais saúde para desfrutar da conquista.

Então, é bom recorrer ao que diz Will Storr. Devemos viver de um modo que cumpra o nosso propósito e parar de esperar a felicidade para amanhã. Ser feliz é traçar metas e se comprometer com o processo que leva até ela. A alegria deve vir a cada etapa vencida ou até de uma derrota que nos mostre o melhor caminho e que nos faça mais fortes.

Quer ser feliz? Comece agora a praticar. No final de cada dia verás que a felicidade só depende de você, de como você encara as coisas e de como avalia sua vida.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Uma vergonha para os homens!

(por João Lemes)
Minha mãe casou-se com 14 anos para escapar da lida braba da lavoura e da mão pesada dos irmãos. Aí, trocou tudo pelo meu pai, que dado ao estilo antigo, a colocou sabe onde? Na lavoura ou na nossa velha serraria (foto). Assim, ela criou oito filhos abaixo de trabalho braçal.

Lá na minha Coronel Bicaco não havia nem hospital. Os partos eram todos em casa. Quando o bebê já estava mais taludo, lá se ia a mãe pra lavoura. Deixava a criança numa sombra e dê-lhe trabalho.

Minha família (eu estou no colo)
Nos meses seguintes, os irmãos tomavam conta dos menores porque a mãe de novo estava de barriga cheia com outro irmão. Meu pai, por ser religioso, não permitia método contraceptivo (o diu já existia). Na visão do pai, isso era contra Deus.

Tudo o que minha mãe passou com meu pai não foi muito se compararmos a vida sem ele após seus 38 anos. Aí sim ela se viu sozinha no mundo e teve que doar os filhos. Mas graças às pessoas que nos criaram, todos hoje têm família e são honrados.

Essa é uma pequena história igual a muitas outras. E tem umas bem piores. Sei de muitas mães que apanharam a vida toda e ainda apanham, às vezes, até dos filhos ou netos. Algumas não apanham, mas sofrem de violência moral, que é terrível também. Lamentável!

Vergonha para os homens
A mulher conseguiu algumas conquistas nos últimos 100 anos, é verdade, porém é coisa muito pouca porque o machismo, a discriminação e a opressão seguem fazendo parte da cultura humana.

Conforme pesquisa do Datafolha, uma a cada 3 mulheres brasileiras de 16 anos ou mais foi esbofeteada, chutada, esfaqueada ou morta nos últimos 12 meses. Isso sim é uma vergonha para os homens!



Durante séculos as mulheres serviram de espelho aos homens por possuírem o poder mágico e delicioso de refletirem uma imagem do homem duas vezes maior que o natural. (Virginia Woolf).