Quando se fala em Língua Portuguesa, o correto é se fazer entender, mas
quando se fala em língua padrão, aí vem uma série de coisas que devemos nos
ater para não fazer feio em certos lugares ou na redação de concursos. Portanto,
fuja dos modismos porque eles nos levam a erros crassos, como fez nesta semana
uma secretária do Estado de São Paulo ao dizer: “Não tenho a noção exata do
problema”. Ora, noção nunca será exata. Será apenas noção, ideia vaga de
algo.
Também cuide-se para não dizer: “Ele extorquiu fulano”; O rapaz está quites
com a tesouraria”; O banco ressarciu o dinheiro”, Maria vive às custas da mãe”;
Esta dor é por conta de um resfriado; Antes de entrar no elevador, certifique-se
de que o mesmo esteja parado neste andar”; O jogo é a nível nacional; A reunião
será no sentido de melhorarmos a nossa relação; Não alimente falsas ilusões;
Como diz um ditado...
“Ele extorquiu o “dinheiro do” fulano”. Alguém só pode extorquir valores de
alguém, não a pessoa; O rapaz está “quite” com a tesouraria”. A não ser que a
tesouraria também devesse pra ele, aí seria no plural “quites”; O banco
ressarciu o “cliente”. Ressarcir é indenizar, e não se indeniza dinheiro, mas
sim, a alguém; Maria vive “à custa” da mãe. “Custas são despesas de um processo,
por exemplo...; Esta dor é “por causa” de um resfriado; A palavra “mesmo” não
pode fazer as vezes do substantivo; “no sentido” não se usa no lugar de “para”;
ilusão já é coisa falsa e não existe ditado que não diga.
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