sábado, 6 de outubro de 2007


Eis a nossa
futura morada

Esta é minha casa. Em 20 anos de casado, em mais 20 de jornalismo, começo a ver agora os frutos de uma longa batalha junto com a minha família. Em dezembro devo deixar a Duque de Caxias onde moro há uns seis anos. Lembro-me como se fosse hoje. O Itacir e eu fomos ver a casa para alugá-la. Quando a olhei, falei a ele: Não, é muito grande e cara. Não conseguirei pagar esse aluguel. Graças a Deus, nunca atrasamos um mês sequer. E o tempo passou, o trabalho prosseguiu e hoje a Su pôde projetar a nossa nova morada, desenhada e arquiteta por Alexandre Viero, com execução do nosso amigo Cláudio Espíndola. Aí está a obra, um sonho que vem sendo erguido tijolo por tijolo. Não é de luxo, mas é confortável. Graças também à Sandra que nunca mediu esforço para ajudar no projeto e nas idéias. Ela quer que todos nós sejamos felizes ali, aonde irá também morar. Depois que acabarmos essa obra, a casa dela será construída ao lado.


O livro
Lá na nova morada poderemos receber nossos amigos e terminarmos de criar nossos filhos; lá poderei, quem sabe, até morrer, mas quando esse dia chegar, terei a certeza de que valeu a pena todo o nosso esforço, afinal, o Expresso e a nossa casa vieram a partir do esforço individual de cada um de nós. E é por isso que estou escrevendo um livro. Nele eu quero contar como foi possível chegar até aqui sendo um autodidata, um “João Ninguém” (como diria o Márcio), que um dia cismou de chegar em Santiago com uma câmera a tira colo, pronto para ajudar, mas também para enfrentar e desafiar quem cruzasse o seu caminho. Jamais alguém poderia imaginar que eu seria um diretor sem uma forte empresa, um jornalista e editor sem um diploma, e até um crítico da Língua Portuguesa... Nem eu mesmo fui capaz de prever isso. Apenas previ que a vontade por si só é a maior arma de cada um, ferramenta que a universidade jamais nos dará.

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