domingo, 28 de junho de 2009

Os justos e os desiguais

Lendo a Zero Hora vejo Lula e toda a sua cúpula, mais a governadora Yeda e etc. na festa de inauguração do parque gráfico do referido jornal. Maravilha! O que fazem tantos donos de cargos públicos numa empresa privada? Será que viajaram com diárias públicas para irem à inauguração?

Pois é, amigos. Amanhá, o Correio do Povo, O Sul, O Jornal do Comércio e tantos outros veículos, como rádios etc., irão chorar as mágoas porque essa gente graúda não foi na inauguração de uma salinha, ou da compra de um novo carro ou, ainda, naquela festinha de final de semana que um deles promoveu.

Acontece que todos os figurantes aos quais me refiro não vão a qualquer veículo de imprensa. Temos que admitir. Eles marcam presença, isso sim, no maior veículo do sul do Brasil, um dos maiores da América Latina, com sua tamanha importância, seja na geração cultural, informativa ou de emprego.

Lula e cia sabem bem que todos os demais veículos gostariam de ter sua prestigiosa visita, mas não dá. Então, ele foi no maior, no mais importante. Esses governantes sabem que não existe mágica e, num Brasil cheio de desigualdade, é preciso seguir um parâmetro justo, ou seja, tratar de maneira desigual os desiguais quanto eles estiverem em situação igualitária.

Nunca estudei direito, aliás, nunca estudei nada, mas sei, como qualquer mortal, os princípios da ética e da justiça. E quando olham para o Expresso, com seus 50 funcionários e sua monstruosa tiragem, sabem que nosso jornal é desigual, é diferente.

Portanto, que ninguém lamente nem morra de ciúme quando ele atinge maior notoriedade pela região. Isso também é democracia e viver acendendo uma vela para cada santo não faz parte do nosso vocabulário, pois cada notícia merece um olhar, uma análise, o resto das coisas que nos rodeia, idem. Até amanhã!

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