quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

20 Anos de Jornalismo


O leitor é o alvo

Durante 20 anos de jornalismo tenho experimentado emoções diversas, mas aprendi que devemos nos despojar de futilidades e sentimentos raivóticos. Quantas vezes esforcei-me para atingir o equilíbrio necessário antes de escrever qualquer linha. Só depois de largar as amarguras extra-profissão, é que me concentro em frente ao teclado. Ao atingir o senhor leitor, ele terá um universo de interpretações.

Falando em nome do Expresso, o que mais vai nos agradar não será sua concordância com o que está escrito e, sim, a sua satisfação em saber que não passamos ao largo dos assuntos inerentes a ele, possibilitando-lhe a formação de sua opinião.

Convém dizer que, para se chegar à qualidade textual que realmente agrade ao público, um extenso caminho foi percorrido. Ao longo dele, nada foi desprezado e o leitor se constituiu no nosso maior patrimônio e até em nosso pauteiro (indica os assuntos). Na parte técnica da escrita, foram necessárias muitas reuniões com os redatores. “Não escreva isso, corte tal expressão, substitua essa outra por uma mais coloquial. Esse texto precisa de uma foto...” Por derradeiro, com todas as discussões internas sobre formas de redação, o nosso estilo foi sendo delineado.

Hoje minha equipe e eu nos sentimos orgulhosos em poder dizer que todas as matérias do jornal parecem ter sido produzidas pela mesma pessoa, o que agrada por demais à maioria do público, desde o jogador de futebol lá do bairro, passando pelo pedreiro, o aposentado até o empresário ou letrado mais exigente.

Graças a essa “cara”, o jornal tem assinantes que há 8, 10, 14 anos fazem de cada sexta-feira um dia aguardado, festejado. Muitos chegam a dizer que a sexta-feira sem Expresso não seria a mesma...


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