terça-feira, 26 de janeiro de 2010

20 Anos de Jornalismo

O inigualável
Denilson Cortes

Ansioso por novidades para o Expresso e querendo dar ainda mais espaço ao público, resolvi criar o Conselho do Leitor, privilégio apenas dos jornais de capital. Eu queria trazer para dentro da redação, pessoas idôneas, inteligentes e sobretudo críticas, para ajudar a nortear as matérias a serem apresentadas semanalmente.

Como eu já conhecia o Denilson Cortes de longa data, desde os tempos em que ele fazia fotos para o jornal ou filmagem para a promoção Os Melhores do Ano, o convidei para integrar o conselho e, hoje, não por acaso, ele também está no Expresso.

Não há o que me deixe mais feliz que ver a inteligência das pessoas, assim como seus conhecimentos gerais, requesitos que o Denilson tinha de sobra. Mas era preciso muito mais para merecer vaga no Expresso.

E o jovem talento buscou o que lhe faltava: a nossa confiança. Pouco a pouco ele foi conquistando seu espaço no jornal e também na sociedade. Tudo à base de muito esforço, numa história bastante antiga.

O Denilson iniciou sua relação com o jornal quando era quase menino, fazendo fotos ou filmagem. Só interessava a ele poder ajudar, pois desde cedo, era um admirador do Expresso, um leitor assíduo e crítico inveterado, parecendo antever sua vinda para o nosso quadro de jornalistas.

Foi numa das minhas conversas com ele, ali na Centroarte (quando era na rua Barão do Ladário), com seu compadre Alexandre Souza, que nasceu esse vínculo. Fiz um convite a ele para irmos à Argentina visitar o amigo Eduardo Galeano e, naquela trajetória, constatei o que já imaginava: o homem era “pós-graduado” em cultura geral, geografia, história e política.

Graças a esse convívio de amizade, pude ver no Denilson o talento que nem ele próprio enxergava. Uma capacidade que ultrapassava a arte de fotografar, profissão na qual já era veterano.

Decorridos tantos anos, o Denilson continua firme ao meu lado, nunca se esquivando para nada. Às vezes, brigamos, é verdade. Tenho que “puxar suas orelhas”, mas como dizem, as palmadas dos amigos não doem nada na gente.

E eu também dou-lhe liberdade para me criticar no que achar necessário. Ele sabe disso. Sabe também que, antes de ser seu patrão, chefe ou coisa parecida, sou seu amigo e admirador.

Nenhum comentário: