terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Artigo da semana


Cobras e ratos

Na semana passa o Expresso levantou a hipótese de um jovem de Itacurubi ter morrido de hantavirus, doença que transmitida pelos ratos. O hantavirus é altamente contagioso e seria preciso colher amostras do paciente para ter a certeza e, assim, evitar outros danos à saúde pública na região. Tal atitude deveria partir do poder público de Itacurubi, ao qual caberia também a tarefa de alertar a população para que promova a limpeza de galpões, depósitos de rações, cereais etc.

Sabe-se que o maior medo do homem é o da morte (medo das doenças, de ficar aleijado, de perder familiares, amigos...). O segundo medo é a privação de liberdade - o medo da cadeia. Os outros medos se subdividem não exatamente na mesma ordem, mas relacionam violência física, moral e, claro, o medo de cobra. Esse ser rastejante causa pavor em todas as pessoas. Poucos conseguem ver uma e deixá-la escapar.

Muitos convivem com três, quatro cobras perto de casa, no entanto, há anos o hospital não registra um tratamento contra seu veneno. Significa que o animal não é tão inofensivo. Ela dispara da gente como outros bichos e mais ajuda do que atrapalha: equilibra o meio ambiente, controla os terríveis roedores que transmitem doenças, como o hantavirus. Dia desses havia uma no meu pátio e não consegui pegá-la para jogar fora do muro, de tão arisca. E saibam: matar um rato não é crime ambiental, matar uma cobra é.

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