quarta-feira, 12 de maio de 2010

As bergamotas, as vacas e eu


O friozinho brabo segue na pampa. Como fui dormir às 3, só acordei ás 11h:30min. Ontem até cheguei mais cedo, mas antes de dormir não em aguentei e comi umas seis bergamotas. Não estão bem maduras, mas já dá pra entreter. Dizem os antigos que elas só ficam doce de fato quando acontecem (geada não cai) as primeiras geadas. Maravilha!

Cada vez que como, ou chupo (o bom é o bagaço, fibras pros intestinos, seja da laranja ou da bergamota) me recordo da infância. Lidava no campo e, vez por outra, achava uma tapera e saía triste de tanto que comia frutas.

Recordo que em meio às frutas, lá na tapera velha, uma vaca me olhou e disse; tu não nasceu pra ficar contando passo aqui fora. Vai-te embora pra cidade. Tu és um comunicador.

E não é que eu levei a sério o recado e cá estou? Me fazendo passar por comunicador, jornalista... E seja o que Deus quiser e ele já quis muito. Nosso Expresso tem uma tiragem medonha, inédita na região e no interior do Estado.

Mas disse-me uma professora certo dia que ninguém faz nada sozinho, por isso agradeço a toda a minha família, aos colegas e a Santiago. Deixei o campo, deixei as vacas, só não deixei a saudade e as bergamotas. Eta vida boa!

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