Enigmas da vida
Esta assisense é a dona Lili Jardim, que do alto de seus oitenta e poucos anos lê o Expresso sem óculos. Ela é maravilhosa e está sempre lá pela Câmara assuntando as coisas. É fã do Expresso, está bem de saúde e se dá com todos. Lamento apenas quando a ouço dizer: "Meu filho, sinto que ando perto da hora de partir".
Creio que ela sim é feliz e todos deveriam ter a mesma longevidade e na hora de ir-se, apenas se apagar como um candeeiro. Vejo tantos jovens morrendo pelas drogas, embaixo de carros ou punidos pelo câncer. Que mundo é este, sem igualdade?
Todos deveriam ir embora desta vida da maneira como a aqui chegaram. Embora chorando, mas com saúde. Dentro desta ideia, perguntamos a Deus: por que essa desigualdade? Por que alguns têm que sofrer se nem pediram pra nascer? Sei que são enigmas da vida, mas não custa indagar: Isso é justo?
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