sábado, 26 de março de 2011

Celular x educação

(Froilam Oliveira)*

Ontem, no ônibus das 17:30 h, vindo de Santa Maria, chamou-me a atenção os celulares que tocavam as mais diferentes musiquinhas. Não bastasse o toque, iluminavam aqui e ali feito cibernéticos vaga-lumes. Conversa que não acabava mais. A senhora do lado esquerdo deve ter falado com a filha uma meia hora (por baixo).

Outra à retaguarda dialogava com quem logo logo se encontraria: "Espera só eu chegar em casa!". Qual o motivo para falar tanto? Simplesmente, amenidades. Cada um tem a liberdade de gravar a música mais ridícula em seu telefone, falar tantas vezes que lhe der na telha, o tempo que lhe aprouver, grudar-se afetivamente aos seus, ou até mesmo brigar com eles.

Todo mundo é livre para tais coisas, mas sem ser piegas. Sempre pensei (e disse) que falar mais que três minutos no telefone, salvo raras exceções, constitui uma prova de descontrole, desnecessidade, alienação que acaba enriquecendo as empresas de telefonia.
*(colunista do Expresso Ilustrado - do seu blogue)

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