sábado, 1 de outubro de 2011

Conceitos de leitura e escrita

João Lemes*
Certa vez, dei respostas a um aluno sobre produção textual. Questionava ele sobre conceitos de leitura, escrita, interpretação... Respondi que a pessoa avessa à leitura não falará bem, muito menos saberá redigir corretamente. Outros, que vivem da palavra falada, pensam que não precisam estar compromissados com a correção e ficam inventando desculpas para cada erro, daí a razão de buscarmos, na leitura, a melhora para a nossa escrita. Concentuei a leitura como uma linguagem silenciosa que pode remeter o indivíduo aos mais distintos lugares, fazendo-o avançar ou regredir no tempo. Ela é capaz de criar mundos diversos e estabelecer conclusões. É uma maneira individualizada de se inteirar das coisas nas quais o próprio leitor pode ser o locutor e até o escritor, tendo em vista que ele caminha pelo pensamento de quem escreveu.

A leitura pode variar de indivíduo para indivíduo, todavia, a maioria prefere aquela com a qual se identifica. Que lhe permita ligar assuntos e lugares, coisas que, mesmo de forma indireta, sejam do seu conhecimento. A não ser que seja algo muito curioso, poucos são os que apreciam uma leitura sobre aquilo que ignoram. A escrita permite maior fixação do aprendizado, pois ler um texto não significa entendê-lo por completo, exigência obrigatória na hora de transcrever o que se tenha lido. A palavra escrita revela o preparo do seu autor sobre aquilo que pretende dizer, diferenciando-se da fala, a qual acaba impedindo o ouvinte, por questões óbvias, de uma total percepção do que se está querendo transmitir. *jornalista

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