terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Vícios da língua e outras coisas


Temos notado que o Brasil adora criar interjeições, que são aqueles sons antes das frases quando a pessoa não tem o que dizer ou não formulou nada ainda. Tipo: ééééé, ãhãhãh... E agora já se ouve as frases completas, mas que acabam não dizendo nada, como esta: “É que, na verdade, é assim óh”...

Outra coisa que se nota é que poucos comunicadores conseguem abrir o microfone sem dizer “Muito bem”. No meio da entrevista e até depois da música seria normal. Mas e antes, este “muito bem” seria sobre o que e pra quê? Pelo que se vê, é outro vício de linguagem.

E podemos citar outras coisas clássicas como: “Voltamos depois do intervalo” - já viu intervalo sem volta?. “Agora, a hora certa pra você.” - Alguma rádio já deu a hora errada de propósito? “Antes de mais nada, vamos à entrevista.” - Antes do nada existe algo? 

Agora vamos aos ditos “bordões” ou “clichês”, aquilo que é repetido de ponta a ponta no país porque alguém achou lindo e passou adiante, a exemplo desses: “Deixo de citar nomes pra não cometer injustiças.” -  Este é antigo, nossa! “Eu não sou político, eu estou político” -  Este é mais moderno, mas dói da mesma forma. “Desde já, agradecido”. Velho, mas pelo menos é sobre bons modos. Passa.

Também recebemos algumas expressões tidas por um leitor como sendo “galicismos fraseológicos”: “Em última análise” -  Quer dizer que houve a primeira, a segunda... 

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