quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Música ou assassinato?

Podem me chamar de nojento, mas ouço nativas, gaúchas e até bandinha, mas não engulo porcarias que só fazem apologia à bebida, à vagabundagem. Certo dia ouvi essa coisa numa rádio e fiquei mais furioso ainda ao saber que os cantores eram Fernando e Sorocaba. Compreendi o porquê de existir centenas de CDs deles pela cidade sem ninguém querendo rodar. Um resquício do malfadado show que iriam fazer em Santiago. Do que nós escapamos! E ainda dizem que os caras são os melhores do momento. Que momento!

“É que hoje é um dia especial, é dia 10 e o que é que aconteceu? Papai recebeu, papai recebeu. Eu tô patrão, hoje eu tô pagando tudo, avisa que o after vai ser no apartamento superluxo. Ainda falta muito pra eu ficar ‘bebo’, ainda falta muito pra eu ficar louco, Ahh! Uma noite pra mim é pouco...”

Depois que quebrei o rádio, liguei numa dessas emissoras pela internet e que só rodam coisas buenas, coisas nativas, gaúchas, como a Rádio Saudade. E não é que engataram uma meia-dúzia de Os Mateadores, a maioria na voz do meu irmão Édson Vargas? Não me sofri e liguei pra ele e sampei: “Você, o Miguel Marques, o Júlio Saldanha e o Nenito são nossos maiores expoentes nativos, uma arte que o Brasil não conhece como deveria. Sou feliz por vocês, sou feliz por Santiago e pela minha gente que sabe fazer cultura, que sabe fazer música”.

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