sexta-feira, 26 de maio de 2017

Modernidade líquida

(João Lemes)
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman (falecido em 2017, aos 91 anos) cunhou o termo "modernidade líquida". Uma época onde tudo é muito volátil desde os produtos de consumo às amizades, até o amor. O escritor Joaquim Moncks (Moncks, 2017) diz que tudo vem e vai com a mesma rapidez. É um tempo de muita fluidez, de incerteza, de insegurança... "Nada é feito para durar mais que 140 caracteres ou uma curtida. Vivemos sob a tirania do aqui e agora", diz Moncks.

Hoje as amizades são feitas, refeitas e deletadas com apenas um toque pela rede social. Pior ainda é o ódio disseminado, a frustração em forma de ataques, as besteiras como filosofia. É essa rede, o lixão da humanidade. Todo o dia é dia de dizer pela rede o que não diríamos nem para um cachorro. 

Então, voltemos a Bauman e a Moncks; "O ato do 'compartilhar', tão desejado por quem publica na rede, não teria nascido da necessidade de aparecer juntos, bem ajoujados aos olhos de quem se admira? Eis, portanto, mais um ato-fato dessa modernidade líquida".

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