quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
A nível sem nível e o éééé assim, óh!
Vez por outra recebo notícias que vêm com a seguinte frase: “Bom dia! Estou enviando esta matéria a nível de colaboração”. A pessoa que usa “a nível” que me desculpe, mas ela não é a nível dos melhores, dos que sabem aplicar em bom português escrito. Ela deveria ter dito “como colaboração”. A nível só se usa quando se quer nivelar algo. Mas não se preocupem, isso é uma mania nacional e, quando vira mania, todos falam sem ao menos perguntar se está certo, não importando o “nível” cultural da pessoa.
Outra mania brabinha é este tal de “éééeééééeéé” que quase todos colocam no vazio do pensamento, ou seja, quando não há o que dizer e sim a pensar. Esta interjeição ordinária substitui o antigo “ããããããããhhhhh”. Também temos outras manias linguísticas e vamos a que acredito ser a pior delas, que é o “assim, óh”. Ninguém (ou raríssimos) dão uma entrevista (entre os olhos) ou explicam algo qualquer sem dizer “assim, óh”. Muitos vão além e largam uma frase que tomou cota dos microfones: “então é assim, óh”.
Nesses casos, dou uma dica para não fazer feio ou acabar na vala comum (putz, escapou um clichê). Quando o vazio aparecer na hora da explicação, deixe “queto”. Deixe o vazio falar, respire e vá em frente. Você verá que aos poucos vai esquecer a mania do “éééééééééé” ou do “assim, óh”. Quanto ao “a nível dê”, a coisa é bem mais complicada...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário