domingo, 5 de agosto de 2007

O artigo a seguir foi publicado no Expresso Ilustrado na edição do dia 27 de julho, numa resposta pública aos que pré-julgam os fatos, como no caso do acidente da TAM. Também é uma resposta crítica ao que disse o meu colega Denilson Cortes em sua coluna semanal do mesmo jornal. Como editor do referido veículo, permito as opiniões, mas não compactuo com elas e, nesses casos, elas precisam de um esclarecimento.


Caixas-pretas e...

Recém estão abrindo a caixa-preta do avião da TAM (que aliás, são duas caixas amarelas) e o Brasil inteiro já sabe a quem culpar. Como sempre, a imprensa larga na frente e dita as sentenças. A exemplo do futebol, há técnicos por todos os lados. O interessante é que diariamente morre gente em assaltos, por bala perdida ou esmagada no trânsito, como aconteceu em nossa região. Só nesse final de semana morreram 15 no Estado, sendo quatro aqui em São Vicente e a repercussão não é grande. Parece que estamos acostumados a pequenos desastres, sem nos darmos conta que tais acidentes somados, ultrapassariam o número de mortos no avião da TAM, cuja falha já sabemos de quem foi.


... os vagabundos

O meu colega de profissão colunista deste jornal, o Denilson Cortes, por exemplo, chamou os brasileiros que sobrevivem com o bolsa-família de vagabundos. Ao dar explicações sobre a matéria, disse que não generalizou, só chamou de preguiçosos os que não trabalham, pois, segundo ele, emprego existe. É só se abraçar. Em partes concordo, mas nunca se pode abocanhar uma causa sem abrir exceções. Opinar é bonito e salutar, mas ao mesmo tempo é perigoso, principalmente para quem sobrevive às custas da credibilidade. Andar por aí abrindo caixas-pretas é um bom trabalho, mas não podemos esquecer que o campo é minado e o erro nos espreita em cada esquina. (publicado no dia 27 de julho, no Expresso Ilustrado)

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