segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Autobiografias


Gostei do artigo da advogada Dayana Pessota Leite que, tirando a redundância "auto-propaganda de si próprio", está uma maravilha. Ela versa sobre autobiografia e queixa-se de que as feiras estão dando luz a uma besteira. Não estou apto a debater com ela por saber que o artigo foi direcionado a mim, embora Dayana tivesse o cuidado de citar alguns personagens nacionais antes de dar mais a entender que era este blogueiro o seu alvo. Citou até uma prostituta. Interessante observação. Disse que, na autobiografia, a pessoa pode deixar de publicar coisas desagradáveis contra si para não entristecer-se pelas próprias mãos, não reconhecendo, portanto, esse tipo de escrita como de algum valor literário.

Meu comentário

Que bom que recebi essa crítica, ela mostra que o objetivo do livro foi alcançado, qual era, de ser lido.  Respeito a opinião da advogada, mas prefiro pensar que fiz o correto ao descrever minha vida (e as agruras que passei nas mãos de tanta gente, inclusive destacando a briga que travei com seu pai, o senhor Vulmar Leite - ele não gosta que o chamem de doutor - e com tantas outras pessoas.). Minha autobiografia foi publicada pela Editora URI, órgão com crédito o suficiente para levar mais de 400 pessoas ao clube União para o lançamento. 

Erros e acertos

Em meu livro descrevi erros, acertos e fiz da minha figura um ser até engraçado, depreciando algumas passagens que tive na vida. Mas nem por isso meus escritos fugiram à verdade, pois eu, de fato, venci sem apoio nenhum, cuja empresa fundada por mim gera hoje 50 empregos na região. Mais: o Expresso renovou o hábito da leitura de jornais em muitos desta região, sendo um fenômeno no interior do Estado em número de circulação, além de ajudar em questões sociais e de abrir caminho a tantos outros jornais que vieram depois dele.

Consolidação

No livro ainda retrato o pouco caso que meia dúzia fizeram do jovem cabeludo e pobre que buscava trabalho por estas plagas, a contragosto de certos mandatários da época. Hoje, após receber o carinho e o reconhecimento de muita gente, até da própria Câmara como Cidadão Santiaguense, tenho a certeza de ter acertado, consolidando minha profissão, que é a de escrever e viver dela, jusficando o porquê de não escrever livros para ficar nas gavetas, como a advogada queria. Digo, em contrapartida, que talvez ela tenha razão, em partes. Não precisaria eu ter escrito a autobiografia para mostrar de onde vim se também não existissem boateiros de plantão, mentindo por aí, para não reconhecer o valor das pessoas. Se não existissem ditadores, que chegaram ao poder  julgando-se deuses, pisando nos pequenos. 

Serviço em vão

Enfim, voltando ao artigo, penso que ele tem a intenção de também colocar outras tantas biografias (e autos) na lata do lixo, incluindo a de Roberto Marinho, escrita por seu funcionário Pedro Bial, e a de Obama, o novo presidente dos EUA. E antes de encerrar meu artigo, agradeço à ilustre advogada, pois creio que tenha sido mais uma na seleta ciranda de leitores da minha biografia, me deixando muito honrado. 

Curioso para ver o artigo na íntegra? Acesse 
www.blogdovulmarleite.blogspot.com


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