terça-feira, 19 de maio de 2009

A fonte do roubo

     A Polícia Civil de Santiago achou uma maneira corretíssima de lidar com o crime. Há alguns meses, os investigadores vêm atuando contra os receptadores - essa gente que compra os objetos furtados. Os 10 presos na semana passada e estampados um a um aqui no Expresso  deixaram muitos outros adeptos à lei de Gérson (lei de quem gosta de levar vantagem em tudo) com as barbas de molho. Ora! Há de muito todo o brasileiro sabe que comprar coisa roubada é contribuir com o crime. É prejudicar o pai de família que ficou sem sua melhor roupa, a criança que perdeu o tênis e até o seu vizinho que ficou sem aquela bomba de chimarrão, presente de um compadre.  

       De agora em diante, tudo leva a crer que a onda de roubos vai cair, caso contrário, novas devassas casa por casa devem ser feitas para achar os produtos furtados. Uma hora eles aprendem que o crime não compensa. E a comunidade aplaude ao saber que polícia age com destreza contra os que adoram comprar um DVD, uma roupa, um ferro de passar, um som automotivo mais baratinho. Alguns até ficam  tristes de verem tantas donas de casa, tantos trabalhadores estampados na coluna policial, mas contra esse tipo de crime, o remédio é um só: matar o destino do roubo para que o roubo também morra na fonte. 

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