terça-feira, 12 de maio de 2009


Fritada em fogo brando

Paulo G. M. de Moura*
Escândalos e trapalhadas  viraram rotina no governo. Todos os escândalos anteriores foram contornados, mas a um custo político enorme. A governadora carrega um índice de rejeição que beira os 50% (Datafolha) e as manifestações de intenção de voto na virtual candidatura a sua reeleição giram em torno de 8%, quase o mesmo índice que apresentava na largada da eleição de 2006. Os dribles que o governo deu nas denúncias anteriores foram possíveis porque nenhuma prova cabal foi apresentada. Por outro lado, se as denúncias voltam a emergir também é porque a governadora não conseguiu dar uma resposta cabal e convincente à sociedade sobre as alegações de seus acusadores. 

Yeda sai dessa?

Há novidades nas novas denúncias da revista Veja e pelo PSOL? Terá Yeda condições de se livrar de mais essa onda? A resposta à primeira pergunta é sim; há novidades. Veja faz referências a gravações cujo conteúdo circula como boato nos bastidores políticos e da imprensa gaúcha há meses. De posse da informação, e, tudo indica, das gravações, Veja buscou no depoimento da viúva de Marcelo Cavalcante (ex-chefe de gabinete da então deputada Yeda e ex-chefe do escritório de representação do RS em Brasília, encontrado morto), um suporte que conferisse lastro à matéria que publicou somente 40 dias após ter a notícia em mãos.
* Consultor em Comunicação & analista político

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