sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Poema
(após meu ecocardiograma)

Oracy Dornelles

Ó mísere coração exposto
dá vida e mata
obrigado pela tua longura de dias
do teu sono timpanar transpondo os Alpes
um descompassado eco metálico
no peito enferrujado
do homem de lata
do mágico de oz
é o que restou de nós.

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