Pragas verbais
Desde há muito tempo as pessoas emitem uns sons estranhos e sem objetivo entre as frases. É o “ããããhhh” ou o “né”. Essas manias caíram um pouco, dando lugar ao "com certeza" e "na verdade".
São cacoetes da fala, com surgimento de mais “pestes” de tempos em tempos. Agora, por exemplo, o destaque são as palavras "assim”, assim" (repetida); "assim, óh"; "é que é assim, óh"; e a recordista: "só que é assim óh". Outra expressão que começa a ganhar forma nas conversas explicativas é o: "o que que acontece".
Epidemia linguística
O interessante é o alastramento dessas manias. Há duas semanas eu atravessei o Rio Grande e notei que poucos fogem à regra. Você pode fazer o teste. Ligue a tv ou o rádio e ouça as entrevistas. É um festival de "assim óh" e de "o que que acontece".
O pessoal usa muito também a expressão “no sentido de” no lugar de “para”. E “em nível de” o lugar de “em âmbito de”.
Já os locutores, adoram dizer “depois do intervalo, estaremos de volta”. Lógico, se não voltar não será intervalo...
Hoje, domingo, ouvi o seu Alcides Meneghine e a Taís sobre a feira em Capão do Cipó. Gente, do céu! Foi um festival de “com certeza” e de “assim, óh”.
Mudando de assunto:
A única coisa que adorei ter ouvido foi a sensatez do Alcides, dizendo que espera um público de cinco mil pessoas para os shows. O cara foi verdadeiro neste aspecto e não imitou os demais feirante da região que multiplicam o público por 4,5.
Imaginem o Carnaval de Jaguari teve 18 mil em cada noite. Sei que o público foi grande, mas 18 mil?
E pra falar bem a verdade e encerrar este assunto, cabe lembrar que apenas a Brigada Militar é quem pode fazer a estimativa de público nos eventos.
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