terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A bendita crase

À Santiago

Dizem, os entendidos, que o fenômeno da crase é algo que se ensina durante a vida inteira para não se aprender nunca. Verdade. Quando vi o poema "À Santiago" nos livros da URI, nas camisetas da URI, nos painéis por aí a fora, pensei que um dia alguém deveria corrigir aquele mal. Nada disso, o bendito erro segue seu curso.

Claro, antes que alguém me puxe as orelhas, me penintecio: eu erro, tu erras, ele erra... O Expresso erra... todos erramos. Mas bastou eu colocar os olhos no santo poema que, antes mesmo de eu saber quem o havia escrito, vi o terrível acento indicador de crase onde ele não deveria de estar, e justo num daqueles lindos e caros painéis, lá na nova-velha estação.

Em tempo - O poema é de Oracy Dornelles e, aí, talvez se justifique a crase mal colocada. Um deslize do poeta e um erro dos que não viram ou que viram e, por um certo receio do mestre da nossa poesia, o deixaram ali, quietinho, quietinho...

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