quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O redemoinho da Vida

(Enviado por José Carlos Mecking - Manoel Viana )

O redemoinho da vida nos leva por caminhos inusitados. Quantas vezes paramos para nos perguntar por que fomos naquela direção e não na outra? Será a nossa vida um roteiro pré-escrito, onde, nós, como personagens, escrevemos capítulo após capítulo? Não sei. Provavelmente os únicos que sabem são aqueles que já completaram o círculo na terra e nos visitam esporadicamente em sonhos, procurando nos dar um pouco de luz. Mas por que então nos dariam muita luz, abreviando assim, o sofrimento?

Se acreditamos que escrevemos nossos capítulos aqui na terra, então essa procura, esses erros e vitórias são partes essenciais em ser humano. Se acreditamos que tudo já estava escrito, então nos resta somente aceitar o vem e vai do redemoinho. Não sei. Vai o viajante outra vez caminhando em frente. O eterno escritor. Não faltaram tropeços anteriormente. Custa, às vezes, mais esforço para se levantar. O pó da terra insiste em desenhar e pintar a boca seca. Os pés se recusam a caminhar. Seria o outro caminho menos árduo? Não sei.

As páginas do livro já escritas não se pode apagar. Arrancar, talvez. Segue ele caminhando, pois também não faltaram mãos estendidas em horas de fraqueza. O caminhante recusa-se a sentar e aceitar um destino escrito por ele. Jamais saberá se outra vereda teria sido a melhor escolha, mas não sabe também se no horizonte, lá longe, quem sabe, lhe espera a certeza de que valeu a pena seguir em frente no caminho que agora trilha.

Na sua bolsa a tiracolo, leva muita coisa: amor, ódio, lembranças, saudades, emoções, desejos, derrotas e vitórias. Algumas pesam mais do que as outras! Aproxima-se da beira do rio caudaloso. Para atravessá-lo precisará descarregar um pouco o fardo e jogar no rio o mais pesado. O que deverá jogar fora para atravessar o rio são e salvo? O que será mais pesado? O ódio, o amor? O que será mais valioso para nosso viajante ao chegar na outra margem quando retoma sua caminhada? Estará ele certo nas escolhas? Não sei.
Mas sei que esse viajante, uma vez mais na sua vida, como bem disse o poeta, escolheu o caminho menos trilhado.

3 comentários:

clory disse...

Que lindas palavras, foste vc que escreveste João? além de brilhante jornalista profissional,tb escreves com uma ternura e poesia....têns um lado poético...leio muito,tenho muitos livros,literatura,prosa,história,poe-sia e sou tua leitora...tuas palavras carregam a força dos sentimentos,em suma é isso, que sinto...forte abraço,tua amiga Clory Pimenta

Art Cósmica disse...

Nada melhor que deixar fluir, sem expectativas, pois qualquer movimento pode mudar a direção.


Te convido a conhecer e seguir meus blogs
http://artcosmica.blogspot.com (blog onde registro toda a forma de arte que encontro em minhas viagens, arte de amar, servir e transformar)
http://nomadevarno.blogspot.com/ (blog onde compartilho as terapias holísticas que ensino)

Será um prazer sua companhia nesta jornada.
Gratidão.
Abraços de luz
Varno Nômade

Unknown disse...

O Redemoinho da Vida foi escrito por mim e foi muito gentil do Jornal publicar o peque no ensaio. Forte abraco para todos.(Jose Mecking)