quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Meu terno novo


Todo fim de ano a gente sempre renova os panos, sai mais na beca por aí, não é mesmo? No Natal de 94, o Expresso ainda engatinhava e eu iria a um evento no Clube União. Como sei que ninguém tem uma segunda chance de causar uma boa primeira impressão (eu era novo na cidade), mandei chamar uma costureira (se fosse homem era alfaiate eh,eh,eh) e ela, de pronto, tirou minhas medidas e na outra semana eu estava de terno novinho.

Aliás, “terno” vem de ternura, de coisa leve, branda, suave. Mas voltando ao fato, sei dizer que cheguei na festa muito na estica, todo garboso num lindo conjunto verm..., não! Era vinho, ou magenta? (magenta é a cor prima que dá o vermelho). Só lembro que era bonito. Que tal eu?

Quando entrei na festa era só gente me olhando. Alguns me chamavam (psiu pra cá e psiu pra lá) e eu nem podia atender a todos. Vai ver queriam assinar o jornal... pensei. Mas tudo estava bom demais pra ser verdade. Foi quando olhei para a copa e vi os garçons todos vindo para o salão vestindo exatamente ternos iguais ao meu.

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