Em quase
30 anos de comunicação, uma coisa ficou muito clara para mim: é a linguagem
popular, aquele palavreado que vem do povo. Um termo novo, por exemplo, pode
levar muito tempo para ser embutido no vocabulário popular. Já outros não se
encaixam nunca, principalmente as invenções dos governos para um tal de
palavreado "politicamente correto".
Exemplos:
Não
importa quantas vezes se diga que o prefeito é um "gestor". Para a
grande massa ele sempre será prefeito.
Não
adianta dizer "a união" em vez de governo federal. No geral, ninguém
vai dar ouvidos;
Chamar
casa popular de "unidade habitacional" é dar nó em pingo d'água.
Todos dirão casas ou "casinhas" - mais comum ainda.
Poderemos
gastar a língua dizendo "complexo poliesportivo Aureliano de Figueiredo
Pinto" que todos, até os mais "sabidos", dirão simplesmente
"ginasião".
Não
adianta dizer que no mercado há “gêneros alimentícios” se todos dizem “comida”,
“alimento”, “compras” e até “sortimento”.
Falar
que o governo vai enviar um “recurso” chega ao povo como dinheiro. Ou você diz
ao amigo: “vou ao banco retirar um “recurso”?
Chamar
a pessoa com deficiência de “portador de necessidade especial”, nem pensar!;
Outra
coisa ridícula é mudar o linguajar universal do esporte para algo mais
sofisticado com exercícios de eruditismo.
Ficamos
com esses exemplos por hoje e lembramos que um palavreado bonito é aquele que
todos entendam e que seja o mais direto possível. Ninguém mais tem tempo para
enrolação.
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