segunda-feira, 24 de junho de 2019

Sabe por que a gente se apega a objetos do passado?

Internado onde passei parte da infância, em Cruz Alta.
(Jão Lemes)* Sempre quis saber por que a gente se apega a bens materiais do passado que nos trazem de tudo um pouco, principalmente algo confundido com nostalgia, angústia, alegria, saudade... não sabe o que bem o que é não tem como saber mesmo. Porém, lendo um estudo do neurocientista Pedro Calabrez, soube que existe uma palavra que define essas memórias. Seria “memento”, “objeto guardado para lembrança” como  fotos de um ex-amor, sapatos antigos, carros etc. Eis um exemplo de que nós só existimos de fato graças à memória. Somos escravos dela. Nossa identidade está presa à memória.

Quando esses objetos (ou lugares) são vistos, na realidade nós estamos com saudade das pessoas com quem vivemos, saudade de uma vida feliz ou saudade de nós mesmos. E é aconselhável que nos apeguemos a isso (de uma forma equilibrada) para que a gente alimente essas memórias. Para que elas não morram em nós. Para que sigamos vivendo com saudade, nostalgia, com certa angústia... mas vivendo.
*(Jornalista e professor -  Santiago -  RS)

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