sexta-feira, 11 de maio de 2007


Os mototaxistas...
Tudo calmo na velha Santiago nesta sexta-feira. O silêncio é quebrado apenas por algumas motos que seguem roncando motores pelas nossas ruas, e pelo característico som dos veículos de propaganda que, diga-se de passagem, um serviço ainda sem a devida regulamentação. Só existe a LAMENTAÇÃO dos coitados que são obrigados a ouvir o peso dos decibéis em escritórios, hospitais, escolas etc. Aliás, falando em regulamentação, abro um parêntese nesta história dos mototáxis: eles pintam e bordam, empinando moto, roncando suas descargas abertas... Muitos não têm nem documentos básicos. Entretanto, apesar da regra ter exceções e haver muito pai de família tentando levar o pão para casa, devemos nos ater a um mecanismo para que as coisas fiquem numa ordem. Esse mecanismo chama-se lei. Se vamos começar a não cumprir as normas que regem a nação, abrindo exceção aqui e acolá, tudo vira bagunça. Penso que, mesmo sabendo que os mototaxistas prestam um serviço social valoroso, não posso aceitar que andem ilegais. Em São Paulo e em tantos outros centros de igual tamanho, se sabe que as motos atravessam madrugas levado de tudo um pouco, até drogas. Não sei se é o caso de Santiago, mas que existe um leva-e-traz de tudo um pouco, isso existe.

E o caso das mototáxis? "Foi feito um termo de ajustamento?Nós concedemos um prazo até que seja aprovada na Câmara Federal a regulamentação da atividade de mototáxi. No Senado ela já passou. Também estamos tentando disciplinar as telentregas, pois a maioria não tinha nem alvará. O acordo vale até o fim de 2006. Se até lá não existir uma lei federal, mototaxistas não poderão mais atuar"
PALAVRA DO PROMOTOR BARBARÁ, EM MEADOS DE 2006.

... e a lei
Mas seguindo na questão da lei. Sempre aparece um para argumentar que os caras vão morrer de fome se perderem suas motos. Tá bom. E ninguém pergunta o que os taxistas farão com todo o investimento em seus veículos, para que tudo ficasse certinho com a documentação e com o veículo buscando a segurança do passageiro? Eles não têm famílias, não são trabalhadores também? Pensem nisso: será que, se começassem abrir empresas ilegais em toda parte, os pagadores de impostos e geradores de empregos não iriam brigar? Claro que sim. Concorrência desleal é a pior coisa. E com os mototaxistas não deve ser diferente. Ou a aparece uma lei adequando as coisas ou a polícia deve começar apreender todas as motos que fazem esse tipo de trabalho, sob pena de tudo virar uma bagunça sem precedentes. Daqui a uns dias, a própria polícia vai perder o respeito até na hora de cobrar o uso do cinto de segurança ou de um extintor em veículos de passeio. E não é o que queremos, é? E como dizem os advogados: “A lei é dura, mas é a lei”. E a lei vale também para a questão dos políticos que saem dos partidos. Eu defendo: o mandato é do partido, pois quando foram concorrer se valeram das siglas para buscar o voto. Mas isso é assunto para mais adiante.

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