sábado, 16 de agosto de 2008


O vento, os burros...

O dia amanheceu com uma ventania horrível e eu, como não gosto de vento, amanheci meio azedo, emburrado de fato. Talvez seja devido às alegrias que tive ontem à noite lá No Mena Barreto com a Rosane Vontobel e seus amigos, com a boa música do Júlio Saldanha nos acompanhando. Mas acho que não é isso, pois eu nem bebi (mais que uma caixa de long neck Bavária Premium que comprei no novo mercado perto de casa, o Zamperetti). Claro, minha indisposição é fruto do vento. E explico: como a minha nova morada fica no alto do bairro Zamperetti, com poucas casas ao redor, o vento faz a festa, inclusive com direito à música. Não é bem música. É aquele zunido proveniente do encontro dele com as quinas da casa. A contragosto, me levanto e dou de mão na cuia, sem querer falar muito com ninguém. De cara, uma ligação da Sandra me informa das últimas, mas nada é merecedor de preocupação.

... as cadelas e os...

Almoço e passo a ler os jornais, o livro do Oracy (aliás, um dos melhores dele). Entre um mate e outro, me irrito com as minhas cadelas. São três. Duas malteses e uma boxer. Cada qual, com seus pormenores, justo porque também devem ser leoninas e, assim como eu, detestam o agosto em face da ventania. Se ficam atadas, gritam para se soltar, se as solto, quem grita são os cachorros da vizinhança que vêm para o meu portão retoçar a pequenininha (Mel) que está no cio. Tem um "pudolzinho" que fica fazendo um som estanho, algo entre o choro, o uivo e o latido. Tudo porque ele quer entrar no pátio e namorar a Mel.

...políticos

E o vento segue com seu alarido. Agora são a portas que à toda hora abrem e fecham.. Não há o que eu segure esse vento. Até parece político com sede de poder. Não há quem aguente. Por falar em políticos, alguma coisa atingiu a oposição em Santiago. Estão num azedume que não dá pra aguentar. Teria sido o vento? Não sei. Apenas digo que vou deixar os ventos de Santiago e soltar o meu burro lá pras bandas de Rio Grande. Só volto carregado de tainhas gordas e camarão. Quanto à oposição, esta terá bastante tempo para soltar seus burros, amansar os loucos e aprender a aceitar a verdade, uma das lições básicas de quem quer vencer, pois "o pior cego é aquele que não quer enxergar"

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