quarta-feira, 9 de setembro de 2009


Em defesa dos gordinhos

Há muito a medicina provou que a obesidade mórbida é doença. E você? Quer saber se é obeso mórbido? Divida seu peso pela altura. Agora eleve ao quadrado. Se der acima de 39, pronto. Você é um doente. Mas se há uma coisa pior que a doença, é a discriminação; o mal que sai da cabeça.
Seja no ônibus, no teatro, no bar ou restaurante, no trabalho e até em casa, há sempre alguém disposto a rir do gordinho que não se encaixa no acento, que não passa na porta... É como se eles fossem assim por vontade própria. Pior! Passam por relaxados. Por conta desse suposto desleixo, os acima do peso ideal perdem várias oportunidades de trabalho. "Quem não cuida do corpo vai cuidar do serviço, da empresa? Ah, não contrate aquele gordo. Ele tem jeito de preguiçoso", dizem os patrões.

Pena que esses empregadores não saibam que esse "pré-conceito" desperdiça excelentes trabalhadores. Eu mesmo, não lembro de ter visto muitos gordos preguiçosos. Alguns ainda são mais dispostos que certos magros. Assim, diante das caras torcidas, ao pobre obeso caberiam duas coisas: regime de guerra ou suicídio.
É que ninguém sequer cogita o fato dele já ter tentado de tudo, até comendo menos que os "normais". Ou ainda, dele ser desse jeito por opção, pois não liga para o padrão nacional. Mas não. A discriminação parece estar incutida na cabeça de muitos que, em vez de lutar pelos direitos deles, os veem como uma vergonha.
Lógico que eu defendo o cuidado com o corpo, as idas às academias, a boa alimentação, mas quem não age assim não deve pagar o preço de não poder frequentar locais públicos sem despertar o julgamento dos outros.

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