sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Eu bato, tu bates, ele BATERIA...

O nome já diz: “bateria”; para bater! Falamos de um instrumento importante no conjunto, porém, se for usado com exagero, termina com os outros. Quando você ouve o disco, tudo é perfeito. Cada recurso musical é definido, se escuta bem a voz do artista... Quando você chega num baile ou festa, lá está a bendita bateria no centro das atenções. Por ser um instrumento que dá o ritmo, muitos exageram. Assim, gaitas violões, guitarras, voz, tudo some ou se mistura ao eco da bateria, fazendo confusão de sons. Ela bate e nossos ouvidos apanham.

Um músico me disse: “Quanto mais um povo for atrasado na música, mais percussão. Quanto mais refinado for o músico, menos percussão. A bateria é trocada pelas teclas graves do piano ou cordas graves do contra-baixo, violoncelo... Na música erudita a percussão é dispensada. Como estamos voltando à barbárie, dê-lhe bateria!”

Nas músicas mais antigas, a bateria era complemento e o contra-baixo dava o ritmo quase sozinho. Hoje o que menos se houve é o contra-baixo. A maldita bateria aniquilou ele também. Esse exagero já deixou até cantores surdos. Conheço alguns que trocaram a bateria tradicional por uma eletrônica que faz menos volume de som e para transportar. Não sou músico, mas basta ter ouvidos para não gostar de bateria enlouquecida. E se eu fosse músico, pensaria duas vezes antes de ensurdecer as pessoas. Como o nome já diz ou já disse, eu “ba-te-ria” bem forte, não vou bater mais...

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